O Drama do Porto Internacional do Malhado

ACORDA MEU POVO: MURAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


RETROSPECTIVA 4 ANOS




Os impactos do porto, o descomprometimento com seus passivos ambientais, e a realização de novos aterros de mar foram tema de nossa segunda reportagem em 24 de outubro de 2007. Quatros anos se passaram, e os problemas aumentaram, as promessas também, e claro, não poderíamos sequer sonhar, que o governo imaginaria construir mais dois portos, antes de reverter o sucateamento do que já existe.


O Porto que já temos nos custou caro. Cortou nossa orla central ao meio, transfigurou a geografia da cidade com um gigantesco recuo do mar, e gerou graves passivos ambientais que penalizaram a cidade e os moradores. Também provocou o assoreando das duas grandes baías margeadas pela cidade - Pontal e Barra. Nunca houve mitigação e nem compensação para nenhum impacto, e nenhuma pessoa física.




Segundo os especialistas, o porto precisa resolver problemas operacionais e logísticos sérios para continuar cumprindo sua finalidade com plenitude. Depende de uma obra milionária de dragagem para aumentar a profundidade de acesso dos navios, resolver sérios problemas de espaço das visas de acesso, estacionamento e armazenagem e infraestrutura receptiva dos milhares de turistas que desembarcam nos transatlânticos todos os anos.


É um porto rodiado de problemas, e não é para menos, com sua localização imprensada no meio da cidade de Ilhéus, em sua área mais valorizada. E ainda tem os pescadores, pois a área do Terminal Pesqueiro, que atende aos pescadores de toda a orla Norte de Ilhéus será desativado para uso do porto, e, segundo soubemos, já foi requerida pela CODEBA.



Não bastasse tanto problema, a área nova de aterro que denunciamos continua parada, e o porto ainda vai ter que se adequar a nova Lei de Gerenciamento de Resíduos que tem prazo para adequação até 2012, e que, certamente, em se tratando de Brasil, terá seu prazo ampliado por decreto.



A revitalização do Porto do Malhado é um tema crucial para o reordenamento urbano de Ilhéus, e passa por várias reflexões que devem ocupar-se a sociedade, e não apenas os governantes.

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