Ilhéus está citada nos estudos do Macro-Zoneamento Costeiro como uma área de risco. Aqui, estamos vivenciando as várias causas desse problema, seja pelos impactos ambientais da construção do Porto Internacional do Malhado, ou seja pelo avanço implacável do mar em todo o litoral norte do município por outras causas, ainda não identificadas.
domingo, abril 26, 2009
Avanço do mar deve preocupar !
Ilhéus está citada nos estudos do Macro-Zoneamento Costeiro como uma área de risco. Aqui, estamos vivenciando as várias causas desse problema, seja pelos impactos ambientais da construção do Porto Internacional do Malhado, ou seja pelo avanço implacável do mar em todo o litoral norte do município por outras causas, ainda não identificadas.
quinta-feira, abril 23, 2009
Tupinambá de Olivença
A história desse país está se reescrevendo em lugares como o Sul da Bahia, onde através dos séculos, comunidades tradicionais resistiram a todo tipo de opressão e exclusão. Os índios são um bom exemplo disto, e de um Brasil que precisa ser descoberto e compreendido.
Os índios do sul da Bahia são um inacreditável acontecimento de martírio e abadono. Um genocídio em vários massacres sanguinários ocorridos à beira mar. Um deles, em 23 de setembro de 1559, comandado e narrado por Men de Sá, resultou numa fila de corpos extendidos de uma légua de índios, uns seis quilômetros e meio.
O último massacre, no Cururupe, em 1927, que tem como símbolo de resistência,o Caboclo Marcelino, foi um duro golpe contra a Velha Aldeia dos Índios Tupinambá de Olivença. E foi "ao Deus dará" que poucos deles sobreviveram, à sombra de uma velha igreja erguida na colina.
Nesse movimento estamos redescobrindo nossos compromissos com a bandeira e a pátria amada. E a salvação dos povos indígenas e consagração de sua cultura precisa fazer parte da agenda de compromissos de todos os brasileiros.
Eles são descendentes de índios guerreiros, que lutaram bravamente contra a invasão de suas terras, em grandes e memoráveis batalhas. Nessas "terras do sem fim" de verde e mar, restaram alguns "hérois sem terra", testemunhas de nossa história, precisando de tudo e de todos para recuperarem o lugar devido na sociedade.
A Igreja Nossa Senhora das Escadas, construída pelos jesuítas em 1700 é um dos patrimônios culturais mais importantes do Sul da Bahia e um referencial das terras e história do povo indígena Tupinambá de Olivença.
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sexta-feira, abril 03, 2009
Itacaré Verde
A questionada “estrada ecológica” construída pelo PRODETUR veio acompanhada de um planejamento ambiental, criando um conjunto de áreas protegidas, como compensação ambiental. Foi assim que foram criadas as Áreas de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada e Rio Almada, e a de Serra Grande-Itacaré, e o Parque Estadual da Serra do Condurú, a maior reserva protegida do sul da Bahia com cerca de 10 mil hectares. O parque foi um passo importante para a formação de um corredor de florestas e sistemas agrofloretais nessa região.
Itacaré atraiu um empresariado interessado na conservação florestal para manter seus negócios com o turismo, mas trouxe consigo outros fantasmas, como a especulação e a privatização. Do ponto de vista da conservação florestal, a estrada parece ter sido boa pra Itacaré, pois no trecho ilheense, ocorre uma explosiva pressão urbana ao longa da estrada, registrando recorrentes agressões, como denunciamos em nossa reportagem Estrada Ilhéus-Itacaré: Dez Anos Depois. .
Mas a sustentabilidade do desenvolvimento não pode ser avaliada apenas pela conservação dos ecossistemas, mas pelo conjunto sócio-ambiental e econômico que se dissolve na paisagem. Ser verde por aqui é fazer justiça social com responsabilidade ecológica, o que requer uma ética comum e lideranças públicas comprometidas. .
Itacaré é um dos poucos municípios brasileiros onde a ideia de "Desmatamento Zero" vingou. A opção social pela floresta e pelo verde é perceptível e é por isso que a pequena cidade está se consolidando como referência internacional para o turismo ecológico. Mas a sustentabilidade dessa paisagem, depende, em grande parte da superação da pobreza e da exclusão social. .
Itacaré cresceu, alterando muito pouco sua vocação verde. No entanto, dez anos depois de tanta fama e badalação de luxuosos Resorts, a cidade recebeu pouquíssimos investimentos em sua estrutura. Até mesmo o passeio da avenida principal permaneceu igual, e só recentemente teve um tímido recapeamento de cimento.
Não podemos aceitar o nível investimentos públicos realizados nos anos pós-estrada, em políticas essenciais de infra-estrutura, incluindo-se aí um sistema de licenciamento e fiscalização mais eficiente.
A OBRA QUE NÃO DEVIA TER SIDO LICENCIADA
As vezes, os governantes têm boas ideias, mas, por falta de uma boa acessória técnica - e diálogo, executam a boa ideia sem um planejamento correto. Assim, a prefeitura de Itacaré com recurso do governo federal (Prodetur - Projeto Orla), projetou centros de artesanato, cuja execução resultou em um grande equívoco.