Ilhéus pena enquanto espera nova ponte, e pistas.


Nunca antes, tantos carros circularam em Ilhéus, e os ilheenses vivenciam um apagão na infraestrutura da mobilidade urbana. Está difícil circular, impossível estacionar, e o transporte de veículos utilitários, pesados, bicicletas e pedestres está mais desorganizado a cada dia.

Esse reino de Ilhéus ficou esquecido durante séculos, e só se engrandeceu economicamente com a chegada do cacau, um presente familiar, não por acaso, mas, por ser essa fruta da floresta amazônica, que guarda antigas relações de identidade com a mata atlântica do sul da Bahia. A cidade sonhou e se engrandeceu com o cacau, mas creio, que jamais nos imaginamos tão grande, uma região metropolitana; no máximo uma orla cheia de edifícios como Salvador. O nosso pensamento era provinciano, pois o que se tinha aqui, batava para sonhar. O tempo passou, a crise chegou, o mundo já milhares de voltas, e nunca houve esse planejamento estrutural sério. Até mesmo, o Porto Internacional do Malhado, construído em tempo modernos, minimizou sua preocupação com seu acesso urbano no futuro, e hoje é o pior gargalo para se resolver em uma remodelação, em um Novo Sistema Viário de Ilhéus. 


O governo planeja construir imediatamente uma nova ponte Centro Sul, ou, Ilhéus-Pontal: uma primeira ação para uma reformulação o sistema viário de Ilhéus. Os munícipes aguardam o projeto executivo. As ruas da pequena cidade histórica estrangularam, e essa área da cidade já exige uma alternativa de mobilidade, acesso e transporte coletivo, sem veículos particulares. São muitos os pontos críticos a serem resolvidos, num cenário que precisa de várias intervenções operando em conjunto. É fundamental assumir o projeto Orla Total, envolvendo (Orla Sul, Orla Central, Orla do Malhado, Orla do Marciano,  Orla da Barra e Orla do Savoia.



Na foto acima, um registro no mês de outubro, filas de carro em todos os acessos Centro-Sul: Avenida Lomanto Junior, Ladeira da Conquista, a rua  Coronel Misael Tavares (rua dos Armazéns do Antigo Porto).

É preciso avaliar novas pontes, o semi anel rodoviário, permitindo o acesso independente ao litoral norte e sul, antes da entrada da cidade é estratégico para estabelecer novos fluxos. A meu ver, também deveríamos avaliar com seriedade a desobstrução / desapropriação / revitalização das Avenidas Princesa Isabel e Avenida Esperança, o Cinturão Rodoviário Interior, que compreende o Circuito Avenidas Esperança, Fundão, Princesa Isabel, Misael Tavares (Rua do antigo porto) e a Dois de Julho. A Avenida Esperança, Fundão e Avenida Princesa Isabel são palco de moradia em margem de rio, área de risco, sem passeio adequado, onde se registra acidentes com frequência. 

O APAGÃO na infraestrutura é sintomático da falta de planejamento do crescimento, e traduz tempo perdido na identificação do problema, nos estudos de viabilidade, planejamento e execução de ações. Significa, automaticamente, perda de qualidade de vida, principalmente para os usuários dos transportes coletivos; se traduz em  perda de mobilidade para SAMUR e policiamento; perda de tempo; stress; desordem, etc. E nem queiram imaginar como isso vai piorar, "temporariamente", com a construção de qualquer grande obra, inclusive, da própria ponte, e novas pistas.

Comentários

Gabribici disse…
Opa, não sei se você soube, houve uma manifestação que aconteceu agora dia 1 de Janeiro em São Paulo na posse do prefeito. Saiu no Va de Bike: http://goo.gl/ebwn3 E no Diario de S. Paulo: http://goo.gl/hZVja Eis aqui fotos da Manifestação: http://goo.gl/VUTQN - Acho que a Bicicletada deve se movimentar em eventos estratégicos assim, para chamar bem atenção, e pedir pontos concretos, como é o caso do plano de 2008 engavetado.

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