SOS Rio Cachoeira
com a recuperação do rio Cachoeira.
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Ele é um dos mais importantes rios do Sudeste da Bahia e o mais significativo para o ambiente e a cultura GRAPIÚNA. Para a sobrevivência da Mata Atlântica é parceiro indispensável. Ele está morrendo por descaso das autoridades e falta de participação e atitude da população. Não tem mais pitú, não tem mais água. Está apodrecendo com os nossos dejetos, pois fazemos dele, cloaca, lixeira e motivo de vergonha. Mas é com ele que estamos aprendendo o que é impacto ambiental de alto custo social, pois Itabuna está sem água, mesmo estando às margens de um rio que tem uma grande bacia de captação.
Itabuna está sem água e fedendo com o período de seca do ano de 2008, numa estiagem de proporções históricas para a saúde do rio Cachoeira. A despoluição deste bem natural é uma questão de dignidade para a população desta importante cidade, que é uma das maiores da Bahia. Por isso, Acorda Itabuna, e os demais municípios que dependem desse rio. Levantem esta bandeira e gritem bem alto, para que possamos chamar a atenção das autoridades e recuperar a qualidade de vida e a dignidade essencial e indispensável do ser humano.
Ele vem de longe com dois grandes braços, o rio chamado Salgado, lá de Floresta Azul e Ibicaraí e o rio chamado Colônia, de Itororó e Itajú do Colônia. Quando ele passa em Itapé, e antes de chegar em Itabuna, recebe um terceiro braço forte, o rio Piabanha, e só depois passa a chamar-se rio Cachoeira, que vem beijar o atlântico na linda Ilhéus.
Nesse percurso de nosso sagrado rio, como nos ensina os índios brasileiros, carrega consigo todos os problemas relacionados com a falta de planejamento. As Bacias Hidrográficas são um excelente referencial para o planejamento do uso e a ocupação do solo. Mas apesar de termos os rios como referência do espaço saudável e produtivo, agimos com ignorância e ingratidão e pagamos caro com os custos da degradação ambiental, motivadas pela falta de Educação Ambiental da população e a ineficiência na Gestão Pública.
Quando as terras de uma bacia hidrográfica são desflorestadas, o solo não absorve a água das chuvas, provocando secas prolongadas na estiagem e grandes inundações nos períodos de chuvas. Neste ano, um recorde de baixa vazão (acima), e nas chuvas de dezembro passado, a maior enchente em uma década (abaixo). Veja mais sobre as inundações clicando aqui.
Um rio marcado pela presença de muitas pedras e fortes corredeiras, onde o pitú era pescado em grandes quantidades está agonizante. Hoje, quando olhamos para ele, nos perguntamos, cadê o rio?. O que vemos são pastagens e gados em seu leito completamente assoreado. Apesar disto sua revitalização é um projeto viável.
O rio agonizante denuncia que a Mata Atlântica continua sendo desmatada no Sul da Bahia.
Não tenham dúvidas, o Cachoeira está dizendo para todos nós que a região cacaueira da Bahia ainda não conseguiu parar a destruição da Mata Atlântica. Este quadro sinaliza que o processo de erradicação da cultura cacaueira está em pleno curso, e que a pecuarização avança sem limites e sem planejamento ambiental. Sinaliza também, que estamos ausentes, inertes, passivos, e que os órgãos ambientais abandonaram a fiscalização florestal. E ainda, que é chegada da hora do Ministério Público atuar com rigor para defender o interesse público e evitar a degradação sócio-ambiental.
É uma questão de dignidade que iniciemos uma grande luta para que o Governo do Estado e o Governo Federal promova o saneamento de todos os municípios desta bacia hidrográfica, uma ação que está diretamente relacionada com a melhoria da qualidade de vida dos Territórios da Cidadania, onde o Brasil é mais pobre, e mais doente. Também é fundamental que o Ministerio Público tome para si essa luta pela coisa pública, exigindo a demarcação de Reservas Legais e o reflorestamento das áreas de nascentes e das matas ciliares.
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Pitú (Macrobrachium carcinus): Espécie Bandeira, Indicador Biológico e maior símbolo da despoluição e revitalização do rio Cachoeira.
Muito está dito, escrito, estudado, por nossos competentes pesquisadores. A universidade sabe o caminho, as entidades que defendem a vida, também. Chegou a hora da prática, da extensão, de tirar a teoria da cabeça e botar no coração com o nome PARTICIPAÇÃO. Por isso se informe e leia os artigos abaixo citados.
por Neylor Calasans, coordenador do Núcleo de Bacias Hidrográficas da Uesc.
À Memória da Geógrafa de Maria da Conceição Ramos de Oliveira
Paulo Gabriel
Professor da Escola de Agronomia da UFBA – Pesquisador assistente do IESB.Soledade Nacib
Artigo Extraído da Tese de Doutorado – Departamento de Solos da UFB.Alloua Saad
Professor do Departamento de Geografia da UFMG.Oldair Vinhas Costa
Pesquisador associado da Sociedade de Estudos do ecossistema e Desenvolvimento SustentávelJoão Carlos Ker, Elpídio Inácio Fernandes Filho e Liovando Marciano da Costa
Professor da Escola de Agronomia da UFBA – Pesquisador assistente do IESB.Soledade Nacib
Artigo Extraído da Tese de Doutorado – Departamento de Solos da UFB.Alloua Saad
Professor do Departamento de Geografia da UFMG.Oldair Vinhas Costa
Pesquisador associado da Sociedade de Estudos do ecossistema e Desenvolvimento SustentávelJoão Carlos Ker, Elpídio Inácio Fernandes Filho e Liovando Marciano da Costa
Professores do Departamento de Solos da UFB.
Maurício Santana MoreauProfessor da UESC - Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais.
Comentários
Vamos divulgar o máximo!!!!
Abraços e sucesso para todos nós que não fechamos os olhos aos estragos cotidianos.
Délia Ladeia
meus parabéns mais uma vez!
Repassei seu recado para todos os meus contatos.
Abraços.
Maria