sexta-feira, abril 26, 2013

IX Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais - 14 a 18 de Outubro de 2013


Tinha que ser em Ilhéus, não apenas por ser uma boa opção para atrair público, mas porque o Sistema Agroflorestal de maior qualidade que se possa imaginar está aqui, e ele está ameaçado pela inviabilidade econômica da própria lavoura que o criou, e pela falta de normas justas no mercado. Um cacau, cujo sistema de produção produz tanta riqueza ambiental e autonomia ao ser humano, não pode suportar um mercado insensível a cadeia produtiva do cacau no sul da Bahia e na Amazônia.

Ilhéus representa a história do cacau, e a identidade da própria região cacaueira, onde o Cacau-cabruca configura-se como o mais importante patrimônio ambiental e social. Essa Cabruca parceira da Mata Atlântica, dos nossos solos, de nossa biodiversidade recorde e rede de nascentes e rios. Esse sistema de plantio artesanal dos séculos passados, que sobreviveu ao tempo, não viveremos bem sem ele, e não há cultura que se compare ecologicamente com a do Cacau-cabruca, onde se faz agricultura em um ambiente florestal rico em biodiversidade. 

Contra o Cacau-cabruca, quase tudo: Os modelos econômicos, a diversificação agrícola, o mercado como um castigador, e os produtores desconsolados com o preço pago por uma arroba do produto. Que esse congresso possa trazer esperança para o Cacau-cabruca, que ocupa uma imensidão de 500 mil hectares no Sul da Bahia. 

quinta-feira, abril 25, 2013

Está proibido vender animais em Pet Shop de Salvador

Campanha agora é pela adoção.

A notícia foi recebida com muita alegria por todos os seres
 humanos normais que reconhecem a fidelidade dos caninos.

A Câmara Municipal de Salvador aprovou  o projeto de lei que proíbe a venda, reprodução e criação de animais em Pet shops de Salvador. Autor da proposta, o vereador e ambientalista Marcell Moraes (PV) comemora a aprovação por entender que esta lei vai coibir abusos e maus tratos, pois em diversos estabelecimentos os animais ficam expostos em gaiolas ou locais pequenos e abafados, algumas vezes expostos ao sol e ao sereno. De acordo com o projeto, animais domésticos só poderão ser vendidos em locais apropriados, como canis e gatis, que possuem estruturas adequadas para o bem estar dos bichos.

Marcell explica que além de impedir o mau trato, a sua iniciativa é incentivar a adoção de animais abandonados, que estão sob os cuidados dos protetores voluntários individuais. “Salvador tem mais de 100 mil animais soltos pelas ruas, sem cuidado, sem aparo.  Agora que aprovamos o primeiro projeto de lei em benefício da causa animal na história de Salvador, nossa meta é fazer uma campanha para incentivar a adoção. E aí sim vamos construir uma história mais feliz para aluta de defesa dos animais. Cuidar de bicho é cuidar de gente, da vida, do meio ambiente. Estou muito feliz por nossa primeira vitória”, comemorou o líder do PV na Câmara de Vereadores de Salvador.

Serra Grande recebe Babi Jaques & Os Sicilianos - 30 de abril de 2013.


A nossa tranquila Serra Grande, distrito do município de Uruçuca, continua se afirmando como um polo de economia criativa. Criatividade, arte, cultura, conhecimento e informação são os elementos que podem fazer brotar talentos e fortalecer os vínculos de identidade com o lugar onde vivemos, a riqueza ao redor, a história de tudo e a diversidade das coisas.




FOTOS DE JOSÉ NAZAL
Mentes que pensam, administradores que inovam, empresários atualizados, artistas, mestres... Esse é um movimento que se articula, quando um conjunto de realizações é compreendido pela coletividade como um bem comum. Em Ilhéus, por exemplo, um jardim de Burle Marx vem sendo descaracterizado, pois as pessoas não entenderam, não assimilaram a importância de se ter valorizado um projeto de um dos maiores paisagista de todos os tempos, que tem jardins mundo a fora, a importância de vincular o nome da cidade a ele, já que temos o turismo como uma das principais oportunidades de renda da população!?

Já a cidade do Rio de Janeiro fez o dever de casa bem feito, e vendeu bem seu peixe, e não à toa é a cidade onde a economia criativa mais cresce. Veja as fotos e comentários que fiz AQUI em 14 de fevereiro de 2008, e reparem que eu comemorava o início do Parque, que ainda existia, e foi destruído pela CODEBA, que administra o porto na última administração 

Os especialistas afirmam que a economia criativa Veja aqui é um excelente caminho para o Brasil se desenvolver, já que é, culturalmente, megadiverso. Afirmam também que temos todos os recursos para pensar à partir daí, uma economia sustentável - aquela que acompanha a par e passo a sustentabilidade ambiental, e de forma especial a sustentabilidade social.

MAIS AQUI



Descoberta nova espécie da Mata Atlântica no Centro de Endemismo de Pernambuco


Com informações da CI-Brasil (Leia a íntegra) – Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), liderados por Antônio Rossano Mendes Pontes, da UFPE, publicaram recentemente a descoberta de uma nova espécie de porco-espinho, que recebeu o nome de Coendou speratus.
Os pesquisadores avistaram pela primeira vez indivíduos da nova espécie na Usina Trapiche, área situada na Mata Atlântica do Nordeste, uma das regiões mais ricas em biodiversidade e, ao mesmo tempo, mais ameaçadas do mundo. O artigo com a descoberta foi publicado na Zootaxa, uma revista científica internacional dedicada, principalmente, à publicação de artigos que contêm descrições de espécies novas e, também, revisões taxonômicas de vários grupos de animais.

terça-feira, abril 23, 2013

Dia da Terra, do Brasil e de São Jorge dos Ilhéus.


"estamos solapando nosso lar", diz Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU.

O descobrimento do Brasil não é bem o que nos ensinaram - Não é mentira, nem  verdade, principalmente porque a ciência está em movimento. O certo é que depois desse "descobrimento" de  abril do ano de 1500, o mundo não foi mais o mesmo, e mesmo com dor, sua semente sinaliza o futuro. 

A história do Brasil é um episódio extraordinário da história do homem, e decisivo quando falamos em conservação ou destruição da natureza. Essa terra tornou-se  berço de humanidades, casa dos povos e terra de imigrantes. Aqui estão as maiores colonias de Japoneses, Italianos, Alemães fora de suas terras. Também aqui dormi a África antiga preservando culturas e acordam os índios, bravos guerreiros, protetores de culturas milenares que ajudam o país a proteger as florestas. 

* Segundo informações recentes, melhor que o governo com as áreas protegidas.


Nesse dia do Brasil; também escolhido Dia da Terra (adotado pela ONU desde 2009), e já saldando São Jorge em seu 23 de abril, olhemos sua vitória lá no alto da lua, acima de tudo e de todos, vencendo o dragão da maldade, e nos inspiremos a salvar a terra da desumanização, e livrar o Brasil da algemas da corrupção e do cálice amargo da pobreza.

São Jorge que é dos Ilhéus, cantinho da terra onde passamos também por tudo isso, daqui saldamos a vida, e não desistimos de lutar contra a ignorância, que como disse o saudoso Velho Mota, ensinador Daimista da floresta: "é uma devoradora".

Veja fotos lindas da Terra: LINK

sexta-feira, abril 19, 2013

Dia do Índio

Essa gravura, como outras dos primeiros artistas e naturalistas europeus na América são retratos reais de culturas nativas. Aqui, os "Pehriska-Ruhpa da Banda Cão da tribo Hidatsa dos nativos americanos". A famosa ilustração é de Karl Bodmer para "Reise in das innere Nord-América em den Jahren 1832 bis 1834" para Maximilian zu Wied-Neuwied em sua segunda viagem áo continente. (Travels in the interior da América do Norte nos anos 1832-1834). As tribos e costumes foram retratados fielmente, e são o único testemunho de povos extintos nas décadas seguintes.

segunda-feira, abril 15, 2013

Repatriamento dos Mico-leões-da-cara-dourada introduzidos em Niterói: Bom para os Dourados.

SITE DO PROJETO ACESSE AQUI 


Só faltava essa ! Não é que o Leontopithecus chrysomelas, nosso mico-leão-da-cara-dourada, se meteu em uma enroscada retada lá pelas bandas do sul. Deu-se que um abestado meteu o dedo na história da Mata Atlântica, e levou o conterrâneo baiano para o novo clima fluminense. Ele gostou da farra com vista para o Corcovado, se safou do fora da lei, reproduziu e se dispersou pela mata.

Com chance de reencontrar seus parentes são impedidos pelo Corpo de Bombeiro. É o governo que chega dizendo: Vocês vão voltar para casa!? Que casa meu? - Respondem com sotaque carioca.

Agora são uma população fluminense, mas sem direitos são forçados a "voltar para casa" para proteger seu parente, o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia). Parece um ato heroico, e é, mas, para a sobrevivência do mico-leão-dourado. Parece um resgate de uma espécie que volta ao lar baiano, e o projeto até se apresenta como vitral de proeza científica; mas sinceramente, vejo como mais uma triste história da Mata Atlântica, especialmente do sul da Bahia.

O Governo reconhece, o mico-leão-dourado corre risco:


É urgente a remoção dos grupos de mico-leão-da-cara-dourada da região de Niterói, São Gonçalo e Maricá antes que o aumento e a expansão da população introduzida tornem inviável sua retirada - e essa foi a principal recomendação dos órgãos governamentais e não governamentais envolvidos na conservação das duas espécies, por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica Central, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O governo não fala em translocação, e sabe que essa é uma ideia polêmica, que pode dar certo, mas pode não dar. Não é fácil de ser monitorado, e avaliado, os seus resultados no tempo. As campanhas não nos dão conta dos problemas do lado baiano da história. Os estudos revelaram uma população em crescimento lá, e  chances de que sub-populações consigam encontrar o mico carioca  - se é que não encontrou. É sempre bom lembrar que não estamos no controle, ainda que estejamos tentando comandar em nome da conservação. 

Algo tem de ser feito, pois se o homem não interferir outra vez, e permitir o encontro dos micos, híbridos nascerão, e isto seria catastrófico para o dourado em rota de extinção. Resolve o problema, se todas as sub-populações forem capturadas, o que não é fácil, e depende de sorte, além de todo apoio da comunidade local. População exótica retirada, problema resolvido lá.

A translocação não é o final para os micos de cá, mas o início de um nova história. Pode parecer uma história simples, e até bonita - os micos voltam ao lar baiano. Não estão voltando para casa, e nunca moraram aqui, e não sabemos se poderão vir a ser uma ameaça a sua espécie. A introdução no Rio foi um grave problema, e a translocação, de forma nenhuma pode ser compreendida como um feito, mas como um novo experimento que só vamos saber os seus resultados com o tempo, se for bem monitorado.

O nosso mico é considerado um invasor no estado do Rio de Janeiro, e expulsá-lo de lá é uma solução apropriada, e com evidência de certeza científica, mas essa translocação, esse exílio forçado em Belmonte, essa nova população em uma nova mata, dá um frio na barriga. 


Até agora, foram capturados 104 indivíduos. Desses, 66 foram transferidos para a Bahia, 17 estão na quarentena e quatro grupos (24 animais) que apresentaram resultados positivos para doenças permanecem em cativeiro.

A sua contribuição é fundamental para a saúde e a sobrevivência dos micos-leoes-de-cara-dourada e dos micos-leões-dourados. Faça parte desse projeto!

"O mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) habita a Mata Atlântica da região sudeste da Bahia e extremo nordeste de Minas Gerais e está ameaçado de extinção, classificado como “Em Perigo” pelas listas da IUCN e do Ministério do Meio Ambiente. Já o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é encontrado apenas em remanescentes de Mata Atlântica da região costeira do estado do Rio de Janeiro, e também foi incluído como “Em Perigo” nas listas citadas. As duas espécies estão ameaçadas principalmente devido à destruição de seus hábitats."

Haverá a certeza científica de que essa população não vai trazer doenças, ou prejudicar de alguma forma as sub-populações do sul da Bahia? Será que não estaremos criando uma sub-população isolada, eremita? Quais os efeitos de médio e longo prazo que poderão acontecer no ecossistema? Como serão monitorados os impactos no novo habitat, e espécies? Não seria prejudicial subordinar manchas raras da mata atlântica nordestina com uma população oportunista? E o grande número de pássaros ameaçados de extinção dessa região? Poderia perguntar, e perguntar sem parar, pois o assunto é mesmo, muito complexo, como é a natureza. 

A translocação dos cara-dourada invasores de Niterói é uma medida essencial para os dourados, não para sua espécie, e as matas sul baianas que agora são utilizada nessa experiência. Como bom baiano, prefiro a prudencia, um exame melhor da questão, ainda que confiando nos protocolos, e nas instituições envolvidas. Não sou pessimista, e evidentemente torço para que dê certo, mas não temos informações disponíveis suficientes que nos convença que a reintrodução é o caminho certo. 

Para que fique mais claro para mim, como jornalista parto da dúvida, da possibilidade do homem errar mais uma vez nessa reintrodução de um número grande de micos. Cabe a nós, questionar, buscar compreender os riscos, e ser transparente com as chances de dar errado. Informar a sociedade. É preciso deixar claro que não se trata de empurrar o problema do mico rico carioca para o mico pobre baiano. Tem alguma coisa de experimentação nessa translocação, e isso também precisa ficar claro para a sociedade. Me chateia a expressão "inédito no Brasil". Aqui, ainda não é Austrália, onde as espécies exóticas causaram tsunamis de extinção, e até cercas  cruzam o país para dividir as populações de  animais.

Quem labuta na área sabe que os efeitos precisam ser monitorados em longo prazo. Quem garante que amanhã não vai faltar interesse, e suporte para intervir novamente aqui, se forem necessários esforços maiores para corrigir problemas inesperados? Não é preciso lembrar que esse projeto-experiência está sendo realizado no restinho de jardim tropical da mata atlântica nordestina, extremamente sensível e biodiversa, que são as três mil hectares "da VERACEL", na realidade, de todos, alvo a reintrodução. 

Veja o vídeo de um mico-lesão-da-cara-dourada em Niterói AQUI. Observe um deles completamente habituado, e desesperado de fome, uma cena completamente diferente do mico em seu habitat natural, selecionando alimentos, e jamais avistado ou capturado com facilidade. Isto aumentará muito a chances de captura por traficantes e moradores do "novo lar", o que, estatisticamente aumenta a chance de mistura com as populações nativas protegidas, e saudáveis.   

É com muito entusiasmo que iniciamos, em Niterói, as atividades de remoção do mico-leão-da-cara-dourada (invasor na área de ocorrência do mico-leão-dourado) e translocação para a Bahia. Nosso trabalho e nossa responsabilidade é devolver, repatriar, estes primatas que foram indevidamente introduzidos em Niterói-RJ, de volta ao seu ambiente natural na Bahia.

Para isso, contamos com a ajuda e com o apoio da comunidade da cidade de Niterói, especialmente dos moradores das áreas de entorno do Parque Municipal Darcy Ribeiro, Parque Estadual da Serra da Tiririca e arredores. A sua contribuição é fundamental para a saúde e a sobrevivência dos micos-leoes-de-cara-dourada e dos micos-leões-dourados. Faça parte desse projeto!

E qual é a solução? Eu não sei, mas gostaria de conhecer mais do que me informa a campanha. Do ponto de vista científico, o sacrifício seria a conta mais exata, mas seria um remendo intolerável o sacrifício de centenas de macacos. Mas existem outras soluções. 

Não se tem mais interesse em viabilizar essas populações para zoológicos, que estariam cheios, mas como São Tomé, quero os dados; quero ver para crer. Prefiro pensar de longo prazo, sabendo que faltam zoológicos e jardins botânicos no Brasil. Existe ainda, a necessidade de se exercitar de forma mais fidedigna o pressuposto de confiar nos fieis depositários, e de permitir que exemplares da espécie possam servir a Educação Ambiental. Esses animais poderiam ser esterilizados, enfim, não existe unicamente as opções do sacrifício, e da translocação. 

Sempre bom lembrar, que não existe em todo o litoral da Bahia, um único exemplar do mico-leão-da-cara-dourada em cativeiro que possa servir a educação ambiental, e atração do turismo ecológico, que também são pressupostos da conservação. Diversos criadouros foram solicitados ao IBAMA, mas a legislação é dura e insensível a esta questão, preferindo sempre, se esquivar de propostas para evitar problemas como o criado pelo delituoso e irresponsável ser humano que soltou os micos baianos em Niterói.

A translocação de uma sub-população é uma opção radical, e não deve ser motivada pelo fato da espécie mico-leão-dourado estar mais ameaçada, que o seu parente. Muito menos ainda, a falta de tempo ou logística para outra solução melhor, poderia justificar uma solução mais fácil para os micos leões fluminenses.

É urgente a remoção dos grupos de mico-leão-da-cara-dourada da região de Niterói, São Gonçalo e Maricá antes que o aumento e a expansão da população introduzida tornem inviável sua retirada - e essa foi a principal recomendação dos órgãos governamentais e não governamentais envolvidos na conservação das duas espécies, por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica Central, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Para isso, contamos com a ajuda e com o apoio da comunidade da cidade de Niterói, especialmente dos moradores das áreas de entorno do Parque Municipal Darcy Ribeiro, Parque Estadual da Serra da Tiririca e arredores. A sua contribuição é fundamental para a saúde e a sobrevivência dos micos-leoes-de-cara-dourada e dos micos-leões-dourados. Faça parte desse projeto!

* Os questionamentos desse artigo ilustrado são de um jornalista, também estudante e amante da natureza. O objetivo é de contribuir com a reflexão sobre a conservação, e não, a afirmação do contrário disto, em nenhuma hipótese. Continuo acreditando que o mico-leão-da-cara-dourada apesar de se reproduzir muito bem em cativeiro e nas matas menos úmidas da Serra da Tiririca, continuam muito raros no sul da Bahia, e estão seriamente ameaçados.


quinta-feira, abril 04, 2013

Economia Criativa - Fique por dentro

Eu acredito que todos devem ficar por dentro do significado de Economia Criativa (Leia Mais), especialmente os milhares de prefeitos do Brasil. Esse é o conceito que trás a essência de uma virada de conhecimentos necessários para encontrarmos os caminhos do desenvolvimento sustentável. 

Ilhéus é dessas regiões que tem um potencial extraordinário, diferenciado para o desenvolvimento de processos relacionados com a economia criativa. O notável   patrimônio histórico e cultural, material e imaterial que precisam ser incorporados em nossa economia; os saberes e práticas tradicionais diversos, que precisam se transformar em produção, e uma cidade que precisa de um marco urbanístico que lhe restitua a beleza e a mobilidade. 

A economia criativa é aquela que pode desenvolver Ilhéus e  Brasil apostando na inovação, acreditando no potencial das pessoas, em um pacto das comunidades e regiões para valorizarem o empreendedorismo em uma direção comum a identidade de todos. Essa economia da criatividade, do intangível, da pesquisa, da produção e do consumo de história, artes, ideias, cultura, comunicação, e tudo mais que possa gerar uma economia de valores é o caminho. Nele, não seremos, apenas, produtores de matérias primas, e nem servos do capital, mas sim, negócios de qualidade, competidores de mercado e empreendedores com visão de sustentabilidade crescente.

Imperdível essa entrevista com Ana Carla Reis, que esteve em Ilhéus em 2012. (TV Câmara)



Economia criativa é como um alfinete que estoura a bolha de ilusões econômicas primárias, e nos coloca em outro patamar, onde mostramos o que somos, e sabemos fazer. Pra isso é preciso se conhecer, e se empenhar em aprender a dar a volta por cima das crises. Em algum momento, uma sociedade  que alcança os seus objetivos, precisa encontra a sua própria economia criativa, feita com novos valores, e em um novo modelo, e novo paradigma. Não existe milagre, sem salvação sem cultura, bom gosto, informação, designer, planejamento, bons projetos de cidades e lugares. 

Assim fez a Inglaterra, e muito dos países desenvolvidos, que vivem de sua cultura, ou o Rio de Janeiro, que aproveita as belezas naturais, e a cultura para gerar negócios, e fortalece sua imagem e economia neste setor. 

terça-feira, abril 02, 2013

Arquivos da Ditadura Militar



Dessa vez é pra valer. O arquivo Público do Estado de São Paulo publicou, a partir deste primeiro de abril quase um milhão de imagens de fichas, prontuários e dossiês relacionados a ditadura militar em site público. 

Achei o site, hoje, um tanto lento, mas com certeza é por conta da sede de verdade que têm os brasileiros diante do mar esse episódio vergonhoso da história do Brasil.

De acordo com documentos da época, Presidentes da República, artistas, atletas e religiosos continuaram sob monitoramento no Brasil mesmo após o fim oficial da ditadura militar (1964-1985)- Veja Aqui. "Serra tinha “larga folha de serviço no campo da subversão estudantil” e Dilma era um dos “cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pela esquerda radical”.

Em primeiro de abril, dia em que o Golpe Militar de 1964 completa 49 anos, o Arquivo Público do Estado de São Paulo em parceria com o projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça publicou oficialmente na internet uma importante parcela do seu acervo. 

Agora, qualquer pessoa pode acessar, entre outros documentos, mais de 274.105 fichas digitalizadas, além de 12.874 prontuários, produzidos pela Delegacia Estadual de Ordem Política e Social, DEOPS-SP (1923-1983); pelo Departamento de Comunicação Social (1983-1999); e pelo DOPS de Santos. Todo esse acerco, que levou dois anos para ser digitalizado e que consumiu mais de R$ 400 mil pode ser acessado no site “Memória Política e Resistência” (clique aqui).

Outros sites com Arquivos da Ditadura: