Acorda Itabuna

Ela é a quinta maior cidade da Bahia, e tem muitos títulos honrosos, como por exemplo, a capital do cacau e a terra natal do grande escritor Jorge Amado. Para o sul da Bahia, junto com Ilhéus, como irmãs siamesas, e inseparáveis, tendem a tornarem-se, juntas, a segunda maior região metropolitana do estado.
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Referência regional em serviços, indústria e comércio, Itabuna tem um dinamismo econômico peculiar. Mas mesmo assim, perdeu muito tempo sem buscar um modelo de desenvolvimento sustentável, corajoso, capaz de evitar que a população sofresse a maior crise sócio-ambiental de sua história, agora instalada.

É uma situação indigna para uma cidade que não é tão pobre, tornando-a num mal exemplo da administração pública ao longo dos anos. O período de estiagem deste ano, como declaramos na reportagem SOS Rio Cachoeira, evidencia que a qualidade de vida de Itabuna está intimamente relacionada a atitudes políticas, como a mobilização para a revitalização do rio Cachoeira, e de forma marcante, ao planejamento competente para o saneamento ambiental e reestruturação urbana.

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Um plano para salvar Itabuna tornou-se uma questão prioritária para o desenvolvimento do Sul da Bahia. É urgente uma reflexão profunda e um plano de metas consistentes para enfrentar os problemas que acumularam-se, sobetudo, relacionados aos serviços urbanos mais essenciais, como a indisponibilidade de água potável, déficit de saneamento, coleta e tratamento de resíduos sólidos precária e reorientação de seus sistemas viários, cujo tráfego de veículos vive um colapso.

Os canais de Itabuna é o retrato de uma cidade em plena crise sócio-ambiental. É imprescindível que esses canais sejam fechados, e isto já deveria ter sido feito há muito tempo, pois não é não se trata de uma grande obra, que exija recursos extraordinários. Mas, evidentemente, devemos ressaltar que isto não deva ser feito para mascarar a clara face da necessidade de saneamento ambiental.

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Temos consciência que Itabuna precisa de apoio do Estado e do Governo Federal, mas antes disto, precisa assumir a sua própria missão; a seriedade e a competência na administração dos recursos públicos, para aplicar os 15 milhões que ela arrecada mensalmente, segundo o site da prefeitura. Por isso, Acorda querida Itabuna, pois, a economia, a cultura e a dignidade do Sul da Bahia está intimamente relacionada com o seu futuro.
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“Os canais por onde correm esgotos e lixo é o retrato de uma cidade que vive uma séria crise sócio-ambiental. Esses canais precisam ser fechados, como no pequeno trecho da foto acima, mas isto não deve ser feito para esconder a falta de saneamento básico que castiga o Rio Cachoeira, e penaliza a população”

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