Proteção ao Banhista: O Afogamento de Elzon
Blog Acorda Meu povo - Mural da Educação Ambiental
Retrospectiva 4 Anos
A "Proteção ao Banhista" é a quinta temática já publicada no primeiro ano do blog, que relembramos na Retrospectiva Acorda Meu Povo 4 Anos. Nossa intensão é reafirmar sua importância permanente dos temas, e entender sua evolução nesse período. Relembramos o Porto do Malhado, o Projeto Orla, a invasão da Barra e a Sinalização Horizontal nas vias da cidade, e agora é a vez de Elzon.
O afogamento de Elzon Pinho no dia 31 de dezembro de 2007 foi a motivação para diversas reflexões sobre segurança no mar. O empresário de Vitória da Conquista, tinha 42 anos e morreu ao entrar no mar para tentar salvar outro turista que se afogava. Isto aconteceu na praia dos Milionários, e nos alertou para a necessidade urgente que Ilhéus tem de elaborar um programa estratégico de proteção do banhistas.
A cidade é turística, o clima extraordinário, e o mar altamente convidativo, mas o banho no litoral a mar aberto de Ilhéus tem restrições, e as tragédias são de longas datas.
Mas quando atrairmos milhares de visitantes, inclusive de cidades vizinhas e áreas rurais, com pouco traquejo com o mar, temos a obrigação de cuidar e informar sobre os perigos do mar. Os nativos ou mais sábios podem se precaver, mas a maioria se expõe às correntezas que podem furar a rebentação, ou os buracos que se formam na areia.
Sem os cuidados necessários para evitar afogamentos, no fato acontecido, Elzon Pinho morreu sem suporte algum, sem socorro à tempo de salvá-lo, afinal a SAMU teve que enfrentar um forte engarrafamento para chegar até o local do outro lado da cidade. Então, que providências precisamos tomar?
Precisamos de centros de atendimentos de urgência com desfibrilador e oxigênio o mais próximo das praias mais frequentadas de Ilhéus, talvez, uma unidade de atendimento fixa ou móvel nas próprias praias seja o ideal, mas nesse dia, uma boia amarrada com uma corda nas barracas de praia, talvez já fosse suficiente para salvar Elzon. Ele morreu sem socorro, diante dos amigos, num point de Ilhéus para onde fora atraído. Nossas praias merecem nossos turistas, e vice-versa, e sem segurança no mar o lazer pode virar tragédia. Já tivemos concursos e o contingente de salva-vidas foi aumentado, mas as ações ainda são tímidas.
Como é praticamente impossível manter uma vigília integral sobre um litoral tão extenso, a atuação dos salva-vidas precisa ser móvel, dinâmica e contar com rádios transmissores, e só teremos sucesso nessa empreitada de salvar vidas, se tivermos o apoio dos educadores, a realização de campanhas periódicas nos meios de comunicação, e um sistema eficiente de sinalização ambiental em todas as praias.
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