segunda-feira, dezembro 28, 2009

2010 - Feliz Ano da Biodiversidade

Queremos saudar a todos que passam por aqui, desejando uma saúde integral, física e moral, e um ambiente saudável, o mais natural, nesse ano rebento de ações pela biodiversidade, como assim decretado pela Organização das Nações Unidas.

Cuidar da biodiversidade, do planeta, faz parte dos cuidados com a gente mesmo. Por isso saudamos e desejamos a todos os governantes, movimentos sociais organizados, voluntariados sociais, militantes da paz, fazedores de justiça, empreendedores do saber, e a todas as pessoas de fé, um 2010 de saúde integral.

Porto Sul é apresentado ao Conselho Gestor da APA Lagoa Encantada e Rio Almada

Por Paulo Paiva


Em mais uma reunião ordinária do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada e Rio Almada, os conselheiros ambientais da área onde o governo estuda a implantação de um complexo industrial e portuário, ouviram e debateram as propostas relacionadas ao projeto. O conselho gestor reúne cerca de 30 entidades governamentais e não governamentais.

Seria uma oportunidade de detalhar o projeto aos especialistas, sobretudo, sobre as tecnologias que poderiam ser utilizadas para minimizar os impactos ambientais em uma das áreas protegidas mais importantes do Brasil. Mas isto não aconteceu, e as incertezas, que já eram grandes, se ampliaram com a falta de informações objetivas. Assim, o Porto Sul continua a ser apresentado em vídeos de computação gráfica como um projeto fantasmagórico para o meio ambiente, e sem condição de licenciamento.
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PROMESSAS DE DESENVOLVIMENTO

Uma serie de contradições e lacunas, deveras preocupantes, chama a atenção. Primeiramente, uma dúvida: O que é o complexo Porto Sul? A infra-estrutura anunciada é uma realidade? Percebemos que não !
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Segundo o governo, o que existe são projeções de cenários favoráveis para a atração de investimentos industriais. Mas objetivamente, o que temos em mãos é um pedido de licenciamento de um porto e retraporto privado para escoar ferro de Caitité por 20 anos, e um projeto de ferrovia, que se pretende fazer aos poucos, a começar por Ilhéus.

De concreto, só um porto privado, já que o complexo, que envolve o Porto Público, ainda dependeria de estudos de viabilidade técnica e econômica. Assim, o Complexo Porto Sul, ainda é uma especulação que dependeria de cenários favoráveis. Nesse caso, corremos o risco de desapropriar uma área de grande utilidade pública, em beneficio de uma empresa privada.

O Porto Público é projeto, mas não existe, nem estudos, nem orçamento. Da mesma forma, outras estruturas previstas no Complexo, como o aeroporto, a duplicação da estrada Ilhéus-Itabuna, o semi-anél rodoviário das duas cidades, que agora aparecem como cabides do Porto Sul, são incertezas. Para o aeroporto internacional nem um passo foi dado.
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UM CENÁRIO DE TENTATIVA DE CRIME AMBIENTAL

Uma segunda contradição importante diz respeito ao que se quer realmente fazer em uma área com tanto valor estratégico; quanto será desmatado?, que tecnologia vai garantir segurança ambiental?, o que acontecerá com o litoral que avança, e já derrubou dezenas de casas?.
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No caso das florestas, em um primeiro momento, o projeto se referia ao desmatamento pouco maior que de 50 hectares, e era categórica a informação que não haveria beneficiamento de minério no local. Mas, em seu próprio discurso, ao descrever os cenários e os atrativos da nova estrutura logística que se formaria, o governo afirma que o objetivo é atrair novos investimentos, formando um grande complexo industrial, inclusive receptivo a atividades de siderurgia.

O que se pode concluir é que o governo, que tem atuado bem em algumas áreas, demonstra mais uma vez desconhecimento técnico das questões ambientais, pretendendo sim, por ignorância, transformar em cinzas, uma das maiores conquistas da mata atlântica nos últimos vinte anos.
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Nesse cenário, uma grande área florestal com água à flor do solo, seria transformada em campos de concentração de industrias de alto impacto ambiental. Também podemos concluir que o governo e as empresas envolvidas não têm nenhuma certeza de como enfrentariam os impactos ambientais para a mata atlântica, os recursos hídricos e a zona marinha.
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Ao serem questionados sobre a área de floresta a ser suprimida, o representante do governo se limitou a dizer que “não sei, vai depender de cada licenciamento”. Essa preocupação sobre a amplitude do projeto foi reforçada pelo doutor da Universidade Estadual de Santa Cruz, José Rodolfo, que explicou: "em análise de impacto ambiental, é fundamental se ter uma visão geral das intervenções, pois, nesses casos, a soma de um mais um pode ser maior que dois”, se referindo a análise isolada de empreendimentos na área.

VOCAÇÕES ESQUECIDAS

É sempre bom lembrar que o projeto do Complexo Porto Sul, por mais pertinente que possa vir a ser para o desenvolvimento do Brasil é um projeto na contra mão do desenvolvimento sustentável, e que caiu de para-queda na gema do ovo das áreas protegidas do litoral norte de Ilhéus, apenas por ser a linha mais reta, a opção de engenharia de menor custo financeiro. Menor custo sim, se subtrairmos deste montante, o que se deveria investir por responsabilidade socioambiental, em tecnologias capazes de minimizar o alto custo ambiental envolvido.

Trata-se de um projeto que não atende as necessidades do sul da Bahia, entre tantos motivos, devido a sua pretensa localização em área de proteção e de importância para as comunidades tradicionais, e por não atender as necessidades sociais e economicas regionais.

Pelo contrário, o Porto Sul é indicativo de reforço da exclusão social de comunidades de baixa renda, de decadência de nossa área rural, tão esquecida pelas políticas públicas. E de forma marcante, sinaliza para a degradação ambiental, que piora a qualidade de vida, penaliza os mais pobres, gera custos e expulsa investimentos sustentáveis de longo prazo.

Para quem já entendeu a importância da proteção do meio ambiente, e acredita que o sul da Bahia é vocacionado para um modelo de desenvolvimento novo, limpo e sustentável, que o mundo inteiro precisa investir, entende que o projeto Porto Sul continua a ser uma raposa espreitando nossa galinha dos ovos de ouro, desviando nossa atenção da busca do verdadeiro desenvolvimento, que não se faz por milagre, mas pelo investimento em nossas vocações, nossos potenciais, nossos saberes aqui construídos, e na valorização das pessoas e das necessidades de nosso povo.
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CONTRADIÇÕES AMBIENTAIS - PROJETO PORTO SUL

- Não é um projeto regional, e não atende as nossas principais reivindicações na área de infra-estrutura urbana, valorização rural e desenvolvimento social e humano.

- O porto da Bahia Mineradora deverá operar com, no máximo 300 operários. A necessidade qualificação desses empregos aponta diretamente a necessidade de importanção de pelo menos 70% dos funcionários.

- Para cada emprego gerado por industrias poluidoras e de alto impacto ambiental no sul da Bahia, pelo menos 10 empregos serão perdidos em negócios sustentáveis. A inclusão social em uma área com os piores índices de desenvolvimento humano do Brasil, e com forte relações com a ruralidade, não será resolvido com a industrialização mercantilista.

- Sinaliza na contramão da industria do turismo, considerada uma vocação do sul da Bahia, e considerada como a mais lucrativa do século XXI. Também retrai os investimentos no setor, prejudicando toda uma cadeia produtiva atraída para a região por um conjunto de políticas públicas federais, estaduais e municipais de incentivo a conservação, e que institucionalizaram essas áreas como de proteção ambiental, e de especial interesse para o desenvolvimento do turismo sustentável.

- Está localizado dentro de uma Área de Proteção Ambiental, na área de influencia da maior lagoa de água doce do estado. Em toda a área é marcante a presença e circulação da água. Existem uma série de estudos que sinalizam para uma forte agressão aos ecossistemas de pântanos e florestas alagadas, com alto risco de contaminação hídrica.


- Atinge comunidades de pequenos agricultores, assentados, ribeirinhos, pescadores e quilombolas, que vêem no projeto, uma ameaça ao reconhecimento de seus direitos e ao real atendimento de suas necessidades económicas e sociais.

- O projeto prevê desmatamento de alto impacto no trecho mais preservado do Corredor Central da Mata Atlântica, onde esforços estão sendo realizados para reflorestar e interligar alguns remanescentes isolados. Este seria o maior crime contra a mata atlântica em mais de três décadas.


- Referência de conservação, e Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a área a ser desmatada é referencia internacional para a proteção ambiental, sendo considerada um patrimônio da humanidade pela UNESCO.


- Nos remanescentes florestais dessa região foi identificado o Recorde Mundial de diversidade de árvores.


- A área é refúgio de espécies raras, pouco conhecidas, ou ainda não classificadas. É também o refúgio derradeiro de espécies ameaçadas de extinção, entre elas três primatas.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Ilhéus sedia encontro da Rede Sul da Bahia

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Fonte: Rede Sul da Bahia
foto: Rede Sul da Bahia
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A Rede Sul da Bahia promoveu, no dia 18 de Dezembro, na Casa dos Artistas em Ilhéus, um encontro de avaliação dos trabalhos desenvolvidos em 2009, definindo também as estratégias para 2010. Cerca de 20 ONG´s, grupos de apoio e entidades solidárias participaram do evento.
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O Encontro da Rede foi um momento onde os parceiros tiveram a oportunidade de compartilhar informações e noticias, se articular, discutir e deliberar questões de interesse comum. Presentes, cidadãos envolvidos em políticas públicas de saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento local sustentável e de orçamento transparente e participativo.
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No primeiro momento, o representante da ONG Conservação Internacional, Guilherme Dutra, falou sobre a participação vitoriosa da Coalizão Abrolhos, no extremo Sul da Bahia, em parceria com o Ministério Público, que conseguiu paralisar o processo de licenciamento das atividades de carcinicultura no município de Caravelas, em 2007. Um resultado que fez com que a população repensasse seu papel na sociedade. “A suspensão da licença de carcinicultura, que afetaria o ecosistema da região, foi o início para que as pessoas começassem a pensar coletivamente e descobrissem que podem escolher que tipo de desenvolvimento querem para região. É um pouco o que estamos discutindo aqui hoje com o Porto Sul”, disse Dutra.
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A criação da REDECOM, Rede das Comunidades do Litoral Norte, também foi apontada como exemplo positivo quando as pessoas se reúnem para gerir mais oportunidades e maior inclusão entre os integrantes. “ A Rede nasceu para fortalecer as comunidades que integram a região norte de Ilhéus. Hoje estamos colocando em pauta temas como policiamento, falta de água, rede de esgoto e telefonia fixa”, disse Bárbara Vasconcelos, uma das integrantes da REDECOM e da Rede Sul da Bahia Justa e Sustentável, moradora de Serra Grande, Uruçuca.
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O encontro serviu também para que os participantes da Rede pudessem sugerir ideias para 2010 e, assim, estabelecer ações, políticas públicas, projetos e programas voltados para o desenvolvimento humano, social, econômico, cultural e ambiental da região. Com uma comissão de trabalho, a rede planejará em oficina, no mês de fevereiro, a agenda e atividades para os próximos 12 meses. A Rede Sul da Bahia foi criada em Outubro deste ano e já tem cerca de 140 membros.
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A rede visa potencializar o desenvolvimento de forma justa e sustentável em diferentes territórios urbanos e rurais, promovendo maior equidade social, a qualidade de vida e efetivação dos direitos de cidadania.
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quinta-feira, dezembro 17, 2009

Duplicação da BA 415: ================= O Desenvolvimento Encalhado

Ao final de cada ano, quando percebemos o andar da carruagem, dos dias e dos mandatos, fazemos uma reflexão sobre as nossas conquistas e derrotas.

Desde que o dinheiro do cacau ficou pouco, nossas conquistas tornaram-se lentas. Nossa derrota, o tempo em que as coisas acontecem ou não acontecem. Vivemos de promessas, décadas de promessas; tempo de atraso que nos coloca no fim da fila do desenvolvimento e no topo do baixo índice de desenvolvimento humano.

Não temos como deixar de manifestar nossa tristeza ao vermos as cidades do sul da Bahia, sem o básico: falta de água, saneamento, ruas e estradas. Feira de Santana, Vitoria da Conquista, Santo Antonio de Jesus, as cidades da Bahia cresceram muito, e chegaram ao século XXI, diferente de nós, que seguimos sangrando os feitos do passado, em uma terra palco das riquezas naturais e da injustiça social.

Algum investimento chegou por aqui, como ações de infra-estrutura em alguns bairros carentes, como o Teotônio Vilela, em Ilhéus. Mas são investimentos tímidos, quando se trata de resgatar uma região do abandono. Nossas grandes reivindicações, pauta permanente desse blog, não são atendidas ano após ano. E nos alimentamos de promessas políticas, de chocolate, de aeroporto, de zona de exportação, de região metropolitana, enquanto uma "velha geração", que tanto sonhou com essa terra, deixa a vida, sem que nada aconteça aos seus olhos.

A duplicação da BA 415 e construção do semi anel rodoviário de Ilhéus e Itabuna é uma dos capítulos emblemáticos dessa eterna espera por apoio do estado e da união. Uma obra essencial para o desenvolvimento e a formatação de uma futura região metropolitana, que só agora, no final de mais um período administrativo se promete realizar. Será que podemos esperar?

Agora, nossa sonhada duplicação aparece associada as apresentações do Projeto Porto Sul. Sem nuances políticos, não gostamos disto. Queremos e sabemos o que precisamos. Dói ver mulheres e crianças dentro dos esgotos de Coaraci e Itajuípe, Ilhéus e Itabuna sem ruas, nossos jovens pobres sendo consumidos pela morte injusta, tanta pobreza, tanto pra salvar. Eis uma terra imobilizada pelo tempo lento em que as ações do governo se efetivam.

Precisamos superar esse problema de comunicação com o governo, que nos impede de mostrar as nossas riquezas e as nossas carências, e nos exclui da cidadania, e do processo de desenvolvimento. Queremos escolher o nosso destino e cuidar do que é nosso, traçando os nossos rumos com nossa própria vivência, e protagonizando o futuro pela experiência que temos de trabalhar, e acreditar em nossos sonhos.

Estamos alertas para que o governo cumpra a promessa da duplicação da BA 415 e construção do semi anel rodoviário de Ilhéus e de Itabuna, interligando a zona rural e a BR 101, com as zonas litorãneas norte e sul da Costa do Cacau. Estamos também alertas para sejam respeitados os conhecimentos produzidos em nossa região para a elaboração desse importante projeto, aproveitando, ao máximo, estradas já abertas, evitando assim, o desmatamento e a degradação ambiental, que não podem ser prerrogativas do desenvolvimento do sul da Bahia.

domingo, novembro 15, 2009

Criado em Ilhéus corredor ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru

Com a sanção do projeto de lei de autoria do vereador Alisson Mendonça, Ilhéus passou a ter, a partir de agora, a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie), que atuará sob a denominação de Corredor Ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru, localizado no distrito de Aritaguá. O corredor ecológico vai conectar a Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa Encantada e do Rio Almada com o Parque Estadual da Serra do Conduru, duas unidades de conservação estaduais em território municipal.
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De acordo com o vereador Alisson Mendonça, o Corredor Ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru tem como principais objetivos ligar as áreas de conservação ambiental, possibilitando o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência de áreas ambientais sustentáveis. Além disso, o Corredor Ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru visa proteger e recuperar os recursos hídricos, edáficos e genéticos com a proibição de atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental, a exemplo da extração de mineral e implantação de empreendimentos industriais.

Outro ponto importante a partir da criação do corredor ecológico, segundo explica o vereador Alisson Mendonça, é a oportunidade de incentivar a atividade de pesquisa, estudos e monitoramento ambiental, além de estimular o desenvolvimento do ecoturismo, educação ambiental e das atividades de recreação e lazer em contato harmônico com a natureza. A lei que cria o corredor ecológico prevê ainda que as atuais atividades agropastoris desenvolvidas por proprietários e posseiros no polígono do projeto não serão afetadas.
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E para coordenar o Corredor Ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru será criado o Comitê Gestor da Área de Relevante Interesse Ecológico, um órgão consultivo composto por entidades governamentais e não governamentais cujos membros serão nomeados pelo chefe do Poder Executivo.
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O Comitê Gestor terá como principais funções propor planos, programas e ações a órgãos públicos, entidades não governamentais e empresas privadas com o objetivo de garantir os atributos ambientais, culturais e paisagísticos e a proteção dos recursos naturais do corredor ecológico, visando o desenvolvimento da região. Também será atribuição do Comitê Gestor acompanhar o desenvolvimento dos planos, programas, projetos e ações propostos e promover articulações para estabelecer formas de cooperação entre os órgãos públicos e sociedade civil para a realização dos objetivos da gestão.
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Alisson Mendonça explica ainda que os corredores ecológicos representam hoje uma das estratégias mais promissoras para o planejamento regional eficaz de conservação e preservação da fauna e flora. “O intenso processo de fragmentação urbana e rural, isolando remanescentes florestais e recursos hídricos, faz com que sua ligação por corredores de vegetação natural seja uma importante estratégia para mitigar os efeitos da ação antrópica e garantir a biodiversidade da região. Daí a necessidade de se criar esse corredor ecológico”, justifica o vereador.
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FONTE: ASCOM - Câmara Municipal de Ilhéus

Surfers, protect your playground

We have published reports on the importance of the Surf to the South of Bahia, and continue to support the recovery of this history, it has everything to do with the values of sustainable development we are looking . By disclosing events on this blog, we are reinforcing this idea, without concern for other issues, as important as aspects of the marketing business with the event.

In the article below, written by Leandra Gonçalves - Greenpeace, originally published on the Action Ilhéus Association website, touches one of the most important environmental issues: the relationship between marketing and environmental responsibility.
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We have much to reflect on everything we consume, including the image of companies and products. This is the time of sustainability of the production, and the ethical and ideological questions needs to be visible. We know that the image of companies should be constructed on the basis of effective social responsibility, and that this is the twenty-first century marketing.

_________Surfers, protect your playground.
by Leandra Gonçalves -
Greenpeace

Foto: Castilho
Brazilians have a connection with the oceans that is shared by just a few. There are over 8600 kilometers of coastline and almost four million square meters of water that is admired by the population, who have to make outstanding efforts to find a space in the sand from which to enjoy the sun.

Despite this, protecting oceans is not one of the priorities foremost in the mind of a Brazilian. When looking to the blue ocean it appears endless, which makes people think that it has an unlimited capacity to maintain itself, and will forever remain that peaceful blue.

Unfortunately this is not what happens in reality. The management of the Brazilian marine coast is far from being one of the governments top listed duties and faces big difficulties in implementation and operation.


In the last years strategical and behavioral changes have been imposed on coastal communities. Reasons for these changes include the increasing effects of climate change on coasts, the initiation of oil exploration in the deep Pré-sal* waters, the intensification of tourism on the coasts, pollution, unstructured usage of natural spaces by resorts, and the construction of infra-structure.

The social and environmental implications of these problems are already clear: the rise of sea level, increasing number of extreme climate events and the huge losses of natural resources, including the reduction of the oceans capacity to regulate the Earths climate. (oceans are responsible for sinking significant quantities of greenhouse gases).

Other concerns include the changes in ocean swell behavior, public health and the amount of garbage released into the seas.

The surf community, always connected to this blue playground along with all other ocean lovers should mobilize and take action towards defending the preservation of marine coasts against irresponsible profit interests that do not bring sustainable development for communities.

This month, Ilhéus is hosting the Panamerican surfing competition (Mahalo Pan Surf Games & Music, from the 7th to 14th of November at Batuba beach, Olivença). This big event will certainly reveal incredible talents amongst those prepared to surf the best waves. Unfortunately, in Brazil, there is insufficient financial support for such events, and the organisers usually have to accept money from polluting companies themselves. The polluters then use this opportunity to greenwash their dirty brands and to pose as if they were the good guys for the local communities.

The Ilhéus region, in the state of Bahia, is one of very few remaining Atlantic Forest (one of the most biodiverse vegetation complex) preserved areas and has a coastal zone that has not yet been studied enough to understand the conservation measures necessary to preserve it´s biodiversity. The government and private companies pretend to bring to the region a huge new infrastructure, which will be situated in Ponta da Tulha - the Intermodal Complex of Porto Sul. A public-private partenership, worth 11 billion reais and that will bring unestimatable damages to the region in the socio-environmental aspect.

The Bamin, main supporter of the surf competition, has interests in the construction of the port as it will enable the export of iron to India, China, Rússia and Kazakstan.

If this isn’t enough, the construction of the port complex in this region will affect the coastal conditions, certainly impeding other competitions to bring brilliant surfers from over twenty countries to our exuberant Brazilian coast.

sábado, novembro 14, 2009

Henrique Berbert de Carvalho

A Lição de Futuro do Rei da Floresta do Século XXI.
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Quem disse que um índio não pode ser louro e ter olhos azuis? Aqui em Ilhéus posso imaginar que tivemos um índio assim, pois pensar em Henrique Berbert de Carvalho é pensar em alguém com a floresta no sangue, no nome e na história de vida.

Voltando a 1860, seu bisavô, o imigrante alemão Henrique Berbert, de quem herdara o nome e a bravura, guiava o príncipe da Áustria, Maximiliano da Habsburgo (foto ao lado) em sua visita a Ilhéus com uma equipe de naturalistas para conhecer e descrever nossa floresta. O jovem príncipe se encantou com Berbert, o maior conhecedor das matas da região, e o chamou de o Rei da Floresta.

Um século depois, no berço da civilização cacaueira, dois bisnetos ousam reassumir o sonho de conhecer e proteger a floresta. O mais velho, André Mauricio de Carvalho resgatou o sonho de Maximiliano, produzindo um inestimável patrimônio científico sobre nossas florestas para o mundo. E é nessa trilha que vem Henrique, como um homem do futuro, um realizador de sonhos.

Agrônomo e Mestre em Meio Anbiente, Henrique aproveitou a crise do cacau para transformar a roça de sua família em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, e assim definir sua missão: defender a conservação das florestas.

Na RPPN do Teimoso, Henrique e sua esposa, a Agrônoma e também Mestre em Meio Ambiente, Lucélia Berbert, junto com seus dois filhos Joel e Aldo, compartilharam esse sonho, transformando a fazenda em um acolhedor centro de visitação e pesquisa. O trabalho persistente gerou estudos, conhecimentos e intercâmbio científico sobre a fauna e a flora da mata atlântica, inclusive gerando descoberta de novas espécies, e, sobretudo, promovendo a consciência ambiental.

Henrique Berbert de Carvalho entra para a história como exemplo de homem do futuro, ícone da proteção da mata atlântica, e deixa um legado de extrema importância. Sua principal mensagem foi sobre a importância da proteção florestal em propriedades privadas, uma lição que ele pôs em prática.
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A iniciativa da Serra do Teimoso tornou-se referência e exemplo, e a colaboração de Henrique foi fundamental para a criação de outras reservas, particulares e públicas, na Bahia e em outros estados. Tornou-se liderança na área de conservação florestal, atuando como Presidente da Associação de RPPN`s da Bahia e Sergipe -PRESERVA, e Vice-Presidente da Confederação Nacional de RPPN´s - CRNPPN. Nos últimos meses, dedicava-se à coordenação de um projeto de adequação ambiental de assentamentos rurais do Corredor Central da Mata Atlântica pelo Instituto Floresta Viva-BA.
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Henrique Berbert não parou de sonhar e acreditar em seu sonho um só instante, junto com sua familia. A caminhada continua com os novos defensores de florestas que ajudou a formar, especialmente, seu filho Joel Berbert, que segue firme nessa estrada do Século XXI.
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Depositamos a saudade junto com os sonhos na perenidade do Jequitibá do Teimoso, que tem mais séculos que o Brasil, e que Henrique Berbert nos levou até a copa, através de uma plataforma mirante, para ensianr a todos a importãncia e valor das florestas. As teimosas sementes do jequitibá continuarão a ser como as suas, boas para a floresta e para as pessoas.

Conheça um pouco mais o trabalho de Henrique Berbert de Carvalho através da reportagem de Maura Campanili - Revista Pesquisa FAPESP - São Paulo / SP, fevereiro de 2007. Reportagem congratulada com Menção Honrosa do Prêmio de Reportagem sobre a biodiversidade da mata atlântica da Conservation Internacional.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Panamericano de Surf em Ilhéus

Como temos afirmado, o Surf de Ilhéus faz faz parte da história do esporte no Brasil e no mundo, e essa história precisa ser resgatada, documentada, e o esporte ser definitivamente consagrado pela sociedade regional como um elemento importante de nossa identidade.

O Surf, e todos os esportes relacionados com a natureza e as paisagens naturais protegidas são vocacionais do Sul da Bahia. Também fazem parte dessa lista um grande e diverso universo de esportes de natureza como o arborismo, caminhadas ecológicas, rapel, vo livre, vela, ciclismo, triatlon, etc.

O Surf se identifica perfeitamente com o marketing cultural e turístico do Sul da Bahia, e vice-versa. Ilhéus e Itacaré se tornaram referência sem fronteiras, e podemos dizer que essa relação antiga de Olivença com o Surf foi mesmo pioneira em atrair visitantes para Ilhéus. Hoje consagramos essa história e parabenizamos todos os patrocinadores e organizadores envolvidos com o Panamericano de Surf, cujo release de Maurício Maron, reproduzimos abaixo.

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300 surfistas de 20 países das Américas já confirmaram presença.

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Ilhéus, município localizado no sul da Bahia, será cenário do Pan American Surfing Games, que reunirá, de 7 a 14 de novembro, na Praia de Batuba, em Olivença, competidores de 20 países do continente. Serão mais de 300 surfistas classificados em seus países de origem através de competições qualificatórias que disputarão, em Ilhéus, o título de “melhor da América” em várias categorias. Com 100 quilômetros de praias na costa brasileira, Ilhéus é uma das cidades baianas com maior número de adeptos da modalidade e o evento – que pela primeira vez acontece no Brasil - abrirá oficialmente a programação de verão do município. Ilhéus promete uma semana de muita festa.

Além de atletas de alta performance o evento deve atrair um público recorde à praia de Batuba, que receberá toda uma infra-estrutura para garantir tranquilidade aos competidores e conforto ao público. Pelo dia, as disputas nas ondas. À noite, toda uma programação festiva no entorno da praia de Batuba. Competições e show integrarão delegações, nativos e convidados nesta grande festa do esporte. O Pan American Surfing Games será transmitido ao vivo pela internet e terá cobertura de sites, revistas e programas de televisão especializados, a exemplo da ESPN e Sportv. O projeto – coordenado pelas empresas Dendê e Axé Mix Produções, conta com o apoio da Petrobrás, do Governo da Bahia, Bahiatursa, Bahia Mineração, Azul Linhas Aéreas e Prefeitura de Ilhéus.

Os detalhes do audacioso projeto esportivo serão apresentados à imprensa, empresários e autoridades do sul da Bahia, na próxima quinta-feira (22), às 8 horas, durante café da manhã, seguido de entrevista coletiva, que acontecerá no Opaba Hotel, zona sul de Ilhéus. Organizadores e patrocinadores explicarão como foi o processo de escolha da praia de Batuba e quais os maiores benefícios que uma competição internacional deste porte poderá trazer para o sul da Bahia, que irá receber atletas e visitantes de países como Chile, Peru, México, Uruguai, Argentina, Venezuela, Equador, República Dominicana, Jamaica, Costa Rica, Porto Rico, Estádios Unidos e Canadá.
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Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
Jornalista Responsável: Maurício Maron – DRT Rg. 2461

quarta-feira, novembro 04, 2009

Os Números da Decadência

por Gerson Marques

Há pelo menos vinte anos nossa cidade tem convivido de forma íntima com a palavra crise. Não só a palavra, mas suas consequências e efeitos estão a permear a vida da cidade por todos os lados, seja nas péssimas condições da infra-estrutura publica, seja na baixíssima qualidade dos serviços e políticas ofertados aos cidadãos.

Mesmo passado mais de vinte anos da aparição da Vassoura-de-Bruxa, praga que arrasou a economia do sul da Bahia, cidades como Ilhéus e Itabuna não conseguiram ainda encontrar um rumo, nem mesmo esboçar uma reação organizada e planejada que permitisse vislumbrar uma saída.

Uma das faces mais cruéis da crise regional pode ser vista no enorme número de desempregados que perambulam pelas ruas e periferia das cidades. Em Ilhéus este drama é ainda mais cruel. Ao analisar os números do Ministério do Trabalho disponibilizados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), salta aos olhos o tamanho do buraco que a cidade está. Para se ter uma idéia, nos últimos quase dez anos, de janeiro de dois mil a agosto de dois mil e nove, a cidade ampliou em apenas dois mil seiscentos e oitenta e oito a oferta de novos empregos, numa variação relativa de 15,59%, sobre a década anterior ao passo que o estado da Bahia no mesmo período ampliou em 49,26%.
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Quando comparamos o crescimento do emprego em Ilhéus com o de outras cidades do interior da Bahia, os números são ainda mais cruéis, veja abaixo.

Geração de emprego nas principais cidades do interior da Bahia no período de janeiro de 2000 a setembro de 2009 /Fonte: Caged/MTE

Feira de Santana: 28.760 empregos gerados, 70,07 de variação relativa e 75.726 empregados formais.

Camaçari: 22.278 empregos gerados, 90,63 de variação relativa e 59.037 empregados formais.

Vitoria da Conquista 11.532 empregos gerados, 51,17 de variação relativa e 44.110 empregados formais

Juazeiro 10.323 empregos gerados, 55,30 de variação relativa e 22.215 empregados formais.

Itabuna 6.145 empregos gerados, 26,97 de variação relativa e 36.637 empregados formais.
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Eunapolis 3.964 empregos gerados, 61,97 de variação relativa e 14.341 empregados formais.

Ilhéus 2.900 empregos gerados, 16,81 de variação relativa e 20.969 empregados formais.

Bahia 402.727 empregos gerados, 49,26 % de variação relativa e 1.342.235 empregados formais.

Estes números revelam um quadro de forte decadência em Ilhéus. A cidade tornou-se a quarta maior do estado no final da década de noventa com uma população acima de duzentos e vinte mil pessoas, atrás apenas de Salvador, Feira de Santana e Vitoria da Conquista. Ainda mantém esta posição, apesar de perder nos últimos anos milhares de habitantes. Os números acima ajudam a entender porque Ilhéus é uma das poucas cidades do Brasil que têm crescimento negativo de sua população, estimada hoje em menos de duzentos e vinte mil moradores.

O baixíssimo crescimento da oferta de empregos em Ilhéus em contraste com a condição de quarta maior cidade do estado, tem provocado conseqüências visíveis no aumento vertiginoso da violência que atinge principalmente os jovens, homens negros de baixa formação escolar, moradores dos morros e periferia da cidade, o principal contingente dos desempregados calculado em vinte e cinco mil pessoas.

Se considerarmos que os últimos dez anos são um dos melhores períodos na geração de emprego formais no Brasil com mais de onze milhões de novas vagas formais, a situação de Ilhéus fica ainda mais complicada.

Em 2009, houve em todo o país uma diminuição no ritmo de crescimento de empregos formais no primeiro trimestre do ano, em virtude dos reflexos da crise econômica mundial. Esta situação, porém, já foi plenamente superada no segundo trimestre do ano, com a geração de quase um milhão de novas vagas até agosto e previsão para mais de um milhão e duzentos mil até dezembro. Um ano excelente apesar da crise. Mesmo assim, em Ilhéus, o crescimento é negativo. Ou seja: contando de janeiro até setembro a cidade perdeu cento e vinte e seis empregos formais.

Geração de empregos formais em Ilhéus jan. a set. de 2009:
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Admissões: 4.731
Demissões: 4.875
Variação absoluta: -126
Variação relativa: -0,6%

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Fonte: caged/MTE

O mais incrível é que apesar destes números, não existe uma só estratégia publica para reversão deste quadro. A questão do desemprego em Ilhéus não faz parte dos discursos oficiais que aparentemente ignora esta situação.

É neste cenário que iniciativas como a do governo do estado e do governo federal de implantar em Ilhéus o complexo intermodal de transporte, chamado de Porto Sul aparece como uma esperança concreta para a cidade reverter os números de decadência que empurram os sonhos de uma Ilhéus desenvolvida para o buraco.

quarta-feira, outubro 28, 2009

O Mobilizador

por Paulo Paiva
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Eu gostaria de render homenagens ao Mobilizador, uma figura meio abstrata, que não representa a si próprio, mas que é feito de carne e osso, e tem a difícil tarefa de comunicar aos outros, um processo de interesse comum, indispensável à coletividade.

O Mobilizador deve ser o próprio Estado, a Empresa, as Organizações Sociais e a Família. Mas do que são feitas essas instituições, senão de pessoas reais no território dos pensamentos e sentimentos? Assim nasce o Mobilizador com o distintivo do fazer, do praticar o interesse na coletividade, dando a mão à colaboração, trabalhando em redes tecidas em pontos construtivos - resultados concretos das ações no tempo escasso da defesa dos direitos humanos.
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Seja esse fronte, esse movimento, oficializado ou não, eleito por vínculo empregatício ou voluntário, profissional ou leigo, remunerado ou não, o Mobilizador está a seguir, aprendendo com cada um e com o todo, para ser um interlocutor de processos necessários de construção da história do futuro.
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O Mobilizador é facilitador, orientado ou orientador, e sabe que não faz nada sozinho, mas não teme não ser ouvido em alguns trechos da caminhada dos diálogos não interrompidos.
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O Mobilizador, uma evolução do Agente Multiplicador, implica em um indíviduo ponte, alguém comum, próximo de todos nós, ainda que distante fisicamente. Sua principal ferramenta de trabalho é a educação e a informação, e as práticas que moldam o diálogo crescente, e a potencialização de nossa capacidade de resolver os nossos problemas de desenvolvimento.
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Assim espera-se construir uma política do povo - uma política nossa, capaz de não permitir que ninguém seja excluído, capaz mesmo de enxergar o campo da desproteção social, onde a ausência possa revelar e reforçar a necessidade de visibilidade.
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Esse é o mensageiro de uma nova sociedade sutentável e justa, sensibilizador sensibilizado, plantador de árvores e apagador de fogo. Assim, o Mobilizador está aí na base do processo social ativo e em movimento, no campo e na cidade, resgatando e reaprendendo o sentido de nacionalidade brasileira.

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O TERRITÓRIO REAL
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Agente consagra as vitórias, e sentimos na pele todos os dias, o suporte que temos e o que nos falta; caminhamos procurando uma sustentabilidade dos programas, e uma diração firme para o desenvolvimento. Nós, os moradores de um território compreendemos muito bem o que precisamos, em cada espaço, as necessidades do território real estão em nós mesmos, pequeno agricultor, cacaicultor, comerciante, índio, quilombola, marisqueira, os moradores em seus bairros, enfim, nesse espaço habitado que formamos.
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Essa ideia inspira a atuação regional, territorial, e a busca de sociedade sustentável, protagonistas do desenvolvimento desejado, vivenciado, compartilhado e pactuado coletivamente. Cada região precisa se reconhecer para poder dialogar com a nação e o mundo, para que não se permita ser manipulada por ineteresses alheios. Os problemas nossos, nos resolvemos, inspirados em construir o futuro agora, levando adiante as convicções acumuladas na prática solidária e democrática.
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Isto só é possível se os diferentes agentes se encontram, se existe um ponto de encontro, onde as demandas e as necessidades convergem para o enderêço dos objetivos comuns da sociedade regional. Os mobilizadores precisam se encontrar em todos os níveis, e todo diálogo se reconstruir para que as ações regionais tenham o sentido de territorialidade física e humana, politicamente reconhecidas.
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Precisamos vencer as dificuldades de comunicação, o Estado tem de articular o Estado, assim como deve fazer a Empresa, a Sociedade organizada e os Movimentos Sociais. Ainda não estabelecemos uma comunicação ideal, e sabemos como isso é difícil.
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Nesse caminho da democracia social, as cadeiras estão aí para serem ocupadas, seja no Grupo de Trabalho, Colegiado e Câmaras Técnicas do Território Litoral Sul, na construção da Lei e do Programa de Educação Ambiental do Estado, no Comitê de Bacias Hidrográficas, no movimento Quilombola, Indígena, Reforma Agrária, Mulheres, no Planejamento Plurianual dos Municípios, na Gestão de Unidades de Conservação, no acompanhamento de projetos de governo como o Complexo Porto Sul, ora debatido no Sul da Bahia, e tantos outros espaços. Com certeza, todas as pessoas têm um espaço para ocupar.
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A LEI DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA BAHIA
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A discursão de uma lei e um programa de educação ambiental é uma dessas atividades contínuas, suprapartidárias, que requer Mobilização e Territorialidade. A construção da lei estadual em uma formatação de parceria com a sociedade civil, e consulta pública em todos os territórios é um marco importante para a evolução das políticas públicas da Bahia.
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Na construção da Minuta de Lei, que diz respeito a todas as políticas de governo e a todos os setores da sociedade, enxergamos uma Bahia grande, diversa, com vários sotaques, e um único desejo: ver um texto sobre a vida, atendida em toda sua complexidade territorial, sem esquecer de ninguém, ser promulgada e tornar-se uma referência.
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Na construção da Lei e de um Programa Estadual de Educação Ambiental, o feed-back entre educação, cultura, meio ambiente, agricultura, industria e comércio, e demais setores da sociedade é essencial. Em caso contrário, mais uma vez, corremos o risco de inutilizar o conceito de regionalidade, expresso no conceito de territórios.
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TELECONFERÊNCIA

Mas será que informar, resolve os problemas do Mobilizador?
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Hoje, aconteceu uma Teleconferência Estadual sobre o Projeto de Lei da Minuta de Lei de Educação Ambiental, transmitida On Line para toda a Bahia, reunindo os 26 territorios da Bahia na construção da Lei da Minuta de Lei, agora em fase conclusiva, após mais de três anos de trabalhos da CIEA (Saiba mais - Minuta da Lei).

Mas, como aconteceu em alguns territórios, a Teleconferência, não foi bem aproveitada na DIREC 6 - Ilhéus e DIREC 7 - Itabuna, a Mobilização não funcionou, e isto foi uma lição importante para mim. Aprendi com a coragem da educadora Efigênia Oliveira, sozinha na DIREC 7 - Itabuna, se expressando para a plenária, e entendi que o Mobilizador deve ser destemido de caminhar sozinho em algum momento. Mesmo estando só, ali estava o elo, a esperança, a chama acesa. Efigênia é exemplo de educadora atenta, parceira de toda hora, uma dessas pessoas que responde aos emails e colabora sempre.
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Não posso deixar de anotar, que a vídeo conferência é um extraordinário uso de uma tecnologia de interação coletiva, de mobilizadores e articuladores dos conhecimentos e saberes. Muitos de nós já teclamos no Mensager com vídeos e convidados, mas as Salas de Teleconferência tem um potencial fantástico, para todo público, e devem ser multiplicadas em centenas, e servir amplarmente no intercâmbio, formação e empreendorismo colaborativo entre pessoas, comunidades, setores sociais, sem fronteiras.

Desta vez, a mobilização presencial não funcionou, e isto explica que mobilizar fisicamente vai além de informar. Percebemos, durante o evento, que vários territórios tiveram o mesmo problema, não todos, e que as dificuldades de comunicação foi um dos temas mais abordados, porque a lei de educação ambiental abraça a todos. Mas a teleconferência não perdeu seu brilho, e nem o seu valor histórico, e não poderia ser diferente, quando estamos falando de educação ambiental, o tema que permeia todas as grandes questões da atualidade.
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Queremos aproveitar esse momento para destacar a participação importante da imprensa, apoiando a divulgação de informações, a exemplo do Jornal Diário de Ilhéus, Site Ilhéus Amado e R2C#PRESS. Todos sabemos a importância da participação de jornalistas como aliados estratégicos para que a história não passe despercebida, e a sociedade garanta o direito a informação.

A elaboração, aprovação e consolidação de um Programa de Educação Ambiental do Estado dizem respeito a todos nós. Hoje o Sul da Bahia não foi um elo forte na corrente telepresencial, mas tem sido durante todo o processo. Isto deve servir de autocrítica, refletindo que a estratégia de mobilização precisa ser mais cativante, que a simples divulgação-democratização das informações em redes de comunicação.

Todas as informações sobre a CIEA continuarão disponíveis. O sul da Bahia tem uma importante participação na formulação dessa lei, contando com membros permanentes na comissão, tendo realizado uma das consultas públicas mais concorridas de todo o estado.
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O PROCESSO CONTINUA, FIQUE ATENTO:

LEIA TRANSCRIÇÃO DE ALGUNS TRECHOS DA VÍDEO CONFERENCIA SOBRE O PROJETO DE MINUTA DE LEI DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO DA BAHIA.

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Lilite Cintra do ONG Gambá Bahia, uma das coordenadoras da CIEA

“lembrando que comunicação é dialogo, dialogo é escuta, e escuta é paciência para agente ouvir, e chegar em um ponto comum entre todas as pessoas.”

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Ângelo José Leite de Oliva, Diretor de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente

“eu tenho certeza que se não temos todas as respostas ainda, teremos, até porque essas respostas não são nossas, elas são construídas coletivamente.”

“esse é um processo de aprendizado, de interação, onde não estamos apenas dividindo tão somente espaço, mas estamos aprendendo um com os outros. Lamentavelmente, por vezes, agente observa, constata, que somos poucos, mas tenho uma ligeira desconfiança que estamos chegando mais rápidos. “

“isso eu repito, eu agradeço a esse processo que nos estamos estabelecendo e a sabedoria que esse fazer coletivo trás para cada um de nós. Eu tenho a convicção que dando passos sucessivos, ainda que em dozes homeopáticas, porem contínuas, agente chegue a fazer com que a educação ambiental mereça e receba o tratamento de há muito faz por merecer.”
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Berê Brasil, jornalista, ambientalista e funcionária da SEMA em Barreiras - mobilizadora do Território Oeste Baiano.

“o que eu queria deixar claro para todo mundo é que nos somos poucos mesmo, as pessoas que assumem essa responsabilidade, que vestem a camisa da educação ambiental. Mas agente pode distribuir isso para as pessoas, no tempo e da forma como for possível. Nós continuamos com problemas de comunicação, de participação, de interesse das pessoas, e principalmente, de compreensão do que significa isso, mas não estamos no caminho errado. Estamos caminhando certo, nos estamos andando de um modo coletivo, participativo, colaborativo e multisdisplinar."

segunda-feira, outubro 26, 2009

Teleconferência Estadual sobre a Lei de Educação Ambiental

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O Colégio Luiz Eduardo Magalhães sediará nesta quarta, dia 28, das 9 às 13h, uma teleconferência sobre a Minuta de Lei Estadual de Educação Ambiental. O evento tem a coordenação local da DIREC 6, e vai acontecer simultaneamente em 32 salas de vídeo conferência da Bahia.
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Saiba mais sobre a CIEA, clicando na logomarca abaixo.

Esta é a última etapa de esclarecimentos públicos sobre a Minuta de Lei da Educação Ambiental do Estado da Bahia, antes de ser enviada à Assembléia Legislativa. O texto foi elaborado por uma comissão interinstitucional com a participação da sociedade civil, contando com as contribuições de consultas públicas realizadas nos territórios de identidade da Bahia. A consulta pública do território Litoral Sul da Bahia, aconteceu nos dias 15 e 16 de abril de 2009, no auditório da UNIME, em Itabuna.

O Sul da Bahia teve um dos seminários de consulta pública mais concorridos do estado. O Núcleo Mobilizador (foto à esquerda) contou com a participação ativa de representantes da UESC, ONG´s ambientalistas e movimentos sociais. Entre os membros permanentes da comissão responsável pela elaboração da lei, duas técnicas que atuam no sul da Bahia, a agrônoma Lucélia Berbet, representando as RPPN´s e bióloga Ana Cláudia Fandi, do IESB. Na foto à direita, Soraia Middly, assessora da Diretoria de E.A. da SEMA, e Lucélia Berbet (à direita). Clique nas fotos para saber mais sobre o processo.
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Na Teleconferência, integrantes da comissão, representantes e mobilizadores do sul da Bahia, alem de outros interessados, poderão interagir com os representantes da Diretoria de Educação Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, os facilitadores do processo de elaboração da minuta, e representantes de outras regiões da Bahia.
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Nos meses de outubro e novembro, representantes dos 26 territorios de identidade da Bahia se reuniram em Salvador com membros da CIEA para a revisão da minuta de lei de Educação Ambiental. O litoral sul da Bahia foi representado pelo editor desse blog, o jornalista Paulo Paiva, um dos mobilizadores do território.



A participação é livre, mas o número de inscrições está limitado à lotação máxima do auditório, que é de 30 pessoas. Mais informações podem ser obtidas com Sara Miriam Pereira Alves - CODEB / DIREC 06, localizada na Avenida Canavieiras, email: direc06@sec.ba.gov.br , telefones (73) 32316964 e FAX 3231-6172, ou ainda, através do mobilizador do território, Paulo Paiva, através do email psergiopaiva@hotmail.com, fone 9132-3339.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Sul da Bahia é Surf !

O Surf adotou Ilhéus muito cedo, veio para ficar, e aqui construiu uma história de amor e pesistência. Logo, surfistas daqui e de toda parte adotaram esse mar azul, e construíram uma tradição. Ilhéus, especialmente, em Olivença, tornou-se um ponto de encontro e referência do Surf há mais de duas décadas, e mais recentemente, Itacaré também tornou-se uma vitrine desse esporte, que é pura interação com o meio ambiente.
O surf de Ilhéus já gerou histórias maravilhosas como a do campeão Popó de Olivença, e outras tantas que devemos registrar. Hoje, nós fazemos parte da história do surf, mas muito pouco é divulgado e valorizado.
Apoiar o surf em Ilhéus é uma estratégia mais importante para o nosso desenvlvimento do que possa parecer. Já é um elemento típico da cultura sul baiana, e deve ser compreendido não apenas como um aliado do turismo e negocios, mas como referencia de qualidade de vida, educação, inclusão social e intercâmio cultural.
Temos visto, diversas iniciativas de surfistas, produtores e empresários, que estão ajudando a manter essa tradição viva, patrocinando competições, incentivando e revelando jovens talentos, e, sobretudo, divulgando o Surf.
Nos próximos dias, mais uma iniciativa vai dar proseguimento a essa história. Leia abaixo, as informações sobre o Scoot Surf, através do release de Aderino Matos França, um dos elos de nossa rede de comunicação, e que dedica especial atenção ao esporte.
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SCOOT SURF EM ILHÉUS
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A tradicional marca de pranchas de surf Scoot irá comemorar seus 20 anos de fundação em grande estilo. Nos dias 17 e 28 de outubro surfistas de todo o Brasil irão disputar uma competição aberta e uma só para convidados nas ondas da praia do Sul, na Cabana Céu e Mar, no Km 3 da rodovia Ilhéus- Olivença.
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Com premiação recorde em Ilhéus, serão distribuídos mais de R$ 20 mil entre pranchas, uma moto 125 zero Km, troféus, kits de roupas e acessórios. Os primeiros quatro classificados das duas categorias terão muito o que comemorar.
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Kallay e Xaparral apostam no Surf em Ilhéus

Uma mega estrutura será montada para o evento, com trio elétrico, sistema computadorizado de julgamento usado no circuito mundial, distribuição de brindes, sala vip para atletas, buffet e reservado especial para patrocinadores e imprensa, apresentações de bumerangue e capoeira, apresentação de bandas (Luiz Bob e os Gonzaga no sábado e Quizila no domingo) nos dois dias e a escolha da gata mais surf style da praia. A competição terá o cunho de reunir as lendas do esporte, os pioneiros e as gerações subsequentes em uma festa de confraternização e amor ao esporte. O evento terá a cobertura dos sites especializados http://www.ripstar.com.br/ , http://www.surfbahia.com.br/, http://www.waves.com.br/ e de toda a imprensa televisiva, escrita e radiofônica da região e sites de notícias.
As inscrições estão abertas na loja Scoot no Centro de Ilhéus ou pelo telefone 73 3634 3287. Os competidores que queiram ficar hospedados próximo ao evento a sugestão é a pousada Veneza que terá o preço da diária de R$ 28,00 com café da manhã e R$ 20,00 sem o café, reservas pelo telefone 73 632 2722 ou http://www.pousadaveneza.com.br/ e e-mail: (contato@pousadaveneza.com.br).

Tudo começou em 1984 quando os irmãos Kalay e Xaparral montaram uma oficina para conserto de pranchas, aí um fabricante de pranchas do Paraná, Edson Willy, das pranchas Crespo, convidou Kalay para trabalhar lá com ele. Em 1989 após anos no oficio Kalay retorna a Ilhéus e com Xaparral (que fez o curso de belas artes em Salvador) abrem a Scoot (disparada) Surf Wear, que atualmente vende pranchas para todo o país e até mesmo para outros países.
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Com o sucesso das pranchas lançaram marca própria de roupas e acessórios e abriram lojas do segmento.

sábado, outubro 03, 2009

Entidades criam uma Rede de Comunicação para o Sul da Bahia

A Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável é uma nova entidade formada por uma coalisão de mais de quarenta entidades, que têm em comum a defesa do desenvolvimento sustentável do Sul da Bahia, valorizando a dimensão ambiental e focado vocações regionais para arranjos produtivos que possam gerar o desenvolvimento humano.

Essa rede integra entidades de diversos níveis de atuação, desde associações de pescadores e pequenos agricultores e polos sindicais a organizações nacionais e internacionais com atuação na área científica e educacional, social, tecnológica e ambiental. Nos últimos meses, a rede foi integrada oficialmente pelo Greenpeace, Conservation Internacional e SOS Mata Atlântica.
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A rede propõe a troca de experiencias e propostas de sustentabilidade solidária no Sul da Bahia, uma marca territorial referenciada por imensas riquezas naturais, que constrastam com um baixo índice de desenvolvimento humano, mas que o movimento quer valorizar como uma vantagem econômica e marca diferencial de desenvolvimento, conservação ambiental e qualidade de vida, através de atividades como o turismo, a agroecologia, a pesca, o fomento a cultura, ciência e tecnologia, entre outras ações.
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No lançamento oficial da Rede, a região será visitada pelo jornalista Vilmar Berna, Superintendente da Rede Brasileira de Informação Ambiental - REBIO, e editor do Portal do Meio Ambiente.
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Autoridade em comunicação ambiental, o vencedor do Prêmio Global 500 da ONU para o Meio Ambiente e Prêmio Verde das Américas, jornalista Vilmar Berna estará em Ilhéus para apoiar a Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável.
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