Cuidar da biodiversidade, do planeta, faz parte dos cuidados com a gente mesmo. Por isso saudamos e desejamos a todos os governantes, movimentos sociais organizados, voluntariados sociais, militantes da paz, fazedores de justiça, empreendedores do saber, e a todas as pessoas de fé, um 2010 de saúde integral.
segunda-feira, dezembro 28, 2009
2010 - Feliz Ano da Biodiversidade
Cuidar da biodiversidade, do planeta, faz parte dos cuidados com a gente mesmo. Por isso saudamos e desejamos a todos os governantes, movimentos sociais organizados, voluntariados sociais, militantes da paz, fazedores de justiça, empreendedores do saber, e a todas as pessoas de fé, um 2010 de saúde integral.
Porto Sul é apresentado ao Conselho Gestor da APA Lagoa Encantada e Rio Almada
Seria uma oportunidade de detalhar o projeto aos especialistas, sobretudo, sobre as tecnologias que poderiam ser utilizadas para minimizar os impactos ambientais em uma das áreas protegidas mais importantes do Brasil. Mas isto não aconteceu, e as incertezas, que já eram grandes, se ampliaram com a falta de informações objetivas. Assim, o Porto Sul continua a ser apresentado em vídeos de computação gráfica como um projeto fantasmagórico para o meio ambiente, e sem condição de licenciamento.
PROMESSAS DE DESENVOLVIMENTO
De concreto, só um porto privado, já que o complexo, que envolve o Porto Público, ainda dependeria de estudos de viabilidade técnica e econômica. Assim, o Complexo Porto Sul, ainda é uma especulação que dependeria de cenários favoráveis. Nesse caso, corremos o risco de desapropriar uma área de grande utilidade pública, em beneficio de uma empresa privada.
O Porto Público é projeto, mas não existe, nem estudos, nem orçamento. Da mesma forma, outras estruturas previstas no Complexo, como o aeroporto, a duplicação da estrada Ilhéus-Itabuna, o semi-anél rodoviário das duas cidades, que agora aparecem como cabides do Porto Sul, são incertezas. Para o aeroporto internacional nem um passo foi dado.
Uma segunda contradição importante diz respeito ao que se quer realmente fazer em uma área com tanto valor estratégico; quanto será desmatado?, que tecnologia vai garantir segurança ambiental?, o que acontecerá com o litoral que avança, e já derrubou dezenas de casas?.
O que se pode concluir é que o governo, que tem atuado bem em algumas áreas, demonstra mais uma vez desconhecimento técnico das questões ambientais, pretendendo sim, por ignorância, transformar em cinzas, uma das maiores conquistas da mata atlântica nos últimos vinte anos.
VOCAÇÕES ESQUECIDAS
É sempre bom lembrar que o projeto do Complexo Porto Sul, por mais pertinente que possa vir a ser para o desenvolvimento do Brasil é um projeto na contra mão do desenvolvimento sustentável, e que caiu de para-queda na gema do ovo das áreas protegidas do litoral norte de Ilhéus, apenas por ser a linha mais reta, a opção de engenharia de menor custo financeiro. Menor custo sim, se subtrairmos deste montante, o que se deveria investir por responsabilidade socioambiental, em tecnologias capazes de minimizar o alto custo ambiental envolvido.
Trata-se de um projeto que não atende as necessidades do sul da Bahia, entre tantos motivos, devido a sua pretensa localização em área de proteção e de importância para as comunidades tradicionais, e por não atender as necessidades sociais e economicas regionais.
Pelo contrário, o Porto Sul é indicativo de reforço da exclusão social de comunidades de baixa renda, de decadência de nossa área rural, tão esquecida pelas políticas públicas. E de forma marcante, sinaliza para a degradação ambiental, que piora a qualidade de vida, penaliza os mais pobres, gera custos e expulsa investimentos sustentáveis de longo prazo.
CONTRADIÇÕES AMBIENTAIS - PROJETO PORTO SUL
- Não é um projeto regional, e não atende as nossas principais reivindicações na área de infra-estrutura urbana, valorização rural e desenvolvimento social e humano.
- O porto da Bahia Mineradora deverá operar com, no máximo 300 operários. A necessidade qualificação desses empregos aponta diretamente a necessidade de importanção de pelo menos 70% dos funcionários.
- Para cada emprego gerado por industrias poluidoras e de alto impacto ambiental no sul da Bahia, pelo menos 10 empregos serão perdidos em negócios sustentáveis. A inclusão social em uma área com os piores índices de desenvolvimento humano do Brasil, e com forte relações com a ruralidade, não será resolvido com a industrialização mercantilista.
- Sinaliza na contramão da industria do turismo, considerada uma vocação do sul da Bahia, e considerada como a mais lucrativa do século XXI. Também retrai os investimentos no setor, prejudicando toda uma cadeia produtiva atraída para a região por um conjunto de políticas públicas federais, estaduais e municipais de incentivo a conservação, e que institucionalizaram essas áreas como de proteção ambiental, e de especial interesse para o desenvolvimento do turismo sustentável.
- Está localizado dentro de uma Área de Proteção Ambiental, na área de influencia da maior lagoa de água doce do estado. Em toda a área é marcante a presença e circulação da água. Existem uma série de estudos que sinalizam para uma forte agressão aos ecossistemas de pântanos e florestas alagadas, com alto risco de contaminação hídrica.
- Atinge comunidades de pequenos agricultores, assentados, ribeirinhos, pescadores e quilombolas, que vêem no projeto, uma ameaça ao reconhecimento de seus direitos e ao real atendimento de suas necessidades económicas e sociais.
- O projeto prevê desmatamento de alto impacto no trecho mais preservado do Corredor Central da Mata Atlântica, onde esforços estão sendo realizados para reflorestar e interligar alguns remanescentes isolados. Este seria o maior crime contra a mata atlântica em mais de três décadas.
- Referência de conservação, e Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a área a ser desmatada é referencia internacional para a proteção ambiental, sendo considerada um patrimônio da humanidade pela UNESCO.
- Nos remanescentes florestais dessa região foi identificado o Recorde Mundial de diversidade de árvores.
- A área é refúgio de espécies raras, pouco conhecidas, ou ainda não classificadas. É também o refúgio derradeiro de espécies ameaçadas de extinção, entre elas três primatas.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Ilhéus sedia encontro da Rede Sul da Bahia
foto: Rede Sul da Bahia
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quinta-feira, dezembro 17, 2009
Duplicação da BA 415: ================= O Desenvolvimento Encalhado
Ao final de cada ano, quando percebemos o andar da carruagem, dos dias e dos mandatos, fazemos uma reflexão sobre as nossas conquistas e derrotas.
Desde que o dinheiro do cacau ficou pouco, nossas conquistas tornaram-se lentas. Nossa derrota, o tempo em que as coisas acontecem ou não acontecem. Vivemos de promessas, décadas de promessas; tempo de atraso que nos coloca no fim da fila do desenvolvimento e no topo do baixo índice de desenvolvimento humano.
Não temos como deixar de manifestar nossa tristeza ao vermos as cidades do sul da Bahia, sem o básico: falta de água, saneamento, ruas e estradas. Feira de Santana, Vitoria da Conquista, Santo Antonio de Jesus, as cidades da Bahia cresceram muito, e chegaram ao século XXI, diferente de nós, que seguimos sangrando os feitos do passado, em uma terra palco das riquezas naturais e da injustiça social.
Algum investimento chegou por aqui, como ações de infra-estrutura em alguns bairros carentes, como o Teotônio Vilela, em Ilhéus. Mas são investimentos tímidos, quando se trata de resgatar uma região do abandono. Nossas grandes reivindicações, pauta permanente desse blog, não são atendidas ano após ano. E nos alimentamos de promessas políticas, de chocolate, de aeroporto, de zona de exportação, de região metropolitana, enquanto uma "velha geração", que tanto sonhou com essa terra, deixa a vida, sem que nada aconteça aos seus olhos.
A duplicação da BA 415 e construção do semi anel rodoviário de Ilhéus e Itabuna é uma dos capítulos emblemáticos dessa eterna espera por apoio do estado e da união. Uma obra essencial para o desenvolvimento e a formatação de uma futura região metropolitana, que só agora, no final de mais um período administrativo se promete realizar. Será que podemos esperar?
Agora, nossa sonhada duplicação aparece associada as apresentações do Projeto Porto Sul. Sem nuances políticos, não gostamos disto. Queremos e sabemos o que precisamos. Dói ver mulheres e crianças dentro dos esgotos de Coaraci e Itajuípe, Ilhéus e Itabuna sem ruas, nossos jovens pobres sendo consumidos pela morte injusta, tanta pobreza, tanto pra salvar. Eis uma terra imobilizada pelo tempo lento em que as ações do governo se efetivam.
Precisamos superar esse problema de comunicação com o governo, que nos impede de mostrar as nossas riquezas e as nossas carências, e nos exclui da cidadania, e do processo de desenvolvimento. Queremos escolher o nosso destino e cuidar do que é nosso, traçando os nossos rumos com nossa própria vivência, e protagonizando o futuro pela experiência que temos de trabalhar, e acreditar em nossos sonhos.
Estamos alertas para que o governo cumpra a promessa da duplicação da BA 415 e construção do semi anel rodoviário de Ilhéus e de Itabuna, interligando a zona rural e a BR 101, com as zonas litorãneas norte e sul da Costa do Cacau. Estamos também alertas para sejam respeitados os conhecimentos produzidos em nossa região para a elaboração desse importante projeto, aproveitando, ao máximo, estradas já abertas, evitando assim, o desmatamento e a degradação ambiental, que não podem ser prerrogativas do desenvolvimento do sul da Bahia.
domingo, novembro 15, 2009
Criado em Ilhéus corredor ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru
De acordo com o vereador Alisson Mendonça, o Corredor Ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru tem como principais objetivos ligar as áreas de conservação ambiental, possibilitando o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência de áreas ambientais sustentáveis. Além disso, o Corredor Ecológico Lagoa Encantada/Serra do Conduru visa proteger e recuperar os recursos hídricos, edáficos e genéticos com a proibição de atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental, a exemplo da extração de mineral e implantação de empreendimentos industriais.
Outro ponto importante a partir da criação do corredor ecológico, segundo explica o vereador Alisson Mendonça, é a oportunidade de incentivar a atividade de pesquisa, estudos e monitoramento ambiental, além de estimular o desenvolvimento do ecoturismo, educação ambiental e das atividades de recreação e lazer em contato harmônico com a natureza. A lei que cria o corredor ecológico prevê ainda que as atuais atividades agropastoris desenvolvidas por proprietários e posseiros no polígono do projeto não serão afetadas.
Surfers, protect your playground
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We have much to reflect on everything we consume, including the image of companies and products. This is the time of sustainability of the production, and the ethical and ideological questions needs to be visible. We know that the image of companies should be constructed on the basis of effective social responsibility, and that this is the twenty-first century marketing.
_________Surfers, protect your playground.
Foto: Castilho
Brazilians have a connection with the oceans that is shared by just a few. There are over 8600 kilometers of coastline and almost four million square meters of water that is admired by the population, who have to make outstanding efforts to find a space in the sand from which to enjoy the sun.
Unfortunately this is not what happens in reality. The management of the Brazilian marine coast is far from being one of the governments top listed duties and faces big difficulties in implementation and operation.
The social and environmental implications of these problems are already clear: the rise of sea level, increasing number of extreme climate events and the huge losses of natural resources, including the reduction of the oceans capacity to regulate the Earths climate. (oceans are responsible for sinking significant quantities of greenhouse gases).
Other concerns include the changes in ocean swell behavior, public health and the amount of garbage released into the seas.
The surf community, always connected to this blue playground along with all other ocean lovers should mobilize and take action towards defending the preservation of marine coasts against irresponsible profit interests that do not bring sustainable development for communities.
This month, Ilhéus is hosting the Panamerican surfing competition (Mahalo Pan Surf Games & Music, from the 7th to 14th of November at Batuba beach, Olivença). This big event will certainly reveal incredible talents amongst those prepared to surf the best waves. Unfortunately, in Brazil, there is insufficient financial support for such events, and the organisers usually have to accept money from polluting companies themselves. The polluters then use this opportunity to greenwash their dirty brands and to pose as if they were the good guys for the local communities.
The Ilhéus region, in the state of Bahia, is one of very few remaining Atlantic Forest (one of the most biodiverse vegetation complex) preserved areas and has a coastal zone that has not yet been studied enough to understand the conservation measures necessary to preserve it´s biodiversity. The government and private companies pretend to bring to the region a huge new infrastructure, which will be situated in Ponta da Tulha - the Intermodal Complex of Porto Sul. A public-private partenership, worth 11 billion reais and that will bring unestimatable damages to the region in the socio-environmental aspect.
The Bamin, main supporter of the surf competition, has interests in the construction of the port as it will enable the export of iron to India, China, Rússia and Kazakstan.
If this isn’t enough, the construction of the port complex in this region will affect the coastal conditions, certainly impeding other competitions to bring brilliant surfers from over twenty countries to our exuberant Brazilian coast.
sábado, novembro 14, 2009
Henrique Berbert de Carvalho
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Um século depois, no berço da civilização cacaueira, dois bisnetos ousam reassumir o sonho de conhecer e proteger a floresta. O mais velho, André Mauricio de Carvalho resgatou o sonho de Maximiliano, produzindo um inestimável patrimônio científico sobre nossas florestas para o mundo. E é nessa trilha que vem Henrique, como um homem do futuro, um realizador de sonhos.
Agrônomo e Mestre em Meio Anbiente, Henrique aproveitou a crise do cacau para transformar a roça de sua família em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, e assim definir sua missão: defender a conservação das florestas.
Na RPPN do Teimoso, Henrique e sua esposa, a Agrônoma e também Mestre em Meio Ambiente, Lucélia Berbert, junto com seus dois filhos Joel e Aldo, compartilharam esse sonho, transformando a fazenda em um acolhedor centro de visitação e pesquisa. O trabalho persistente gerou estudos, conhecimentos e intercâmbio científico sobre a fauna e a flora da mata atlântica, inclusive gerando descoberta de novas espécies, e, sobretudo, promovendo a consciência ambiental.
quinta-feira, novembro 05, 2009
Panamericano de Surf em Ilhéus
Como temos afirmado, o Surf de Ilhéus faz faz parte da história do esporte no Brasil e no mundo, e essa história precisa ser resgatada, documentada, e o esporte ser definitivamente consagrado pela sociedade regional como um elemento importante de nossa identidade.
O Surf, e todos os esportes relacionados com a natureza e as paisagens naturais protegidas são vocacionais do Sul da Bahia. Também fazem parte dessa lista um grande e diverso universo de esportes de natureza como o arborismo, caminhadas ecológicas, rapel, vo livre, vela, ciclismo, triatlon, etc.
O Surf se identifica perfeitamente com o marketing cultural e turístico do Sul da Bahia, e vice-versa. Ilhéus e Itacaré se tornaram referência sem fronteiras, e podemos dizer que essa relação antiga de Olivença com o Surf foi mesmo pioneira em atrair visitantes para Ilhéus. Hoje consagramos essa história e parabenizamos todos os patrocinadores e organizadores envolvidos com o Panamericano de Surf, cujo release de Maurício Maron, reproduzimos abaixo.
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300 surfistas de 20 países das Américas já confirmaram presença.
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Ilhéus, município localizado no sul da Bahia, será cenário do Pan American Surfing Games, que reunirá, de 7 a 14 de novembro, na Praia de Batuba, em Olivença, competidores de 20 países do continente. Serão mais de 300 surfistas classificados em seus países de origem através de competições qualificatórias que disputarão, em Ilhéus, o título de “melhor da América” em várias categorias. Com 100 quilômetros de praias na costa brasileira, Ilhéus é uma das cidades baianas com maior número de adeptos da modalidade e o evento – que pela primeira vez acontece no Brasil - abrirá oficialmente a programação de verão do município. Ilhéus promete uma semana de muita festa.
Os detalhes do audacioso projeto esportivo serão apresentados à imprensa, empresários e autoridades do sul da Bahia, na próxima quinta-feira (22), às 8 horas, durante café da manhã, seguido de entrevista coletiva, que acontecerá no Opaba Hotel, zona sul de Ilhéus. Organizadores e patrocinadores explicarão como foi o processo de escolha da praia de Batuba e quais os maiores benefícios que uma competição internacional deste porte poderá trazer para o sul da Bahia, que irá receber atletas e visitantes de países como Chile, Peru, México, Uruguai, Argentina, Venezuela, Equador, República Dominicana, Jamaica, Costa Rica, Porto Rico, Estádios Unidos e Canadá.
quarta-feira, novembro 04, 2009
Os Números da Decadência
Há pelo menos vinte anos nossa cidade tem convivido de forma íntima com a palavra crise. Não só a palavra, mas suas consequências e efeitos estão a permear a vida da cidade por todos os lados, seja nas péssimas condições da infra-estrutura publica, seja na baixíssima qualidade dos serviços e políticas ofertados aos cidadãos.
Mesmo passado mais de vinte anos da aparição da Vassoura-de-Bruxa, praga que arrasou a economia do sul da Bahia, cidades como Ilhéus e Itabuna não conseguiram ainda encontrar um rumo, nem mesmo esboçar uma reação organizada e planejada que permitisse vislumbrar uma saída.
Uma das faces mais cruéis da crise regional pode ser vista no enorme número de desempregados que perambulam pelas ruas e periferia das cidades. Em Ilhéus este drama é ainda mais cruel. Ao analisar os números do Ministério do Trabalho disponibilizados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), salta aos olhos o tamanho do buraco que a cidade está. Para se ter uma idéia, nos últimos quase dez anos, de janeiro de dois mil a agosto de dois mil e nove, a cidade ampliou em apenas dois mil seiscentos e oitenta e oito a oferta de novos empregos, numa variação relativa de 15,59%, sobre a década anterior ao passo que o estado da Bahia no mesmo período ampliou em 49,26%.
Geração de emprego nas principais cidades do interior da Bahia no período de janeiro de 2000 a setembro de 2009 /Fonte: Caged/MTE
Feira de Santana: 28.760 empregos gerados, 70,07 de variação relativa e 75.726 empregados formais.
Camaçari: 22.278 empregos gerados, 90,63 de variação relativa e 59.037 empregados formais.
Vitoria da Conquista 11.532 empregos gerados, 51,17 de variação relativa e 44.110 empregados formais
Juazeiro 10.323 empregos gerados, 55,30 de variação relativa e 22.215 empregados formais.
Itabuna 6.145 empregos gerados, 26,97 de variação relativa e 36.637 empregados formais.
Ilhéus 2.900 empregos gerados, 16,81 de variação relativa e 20.969 empregados formais.
Bahia 402.727 empregos gerados, 49,26 % de variação relativa e 1.342.235 empregados formais.
O baixíssimo crescimento da oferta de empregos em Ilhéus em contraste com a condição de quarta maior cidade do estado, tem provocado conseqüências visíveis no aumento vertiginoso da violência que atinge principalmente os jovens, homens negros de baixa formação escolar, moradores dos morros e periferia da cidade, o principal contingente dos desempregados calculado em vinte e cinco mil pessoas.
Se considerarmos que os últimos dez anos são um dos melhores períodos na geração de emprego formais no Brasil com mais de onze milhões de novas vagas formais, a situação de Ilhéus fica ainda mais complicada.
Em 2009, houve em todo o país uma diminuição no ritmo de crescimento de empregos formais no primeiro trimestre do ano, em virtude dos reflexos da crise econômica mundial. Esta situação, porém, já foi plenamente superada no segundo trimestre do ano, com a geração de quase um milhão de novas vagas até agosto e previsão para mais de um milhão e duzentos mil até dezembro. Um ano excelente apesar da crise. Mesmo assim, em Ilhéus, o crescimento é negativo. Ou seja: contando de janeiro até setembro a cidade perdeu cento e vinte e seis empregos formais.
Geração de empregos formais em Ilhéus jan. a set. de 2009:
Demissões: 4.875
Variação absoluta: -126
Variação relativa: -0,6%
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O mais incrível é que apesar destes números, não existe uma só estratégia publica para reversão deste quadro. A questão do desemprego em Ilhéus não faz parte dos discursos oficiais que aparentemente ignora esta situação.
É neste cenário que iniciativas como a do governo do estado e do governo federal de implantar em Ilhéus o complexo intermodal de transporte, chamado de Porto Sul aparece como uma esperança concreta para a cidade reverter os números de decadência que empurram os sonhos de uma Ilhéus desenvolvida para o buraco.
quarta-feira, outubro 28, 2009
O Mobilizador
O Mobilizador deve ser o próprio Estado, a Empresa, as Organizações Sociais e a Família. Mas do que são feitas essas instituições, senão de pessoas reais no território dos pensamentos e sentimentos? Assim nasce o Mobilizador com o distintivo do fazer, do praticar o interesse na coletividade, dando a mão à colaboração, trabalhando em redes tecidas em pontos construtivos - resultados concretos das ações no tempo escasso da defesa dos direitos humanos.
O Mobilizador, uma evolução do Agente Multiplicador, implica em um indíviduo ponte, alguém comum, próximo de todos nós, ainda que distante fisicamente. Sua principal ferramenta de trabalho é a educação e a informação, e as práticas que moldam o diálogo crescente, e a potencialização de nossa capacidade de resolver os nossos problemas de desenvolvimento.
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Mas será que informar, resolve os problemas do Mobilizador?
Mas, como aconteceu em alguns territórios, a Teleconferência, não foi bem aproveitada na DIREC 6 - Ilhéus e DIREC 7 - Itabuna, a Mobilização não funcionou, e isto foi uma lição importante para mim. Aprendi com a coragem da educadora Efigênia Oliveira, sozinha na DIREC 7 - Itabuna, se expressando para a plenária, e entendi que o Mobilizador deve ser destemido de caminhar sozinho em algum momento. Mesmo estando só, ali estava o elo, a esperança, a chama acesa. Efigênia é exemplo de educadora atenta, parceira de toda hora, uma dessas pessoas que responde aos emails e colabora sempre.
Desta vez, a mobilização presencial não funcionou, e isto explica que mobilizar fisicamente vai além de informar. Percebemos, durante o evento, que vários territórios tiveram o mesmo problema, não todos, e que as dificuldades de comunicação foi um dos temas mais abordados, porque a lei de educação ambiental abraça a todos. Mas a teleconferência não perdeu seu brilho, e nem o seu valor histórico, e não poderia ser diferente, quando estamos falando de educação ambiental, o tema que permeia todas as grandes questões da atualidade.
Queremos aproveitar esse momento para destacar a participação importante da imprensa, apoiando a divulgação de informações, a exemplo do Jornal Diário de Ilhéus, Site Ilhéus Amado e R2C#PRESS. Todos sabemos a importância da participação de jornalistas como aliados estratégicos para que a história não passe despercebida, e a sociedade garanta o direito a informação.
A elaboração, aprovação e consolidação de um Programa de Educação Ambiental do Estado dizem respeito a todos nós. Hoje o Sul da Bahia não foi um elo forte na corrente telepresencial, mas tem sido durante todo o processo. Isto deve servir de autocrítica, refletindo que a estratégia de mobilização precisa ser mais cativante, que a simples divulgação-democratização das informações em redes de comunicação.
Todas as informações sobre a CIEA continuarão disponíveis. O sul da Bahia tem uma importante participação na formulação dessa lei, contando com membros permanentes na comissão, tendo realizado uma das consultas públicas mais concorridas de todo o estado.
LEIA TRANSCRIÇÃO DE ALGUNS TRECHOS DA VÍDEO CONFERENCIA SOBRE O PROJETO DE MINUTA DE LEI DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO DA BAHIA.
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Lilite Cintra do ONG Gambá Bahia, uma das coordenadoras da CIEA
“lembrando que comunicação é dialogo, dialogo é escuta, e escuta é paciência para agente ouvir, e chegar em um ponto comum entre todas as pessoas.”
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Ângelo José Leite de Oliva, Diretor de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
“eu tenho certeza que se não temos todas as respostas ainda, teremos, até porque essas respostas não são nossas, elas são construídas coletivamente.”
“esse é um processo de aprendizado, de interação, onde não estamos apenas dividindo tão somente espaço, mas estamos aprendendo um com os outros. Lamentavelmente, por vezes, agente observa, constata, que somos poucos, mas tenho uma ligeira desconfiança que estamos chegando mais rápidos. “
“isso eu repito, eu agradeço a esse processo que nos estamos estabelecendo e a sabedoria que esse fazer coletivo trás para cada um de nós. Eu tenho a convicção que dando passos sucessivos, ainda que em dozes homeopáticas, porem contínuas, agente chegue a fazer com que a educação ambiental mereça e receba o tratamento de há muito faz por merecer.”
“o que eu queria deixar claro para todo mundo é que nos somos poucos mesmo, as pessoas que assumem essa responsabilidade, que vestem a camisa da educação ambiental. Mas agente pode distribuir isso para as pessoas, no tempo e da forma como for possível. Nós continuamos com problemas de comunicação, de participação, de interesse das pessoas, e principalmente, de compreensão do que significa isso, mas não estamos no caminho errado. Estamos caminhando certo, nos estamos andando de um modo coletivo, participativo, colaborativo e multisdisplinar."
segunda-feira, outubro 26, 2009
Teleconferência Estadual sobre a Lei de Educação Ambiental
Esta é a última etapa de esclarecimentos públicos sobre a Minuta de Lei da Educação Ambiental do Estado da Bahia, antes de ser enviada à Assembléia Legislativa. O texto foi elaborado por uma comissão interinstitucional com a participação da sociedade civil, contando com as contribuições de consultas públicas realizadas nos territórios de identidade da Bahia. A consulta pública do território Litoral Sul da Bahia, aconteceu nos dias 15 e 16 de abril de 2009, no auditório da UNIME, em Itabuna.
Na Teleconferência, integrantes da comissão, representantes e mobilizadores do sul da Bahia, alem de outros interessados, poderão interagir com os representantes da Diretoria de Educação Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, os facilitadores do processo de elaboração da minuta, e representantes de outras regiões da Bahia.
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A participação é livre, mas o número de inscrições está limitado à lotação máxima do auditório, que é de 30 pessoas. Mais informações podem ser obtidas com Sara Miriam Pereira Alves - CODEB / DIREC 06, localizada na Avenida Canavieiras, email: direc06@sec.ba.gov.br , telefones (73) 32316964 e FAX 3231-6172, ou ainda, através do mobilizador do território, Paulo Paiva, através do email psergiopaiva@hotmail.com, fone 9132-3339.
quarta-feira, outubro 14, 2009
Sul da Bahia é Surf !
Tudo começou em 1984 quando os irmãos Kalay e Xaparral montaram uma oficina para conserto de pranchas, aí um fabricante de pranchas do Paraná, Edson Willy, das pranchas Crespo, convidou Kalay para trabalhar lá com ele. Em 1989 após anos no oficio Kalay retorna a Ilhéus e com Xaparral (que fez o curso de belas artes em Salvador) abrem a Scoot (disparada) Surf Wear, que atualmente vende pranchas para todo o país e até mesmo para outros países.
Com o sucesso das pranchas lançaram marca própria de roupas e acessórios e abriram lojas do segmento.
sábado, outubro 03, 2009
Entidades criam uma Rede de Comunicação para o Sul da Bahia
A Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável é uma nova entidade formada por uma coalisão de mais de quarenta entidades, que têm em comum a defesa do desenvolvimento sustentável do Sul da Bahia, valorizando a dimensão ambiental e focado vocações regionais para arranjos produtivos que possam gerar o desenvolvimento humano.