domingo, maio 27, 2012

Código Florestal: Como fica o Cacau? Culturas centenárias é assunto por resolver.


Vereadores, prefeitos, deputados, quem conhecem o que é, e o que significa o sul da Bahia na discussão do código florestal, acordem, que é hora de se adequar. Segundo a ministra Isabela Teixeira, ao ser indagada sobre o assunto das culturas centenárias, como o café em topo de morro, arroz em várzeas, maçã, etc., disse que será respeitada a intertemporalidade, ou seja, considrando o fato dessas culturas terem sido introduzidas em legalidade com as leis em vigor da época.

Mas não é só isso, o Ministro da Agricultura,Mendes Ribeiro, sentindo-se, visivelmente, um peixe fora d'Água, contribuiu ao dizer que alguns pontos continuam polêmicos, e ainda não existe uma clareza suficiente. E é verdade, a própria Isabela também disse que topo de morro tem de ser protegido, pois é para o bem da própria prp´riedade, "senão o morro vem abaixo". Se não é fácil de dizer, imagine escrever; e se não é fácil de escrever, imagine fazer acontecer!?

Bem, o cacau está entre essas culturas centenárias, e é um grande caso de estudo, atípico, e que tem relações ecológicas e socioambientais específicas, que difere de outras culturas agrícolas. Como o governo vai compreender os plantios de cacaus em morros e margens de rios? Como o governo vai enxergar a ocupação irregular da expansão da lavoura cacaueira no sul da Bahia?

São milhares de hectares de cabruca em matas ciliares; cabruca em encostas com mais de 45 graus é comum. O conjunto de morros da mata atlântica formam o complexo cacaueiro - cabruca. O que se vê na Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada e Rio Almada, por exemplo, são extensas áreas de cacau às margens de rios, morros e serras, que denuncia pela belas flores vor de abobora da Eritrina africana, que sobe contente, e ainda preserva o verde da mata carucada, diante dos olhos da gente.

A poesia é para sensibilizar. Como vai ficar? Cacau para Sempre, Cacau na Rio +20, Festival do Chocolate, CEPLAC, UESC, ONG´s, Sindicatos, o grande debate da região cacaueira precisa acontecer, assim como os outros, que precisam acontecer aqui, no território, onde vivemos; onde temos uma realidade, e uma agenda a  cumprir. Se não é assim, ficamos só recebendo projeto e programas vindos de fora, planejados em Marte, enquanto não fazemos a nossa parte.

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