2 mil lixões terão que desaparecer até 2014 !


Milagre? Exportação de lixo? Não! É a ambiciosa meta do governo federal. Mas basta ser brasileiro para desconfiar em prazos, e que a meta não vai ser cumprida. Sabe por quê? Porque no Brasil o maior resíduo ainda vem da corrupção, impunidade e falta de investimento em tecnologia, educação e cultura.

Não se pode acabar dois mil um lixões por decreto, nem quantos são eles parece estar claro. Mas se não houver a tal integração de políticas, a manjada ideia de gestão multi e interdisciplinar, integrado os diversos setores do governo, não vai funcionar. Essas medidas precisam vir juntas com ações que abrangem desde a publicidade, até responsabilização das empresas pelo destino final de seus produto, o compromisso empresarial com a reciclagem, inclusive da construção civil, etc. Então, acabar com todos os lixões, significa trabalhar com comportamentos e atitudes, individuais, corporativos e públicos. 

O lixo, que nem assim deve ser chamado é a grande invenção humana, da desconstrução do mundo real, e dos valores da natureza. É o resultado mais evidente do modelo de desenvolvimento, e da mentalidade parasitária dos recursos naturais.  Lixo é o tema primeiro da educação ambiental, formal, e informal. Também é o principal problema ambiental para os ecossistemas, especialmente, os mares.

A solução é caminhar não apenas pensando em resolver esse problema com obras de infraestrutura. Eu mesmo, quero saber que fazer com meus resíduos antes, ou depois do lixão. Lutar contra o desperdício de papel, vidro e latas já não é fácil, pois não temos coleta seletiva. Só que eu tenho em casa umas 20 baterias de diferentes equipamentos, vários celulares, vários gravadores, vídeo-cassete, etc. Não consigo descartar porque não existe uma informação pública, pelo menos em Ilhéus, de como o cidadão deve se comportar para descartar os mais variados resíduos que produz.

Então para mim, enquanto o poder público não dizer com clareza, qual é o seu plano integrado de resíduos sólidos para toda a população, de forma que todos saibam como proceder, e como participar, aí eu acho que nós vamos, realmente, começar a acabar com os lixões, e promover aterros sanitários mais sustentáveis, com menor demanda, e o maior aproveitamento de recursos, e energia.

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Alana Gandra -  Repórter Agência Brasil


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