segunda-feira, dezembro 31, 2007

FEEDBACK - Ponte Ilhéus Pontal

Finalmente, a reforma

Para uma cidade e um projeto de região metropolitana com várias grandes obras necessárias e estratégicas, a muito relegadas, como o Anel Rodoviário, a Duplicação da Br 415 ou a reconstrução da Orla de Ilhéus, dentre outras, a reforma da Ponte Ilhéus-Pontal não chega a ser uma grande noticia, mas nos conforta e anima.

Os problemas da velha ponte de quarenta anos chegou no limite. Esse foi um assunto que uniu a comunidade, jornalistas, membros do executivo e legislativo municipal e estadual, e que finalmente será resolvido em 2008. As obras estão previstas para o segundo semestre, com previsão de ficar pronta em seis meses. Custará R$ 1.038.000,00 e será realizada pela AMS Engenharia e Serviços Ltda.


Além de sua reforma estrutural, e quem quiser conferir seu estado de conservação na reportagem fotográfica da R2cPress, gostaríamos de fazer duas ressalvas. A primeira, refere-se ao estudo da construção de uma passagem decente para pedestres, com um muro de proteção mais seguro; um passeio que humanize a ponte, pois o atual assusta até quem não tem fobia de altura. Isto certamente está previsto e será realizado.

Ponte Hercílio Luz em imagem noturna (Florianópolis)

A segunda, refere-se ao fato de que construções e reformas de pontes são grandes oportunidades de trabalhar a paisagem de uma cidade. Pontes bem desenhadas e decoradas, são marcos em cidades do Brasil e pelo mundo a fora. Portanto, esperamos que essa obra cuide também da reforma visual, lhe dando a roupagem nova que os recursos variados da arquitetura e do urbanismo moderno oferecem, incluindo a escolha de posteamento, iluminação, pintura da estrutura, tipo de calçamentos, sinalização, etc.

sábado, dezembro 29, 2007

FEEDBACK - Sobre o Obelisco

PLACA DO OBELISCO LIMPA


A degradação da placa histórica do Obelisco de Ilhéus, como noticiado pelo Acorda Meu Povo foi resolvida com a limpeza do borrão de cimento e remoção da pichação.
Assim, o monumento histórico de 1927, volta a cumprir seu papel de Obelisco (do latim obeliscus), que significa monumento comemorativo; e continuar nos honrando com o seu significado histórico e memorial, homenageando os grandes hérois da independência da Bahia.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Painel do rio Cachoeira

O rio Cachoeira é um rio poderoso, tem uma grande bacia de captação e está sempre mostrando a sua força. Enchentes foram registradas ao longo de sua história e datam desde 1914; depois em 1920,1947,1964,1965 e 1967, considerada a grande enchente.
Enchente surpreende ano a ano

Sabemos que os desmatamentos das últimas duas décadas diminuiu muito a retenção de água pelo solo; o rio trás muito barro da erosão em seu leito e tem provocado cheias e inundações cada vez mais intensas. O Cachoeira enche acima de dois metros do seu nível todos os anos com as chuvas de verão e nos últimos anos vem anunciando a possibilidade de atingir níveis maiores. Dessa vez, bastaram três dias de chuva em sua bacia para o registro da maior cheia em mais de uma década.

Quem sofre com isso são as comunidades situadas em áreas de risco. Diante do irremediável, moradores acompanham passivos as cheias, monitorando o nível do rio ou se perguntando: o que virá daqui por diante?

Comunidade em Área de Risco no Banco da Vitória:

Observação e Silêncio

Bacia Hidrográfica

Quando falamos do rio Cachoeira estamos falando de uma das principais referências da região cacaueira, e de um tema estratégico da gestão ambiental regional. Esse grande rio percorre 300 quilômetros entre a serra de Itacara em Vitória da Conquista até desaguar no oceano, em Ilhéus. No seu trajeto, Itambé, Itajú do Colônia como rio Colônia, onde recebe as águas do salgado, seu maior afluente; segue por Ibicaraí, Floresta Azul, Firmino Alves, Itororó e Santa Cruz da Vitória; pouco acima de Itapé, recebe o nome de rio Cachoeira.

Além do Salgado, muitos afluentes, como "Piabanha", "Catolé", "Duas Barras", "Sucuriuba", "Ponte", "Sapucaia", "Areia", "Primavera", "Jacarandá". Antes de desenbocar no mar, une-se aos rios "Santana” e “Fundão. Em todo seu percurso, muitos pequenos riachos formados nas fazendas de cacau, também contribuem com seu fluxo hídrico.

Símbolo Regional da luta por SANEAMENTO

As ocupações irregulares em áreas de risco é apenas um dos problemas do nosso velho Cachoeira. Entre todas as questões que devem ser discutidas no Painel do Cachoeira, certamente, o reflorestamento de matas ciliares e o saneamento ambiental são os mais relevantes.

Quem mais mobilizou e fez pelo Cachoeira foi o Programa de Recuperação da Bacia do Rio Cachoeira da Universidade Estadual de Santa Cruz, conduzido por Maria Luzia de Mello Torres. O programa mobilizou comitês nos municípios e viabilizou algumas ações concretas de reflorestamento, saneamento e educação ambiental. Por isto, inclusive, a professora Maria Luzia recebeu o Prêmio Cláudia 2007.

É o rio mais castigado por esgotos e depósitos irregulares de lixo urbano no trecho do sul da Bahia. O projeto do Cachoeira com águas despoluídas e melhor fluxo hídrico durante todo o ano, depende de obras de saneamento ambiental e reflorestamento nos municípios de sua bacia hidrográfica. Em outras palavras, as ações para o rio Cachoeira despoluído, com seus “pitus”, passa pela melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Obelisco


“Ilhéus ganha de volta seu mirante e obelisco construídos por Mário Pessoa em 1927, em homenagem aos heróis da Independência da Bahia. Eles foram recuperados pela prefeitura atendendo pedido do Instituto Histórico e Geográfico e da Associação Comercial de Ilhéus.”
* 13 DE JULHO DE 2007

Moradores e visitantes, todos ficamos felizes com essa notícia. É um belo mirante, o único decentemente murado, numa cidade de tantas vistas extraordinárias. Obra de Mário Pessoa, um prefeito que deixou marcas de amor pela cidade.
Observei na placa comemorativa histórica, o nome do prefeito que fez a reforma, questionei se havia essa necessidade. Uns meses se passaram e colocaram cimento no nome, e, confesso, achei essa surpresa mais desagradável ainda.

Dias depois, uma pichação nas placas históricas, consolidaram a depredação e o desrespeito. Fosse ou não de direito ou bom gosto colocar o nome do prefeito num monumento histórico tão antigo, ainda que nomes de prefeitos estejam por toda parte, um monumento tão importante não deveria ser alvo de represálias. Ilhéus não têm dono e tudo deve ser feito dentro da lei e do bom senso. Agora, é dar conhecimento dessas coisas ao prefeito e, consertar, limpar, correr atrás do prejuízo.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Lixo nos ambientes naturais

Nesse final de ano um presente Ilhéus já ganhou: conseguiu voltar a normalidade e sair de uma das piores crises dos serviço público de limpeza urbana da cidade, causada por problemas políticos envolvendo a administração. E não tem nada pior do que uma cidade suja.

Contudo, nosso painel sobre o lixo ou os resíduos sólidos tem várias questões a explorar. Essas questões envolvem desde a falta de participação da população, problemas na coleta, falta de lixeiras e a disposição irregular de lixo nas ruas, a mistura de materiais recicláveis e certamente, a poluição dos ambientes naturais, rios, mar, praias e manguezais.










A cheia do rio Cachoeira percebemos uma quantidade e variedade de materiais que são lançados no rio, e ficamos imaginando que o roteiro de suas águas deveria servir de referência para um programa de Educação Ambiental, voltado para a mudança de comportamento e hábitos em toda essa região.

Mobiliário, brinquedos, todo tipo de embalagem plástica, muito isopor, de "um tudo" as águas do rio trazem para a praia. Não fosse o mar que consegue expurgar quase tudo que bóia para fora de si, estaríamos provocando sérios danos ao nosso litoral. Litoral esse, que abriga o maior banco de corais do atlântico sul e é habitat da baleia Jubarte, um dos mais belos mamíferos da terra.


Resíduos de alguns materiais como o isopor, caso entrem na corrente marítima podem causar a morte de peixes, botos, tartarugas, inclusive de baleias, por ingestão.


quarta-feira, dezembro 05, 2007

Painel do Almada

O Almada é prata da casa. Sua proteção depende da conservação do sistema agroflorestal do cacau e da paisagem sul baiana. O rio tem seu curso inteiro na região cacaueira e é uma referência cultural importante. Nasce e abraça Almadina e segue beneficiando milhares de pessoas por Coaraci, Ibicaraí, Itabuna, Itajuípe, Barro Preto, Lomanto Junior e Uruçuca, até se ligar a Lagoa Encantada e desaguar na enseada da Barra, em Ilhéus.
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É mais saudável e tem menos problemas do que o rio Cachoeira, mas sofre principalmente com o desmatamento e com os despejos líquidos urbanos. Em Coaraci o rio Almada registra a pior qualidade de sua água.
Desde 2003 (Decreto Estadual N.º 8.650 de 22/09/2003) tornou-se uma unidade de conservação estadual com o decreto de ampliação da Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada (Decreto Estadual N.º 2.217, de 14/07/93), que tem como gestor o Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH). Uma parceria com a Associação Brasileira de Apoio aos Recursos ambientais (ABARÁ), viabilizou a criação de seu Conselho Gestor com participação dos mais diversos setores da sociedade.

FOTOS EXCLUSIVAS PARA ACORDA MEU POVO

Parceria com BABY FOTO DE COARACI

Ruas de Coaraci inundadas

Há muitos anos os moradores de Coaraci não vêem um cheia do Almada tão intensa. O rio, que agoniza com poluição e baixo potencial hídrico nesse trecho, sobe de nível subtamente após dez dias de chuva em suas cabeçeiras.

Almada acima do nível mais de três metros

Sr. Nepó Passos e família

"nunca a água tinha chegado no meu quintal como dessa vez".

sábado, dezembro 01, 2007

Nossas Chuvas de Verão

O clima do sul da Bahia é um quente e úmido amazónico, com chuvas abundantes. Em Ilhéus chega a 2000 mm por ano. É uma grande marca.

As frentes frias passam por aqui o ano inteiro e fazem chover sempre, mas é no verão que os índices pluviométricos aumentam muito e nossos rios mostram sua grandeza. As chuvas aqui chegam muito mais amenas que no sul e sudeste e provocam menos danos. Dessa vez a frente fria fez chover desde o dia 21 de Novembro a 2 de Dezembro, provocando cheias nos rios Cachoeira, Salgado, Contas e sobretudo na região da bacia do rio Almada, que teve seu pico de cheia em mais de uma década.
Chuvas de verãoO rio Almada (foto abaixo e acima em Coaraci), que está a mais de três metros acima do nível normal. As comunidades ribeirinhas de Ibicaraí (rio Salgado) e Almadina (rio Almada) são as mais afetadas pelas cheias. Esses rios agonizam nos períodos de maior estiagem e ressurgem no verão em grandes cheias. Acorda meu povo vai monitorar esses rios, recapitulando seus principais problemas, os programas existentes e o que podemos esperar.
Como já sabemos, as prefeituras de Ilhéus e Itacaré precisam organizar seu batalhão para a limpeza das praias, após a secagem natural das baronesas, especialmente da Avenida Soáres Lópes, que recebem toneladas de "baronesas", lixo e entulhos.
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Chuvas de verão

As "baronesas" chegam às praias, mas quem são elas?

Chuvas de verão

Eichornia crassipes

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O que no sul da Bahia chamamos popularmente de baronesas, ou aguapé, tem o nome científico de Eichornia crassipes. É uma planta da bacia amazônica que se espalhou pelas regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. Costumam se multiplicar em rios de água parada e nas cheias do verão se movem com as correntes de água e o vento e vão parar nas praias.

Como o rio Cachoeira agoniza em alguns trechos, essa planta se multiplica e forma tapetes intermináveis à superfície da água entre Itabuna e Ilhéus. Mas apesar de ajudarem no tratamento de efluentes, purificando as águas, causam prejuízo ao ecossistema desses rios por causa do efeito sombra, alterando as características físico-químicas da água, e ameaçando as espécies locais.
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Existem alternativas defendidas pelos ambientalistas para controlar essa praga como usar os subprodutos dessa vegetação tais como: composto orgânico, ração para gado, produção de carvão vegetal, de gás metano, de celulose, etc, mas que até o momento não se mostraram economicamente viáveis, pela dificuldade de coleta, que necessitaria de gruas com pás colhedoras e por essa vegetação conter grandes quantidades de água.

Chuvas de verão

Esperamos então um rio Cachoeira e Almada mais saudável como forma de evitar a proliferação das baronesas - Eichornia crassipes, e no futuro reduzirmos os transtornos que elas têm causado. Quanto ao lixo, vamos ter que trabalhar bastante os sistemas de coleta e reciclagem, e educação ambiental para mudar esse hábito irracional de jogar lixo nos rios.