sábado, dezembro 31, 2011
Litorânea Norte: Emenda da Senadora Lídice da Mata
A Novela do Morro de Pernambuco
O Drama do Porto Internacional do Malhado
ACORDA MEU POVO: MURAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
RETROSPECTIVA 4 ANOS
Avenida Soares Lopes: Sem Projeto e Novos Desmandos
Este blog iniciou suas atividades em 24 de outubro de 2007 com a reportagem “Avenida Soares Lopes – Sem Projeto”, destacando a importância e urgência da reurbanização de nossa orla, drasticamente alterada pelos impactos do Porto Internacional do Malhado, construído na década de setenta.
Reclamamos a falta de mobilização dos munícipes e enviamos carta ao prefeito, apelando para agilizar um diálogo sobre esse projeto, que considero fundamental para recuperar qualidades dessa cidade em diversos aspectos.
Refletimos o desinteresse em planejar o uso e ocupação desse grande aterro natural que se formou à frente da avenida Soares Lopes, por entender que isto pode e deve significar um marco na reconstrução democrática de nosso espaço urbano. Registramos também, o abandono da praia, o acesso irregular de veículos motorizados atravessando os jardins, a destruição do projeto de Burle Marx, os improvisos do Projeto Verão, e a necessidade de realizar os estudos ambientais sobre a restinga e a faixa de maré para definir nossa nova orla.
Novo governo, e a gente sempre imagina que é uma oportunidade do projeto Orla caminhar mais rápido, e obter recursos do Ministério das Cidades, por exemplo. Mas, quatro anos se passaram e não temos um projeto. Uma cidade perdendo mobilidade, sem espaço não pode fechar os olhos para uma área comprável a Orla de Atalaia em Aracajú, ao Parque do Aterro do Flamengo do Rio, ao Parque de Brasília ou ao Central Parque de Nova York em seu centro urbano.
A novidade pode ser a construção de uma nova ponte, e nova pista, que também exigirá, um planejamento integral, até mesmo do ponto de vista do licenciamento ambiental.
Que a Concha Acústica e o Centro de Convenções de Ilhéus desconsideraram um planejamento racional, e foram sobrepostos ao Parque de São Sebastião, criado pelo Burle Marx, e empilhados junto do porto, já sabemos.
Não bastassem os problemas que precisamos mitigar com ideias criativas, procuramos outros, como destruir a última praça, e área de contorno do parque, e de toda a avenida Soares Lopes, criada pelo Burle Marx. Isto aconteceu uns dois anos atrás, neste município, e dizem que a praça de contorno foi detonada para a construção de armazéns do porto, e já pensaram na Concha Acústica para o receptivo dos Turistas, melhr não acreditar nessas ideia.
E pra que? Construir armazéns na praia, receptivo de turista no lugar da Concha Acústica ou manter a extração ilegal de areia em nossa principal praia? Que outra maluquice pode estar sendo pensada, ao invés de planejar uma nova orla com suas pistas e contornos?
Continuamos sonhando com um projeto digno para a nova Orla central de Ilhéus, como fez muitas cidades bem administradas, e com coragem de ser melhor. Orla da Praia de Atalaia - Grande infraestrutura multi-uso atendeu todos os setores da sociedade, impulsionou o turismo e ajudou a desenvolver a cidade de Aracajú.
O Blog Correianeles pediu providências contra mais uma ação isolada, supostamente, um estacionamento sem projeto que ele chamou de "cemitério americano".
O Blog Pensar Grande Ilhéus fez reportagem mostrando ciclovias em outras cidades, já que nem a ciclovia iniciada na avenida foi finalizada.
quarta-feira, dezembro 21, 2011
Antônio Ferreira da Annunciação: Quem é vivo sempre aparece !
Detalhe: A música que é executada chama-se "Pro Cidadão", e foi composta em sua homenagem.
O ´comentário:
Anônimo disse...
Estive ontem (17/12/2011) no festival de musica intrumental de salvador e o grande mestre Annuciação estava lá muito vivo tocando no grupo triat'uan, e foi maravilhoso...
Aqui vai um video desse ano que o mesmo aparece.
18/12/11 12:45 PM
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quarta-feira, dezembro 14, 2011
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste e a Comunicação Social
No trecho da Bahia, o traçado da ferrovia segue um traçado paralelo ao leito do rio de Contas desde a caatinga até a mata atlântica. A qualidade das intervenções da Ferrovia de Integração Oeste-Leste irão determinar, o grau maior ou menor dos impactos sobre o rio, a biodiversidade e as atividades tradicionais dessas regiões.
Espera-se que as autoridades compreendam a necessidade de maior investimento em uma assessoria de comunicação adequada, voltada para informar sobre todos os encaminhamentos relacionados às questões ambientais e sociais. Mais que isso, seria legítimo criar uma central de comunicação direta com a sociedade, a fim de que todos pudessem se dirigir legitimamente ao empreendedor, afim de alertar sobre fatos novos observados "in loco", colocar questões específicas relacionadas aos atingidos ou realizar uma denúncia sobre irregularidades, estabelecendo um processo permanente de transparência e fiscalização pública dos empreendimentos.
Como isto não acontece, e a maioria dos prefeitos não vão para o front da batalha para defender, da melhor forma possível, o povo e o patrimônio do município, a sociedade encontra meios alternativos de expressar suas contrariedades, seja através do Ministério Público, ou dos movimentos sociais organizados.
A defesa especial dos rios, dos ecossistemas ameaçados e das pessoas de menos posses, que tem no espaço natural seu maior patrimônio, são algumas das referências de uma escala de valores sócioambientais, realmente conectada com a felicidade duradoura que preconiza o desenvolvimento sustentável.
terça-feira, dezembro 13, 2011
Ribeirinhos de Ubaitaba denunciam a VALEC ao Ministério Público
A Reforma do Código Florestal na Imprensa Brasileira
Fonte: Andi Comunicações e Direto (do Site Oficial de Marina Silva)
Na reta final da tramitação do projeto de lei do novo Código no Senado Federal, pesquisa da ANDI mostra que a mídia nem sempre consegue colocar em pauta aspectos técnicos e científicos
- Fatores de ordem política e partidária foram o tema principal em 60% dos textos analisados na pesquisa Reforma do Código Florestal na Imprensa Brasileira, que avaliou a cobertura de 17 jornais diários das diversas regiões do país sobre a tramitação da reforma do Código Florestal na Câmara dos Deputados.
- As articulações do relator do projeto, deputado Aldo Rebelo, as divisões na base aliada e as dificuldades do Governo Federal em posicionar-se de forma clara frente às propostas do novo Código, ocuparam grande espaço nas páginas dos jornais.
- Em muitos momentos, estas questões deixaram em segundo plano a discussão da política ambiental e a centralidade do Código para que o Brasil possa avançar da teoria à prática em relação a um modelo sustentável de desenvolvimento.
- Quando abordou os temas técnicos, a imprensa soube destacar os pontos críticos: nada menos de 67,8% dos cientistas ouvidos nas matérias analisadas pela ANDI manifestavam posição contrária ao texto apresentado por Aldo Rebelo.
- Outros aspectos positivos da cobertura: 52,4% dos textos ouviram mais de uma fonte e, dentre estes, 45% apresentaram opiniões divergentes – dados fundamentais para o debate polarizado entre “ruralistas” e “ambientalistas”.
A reflexão sobre os méritos e limites da cobertura jornalística pode oferecer contribuições relevantes para o aprimoramento da informação recebida pela população e para os próprios parlamentares – em especial num momento decisivo para os destinos do país, quando o texto do relator Jorge Viana está sendo votado no Senado Federal, para em seguida ser levado de volta à Câmara e à sanção da presidente Dilma Rousseff.
Na visão da ANDI, que contou com o apoio da Aliança para o Clima e Uso da Terra (CLUA) para a realização da análise de mídia, o Código Florestal é uma das pautas mais importantes deste início de século: “A maneira como o Brasil decidirá tratar suas florestas e demais recursos naturais vai fazer diferença não só para nossa população, mas para o futuro de todo o planeta e está intimamente ligada com outras agendas de especial relevância para a sustentabilidade, como as mudanças climáticas e a realização da Conferência Rio+20”, acredita Veet Vivarta, Secretário-Executivo da ANDI.
Depoimento de Leonardo Boff sobre Marina Silva
Código Florestal: Veto à Irracionalidade depende de Dilma Rousseff
O Código mantem a descaracterização das Áreas de Preservação Permanente, aumenta a desproteção aos rios, isenta propriedades pequenas de seus compromissos ambientais e consagra a impunidade dos que infligiram as leis ambientais vigentes.
Fonte: Daltino Machado / Portal Terra - Blog da Amazônia
Dilma tem respaldo para vetar Código Florestal
A ex-ministra Marina Silva ainda não se considera contemplada nem derrotada em relação ao novo Código Florestal Brasileiro cujo relatório do senador Jorge Viana (PT-AC) foi aprovado na semana passada.
Em entrevista exclusiva ao jornalista Altino Machado, do Blog da Amazônia, em Rio Branco (AC), onde nasceu e passou o fim de semana, Marina sustenta que o relatório de Viana mantém anistia para desmatadores, reduz a proteção das áreas de preservação permanente e amplia o desmatamento no País.
Inês é morta?
- Não. Ainda teremos a discussão em plenário, no Senado, e depois vai pra Câmara, quando mais uma vez será feito o bom combate. E ainda resta o pedido de veto à presidente Dilma.
Marina lembra que Dilma Rousseff, no segundo turno da eleição presidencial, se comprometeu em vetar qualquer projeto que significasse aumento de desmatamento e anistia para desmatadores.
- A presidente Dilma respondeu de próprio punho que vetaria. Ela se comprometeu com os brasileiros e brasileiras e não apenas com os quase 20 milhões que votaram em mim. Na ocasião, falei que Dilma se comprometeu mais e Serra menos.
Antes da possibilidade de liderar campanha em defesa do veto, a ex-senadora torce para que a presidente receba o Comitê em Defesa da Floresta e do Desenvolvimento Sustentável, composto pela CNBB, OAB, ABI e o Movimento SOS Florestas, que congrega mais de 400 organizações. O comitê já pediu audiência com a presidente.
- Espero que possa ser recebido, talvez no dia 22 de dezembro, em homenagem à memória do Chico Mendes.
Em decorrência da cobrança de compromissos do passado, Viana declarou, após obter aprovação do relatório, que Marina é sua amiga e irmã, mas que a aprovação do Código Floresta é mais um passo para deixá-la sem discurso.
- Ora, se o problema fosse ter discurso, eu não precisava ter saído do PT nem do PV. Discurso é o que não falta aos partidos. Se perguntar ao PSDB, ao DEM, ao PMDB, se são a favor das florestas e do desenvolvimento sustentável, todos vão dizer que sim. Não estou preocupada em ter um discurso, muito menos em ser unanimidade, só não quero fantasiar a verdade. Não posso fingir que estou contente ao ver o Jorge recusar as nossas emendas e acolher a emenda do Luiz Henrique, que promove a anistia ao desmatamento.
domingo, dezembro 04, 2011
sábado, dezembro 03, 2011
Mahatma Gandhi
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana"
Os fatores que destroem o ser humano.
A Política sem princípios.
O Prazer sem compromisso.
A Riqueza sem trabalho.
A Sabedoria sem caráter.
Os Negócios sem moral.
A Ciência sem humanidade.
E a Oração sem caridade.
A vida é como um espelho:
Se sorrio, o espelho me devolve o sorriso.
A atitude que tomo frente à vida, é a mesma que a vida tomará diante de mím.
"Quem quer ser amado, que ame".
_________________FRASES ILUMINADAS
Progresso --- Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.
Felicidade --- Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.
Confiança --- Acredita em Ti Mesmo O homem converte-se aos poucos naquilo que acredita poder vir a ser. Se me repetir incessantemente a mim mesmo que sou incapaz de fazer determinada coisa, é possível que isso acabe finalmente por se tornar verdade. Pelo contrário, se acreditar que a posso fazer, acabarei garantidamente por adquirir a capacidade para a fazer, ainda que não a tenha num primeiro momento. (Mohandas Gandhi, in 'The Words of Gandhi').
Não Violência --- Se Queremos Alcançar Neste Mundo a Verdadeira Paz Se queremos alcançar neste mundo a verdadeira paz e se temos de levar a cabo uma verdadeira guerra contra a guerra, teremos de começar pelas crianças; e não será necessário lutar se permitirmos que cresçam com a sua inocência natural; não teremos de transmitir resoluções insubstanciais e infrutíferas, mas iremos do amor para o amor e da paz para a paz, até que finalmente todos os cantos do mundo fiquem cobertos por essa paz e por esse amor pelo qual, consciente ou inconscientemente, o mundo inteiro clama. (Mohandas Gandhi, in 'The Words of Gandhi').
Civilização --- Como defender uma civilização que somente o é de nome, já que representam o culto da brutalidade que existe em nós, o culto da matéria."
Religião ---"A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e em considerarmos como uma toda a família humana. Quem faz distinção entre os fiéis da própria religião e os de outra, deseduca os membros da sua religião e abre caminho para o abandono, a irreligião.”
Espiritualidade --- "Acredito na essencial unidade do homem, e portanto na unidade de todo o que vive. Desse modo, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida.”
Relacionamento --- "Só quando se vêem os próprios erros através de uma lente de aumento, e se faz exatamente o contrário com os erros dos outros, é que se pode chegar à justa avaliação de uns e de outros.”
terça-feira, novembro 29, 2011
As Reservas Florestais das Fazendas de Cacau
§ 8o A área de reserva legal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, de desmembramento ou de retificação da área, com as exceções previstas neste Código. (grifo nosso) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001).
segunda-feira, novembro 28, 2011
Licenciamento bem amarrado e fiscalização bem feita é possível?
Mas na hora da instalação de um empreendimento, não é fácil para a sociedade civil, mesmo organizada, acompanhar a execução da obra. As informações sobre as intervenções que modificam o meio ambiente no nível local, não fluem adequadamente.
Sem esta facilitação do acesso a informação ambiental, fica complicado, até mesmo para os especialistas mais dedicados, e, sobretudo, para os atingidos, compreenderem a natureza das próprias intervenções em campo, bem como, os seus danos potenciais, critérios de mitigação ou formas de compensação adotadas.
Para que o licenciamento ambiental seja bem amarrado, e a fiscalização bem feita, é fundamental que governo, empresas e sociedade civil organizada consigam estabelecer canais de comunicação, onde a informação possa fluir, como diz Vilmar Berna, com a menor dificuldade possível.
Esse processo de comunicação não implica em promover uma verdade soberana, nem em canalisar as informações por um único meio. É preciso enxergar todos os atores, amplificar a voz as minorias, e reunir toda representatividade social, para que possa se estabelecer um diálogo real sobre o desenvolimento.
A imprensa livre tem um papel de destaque nesse fluxo de informações, e não apenas a grande imprensa. Atualmente, quem tem cumprido melhor esse papel de buscar a democratização da informação ambiental tem sido as redes de comunicação independentes, as mídias alternativas e o "grito" dos movimentos sociais.
A sociedade brasileira, com toda a sua pluralidade sociocultural, quer participar do processo de desenvolvimento em igualdade de condições. Não importa mais a classe econômica, o nível de instrução; seja um rico empresário ou um humilde jangadeiro, todos preciam do espaço para se expressar em igualdade de condições, como prega a democracia.
Precisamos encontrar esse caminho, pois, como está, não vai poder ficar. Existe uma burocracia compartimentada no licenciamento ambiental, resultando em uma confusão de competencias, atribuições e responsabilidades, que não resultam em qualidade. Nem mesmo os deputados e senadores conseguem obter com facilidade, as respostas que a sociedade necessita sobre os diversos problemas ambientais que o país está enfrentando
Novos mecanismos de comunicação, auditoria e fiscalização precisam ser criados para que o Ministério Público, ONG´s e Prefeituras possam colaborar com o desenvolvimento de menor impacto . Precisamos também, mudar a lei para que os estudos de impactos ambientais sejam realizados de forma independente, ou compartilhados entre várias instituições, e não mais contratados pelos empreendedores.
Inspecções de engenharia no rio Almada (Vila Juerana), após a conclusão dos estudos de impacto ambiental do Porto Sul, e alguns dias depois da audiência pública. Mesmo quem mora ao lado, não sabe dizer o que eles estão fazendo, nem porque, nem pra que, nem muito menos, se estão autorizados.
Não é fácil para o cidadão brasileira acompanhar obra alguma, ainda mais diante das urgências que chamamos de "aceleração do crescimento". Não estamos acostumados com essa prática política, nem o governo, nem os empreendedores e nem as comunidades, e no final, não organizamos os canais, nem a infra-estrutura necessária para que a sociedade organizada possa participar, monitorar e fiscalizar as licenças ambientais.
A disponibilização das informações da licença ambiental pelo Ibama na internet é um passo importante, mas não é suficiente, porque não possui o detalhamento da obra para que os atingidos possam ser compreendê-la na ponta, no campo municipal, no micro-espaço individual onde tudo isto se realiza.
É obrigação constitucional do governo, e dos empreendedores, oferecer o livre acesso às informações ambientais. De certo, o governo está testando e sendo testado, num novo tempo onde a sociedade demonstra, claramente, que não quer mais aceitar os programas do governo, sem que possa refletir, participar, e também, decidir.
O governo continua distante do povo, e as empresas seguem esse caminho. Ao que parece, errando na sua metodologia, quando só consegue perceber a engenharia desenvolvimentista, desprezando os acontecimentos que são afins às estratégias da comunicação social, da sociologia, da antropologia, enfim, das práticas científicas que acompanham a pessoa humana, tantas vezes, ocultas e oprimidas diante das transformações ambientais em nome do "progresso".
Todos precisam ser atores reais e presentes, materializados e reconhecidos, participantes e ativos na construção de um modelo de desenvolvimento responsável, sustentável e justo, que proteja ao máximo a riqueza natural e cultural do Brasil.
Ao contrário da comunicação ambiental, o investimento em publicidade e maketing são constantes nesses projetos. Em Ilhéus e região, Outdoors estampam a Ferrovia Oeste-Leste e o Porto Sul , antes de se ter a licença dos empreendimentos aprovadas, o que é, no mínimo, pouco ético e politicamente incorreto, além de socialmente deseducativo.
O Reino Endêmico da Mata Atlântica
O governo, os proprietários de terras e toda a sociedade dessa região precisa ter maior acesso a essas informações e conhecimentos. Pedimos a Biodinâmica, responsável pelos estudos, a lista de espécies que foram resgatadas na região, e recebemos a resposta que só a Coelba poderá informar essa lista.
O resgate de um Calabião pelo Biodinâmica, oportunidade de conhecer uma espécie de largato arborícola que eu nunca tinha avistado por ali, apesar de já ter "fuçado" bastante o local.
Tudo bem, vamos aguardar, e buscar essa informação preciosa com a Coelba, para promover o conhecimento sobre a biodiversidade do eixo Ilhéus-Itabuna.
Uma atividade altamente educativa e estimulante, que é reconhecer, que o lugar onde vivemos, está cheio de raras preciosidades do mundo natural. Recentemente descobri que o sapo-andante Macrogenioglottus alipioi teve seus primeiros registros justamente na propriedade de minha família, Fazenda Pirataquissé, assim como essa região é referência internacional na identificação do o estudo.
É muito importante ver, conhecer a espécie, entender seu significado para a floresta. Esta é uma informação que precisa estar acessível a todos, especialmente para os proprietários rurais, e aqueles que gerenciam as áreas verdes públicas ou privadas.
Esse é o reino de endemismo do sul da Bahia, das piaçabeiras de excelente fibra, do macaquinho de cara dourada (Leontopithecus chrysomelas) que encantou o Príncipe Philip, e de tantas outras espécies que precisamos proteger. Um sul da Bahia riquíssimo em biosiversidade, mas que, apesar de todos os esforços, ainda encontra-se ameaçado, e vulnerável.
Plano de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Ilhéus
Um bom instrumento, e um bom momento para aplicação de um diagnóstico de informações sobre a Mata Atlântica de Ilhéus.
Ao contrário de outras regiões brasileiras, os municípios do sul da Bahia, conservaram as florestas quase intactas até a segunda metade do século XIX, até que o cacau se tornasse a grande razão de ocupação desse seu território.
Mas já se vão quase dois séculos de intensa exploração, minimizada, por certo, pela amizade retribuida entre o cacau e a floresta. Do alto, parece tudo verde por conta das árvores sombreadoras das fazendas de cacau, mas ao olharmos de perto, temos um ambiente bastante antropizado.
Vamos aproveitar esse momento para enxergar um plano de recuperação da Mata Atlântica em Ilhéus, onde o replantiu tome o lugar do desmatamento, seja em áreas nossas áreas urbanas, ou rurais.
Não esqueceremos esses nomes !
RPPN Helico 65 ha - RPPN Reserva São José 77,39 ha - RPPN Boa União 112,81 ha -RPPN Lama Preta 12,7 ha - RPPN Ribeirão dos Gatos 30 ha, RPPN Serra da Temerosa 10,1 ha, RPPN Fazenda São Sebastiao 5,4 ha, RPPN Cachoeira Lisa 43 ha, Reserva São João 25 ha, RPPN Arte Verde 10 ha, RPPN Salto Apepiqui 118 ha e RPPN Mãe da Mata 13 ha.