Liderança Quilombola do Sul da Bahia


A comemoração nesse domindo, 20 de novembro, do Dia da Consciência Negra é especial. É um dia de cor da consciência interior, de compreender quem somos, quem é o Brasil, e o sul da Bahia.



O movimento negro tem nos ensinado muitas coisas, e, uma das mais importantes, é que o o negro brasileiro, ainda é o que melhor representa, os que não possuem uma casa digna para morar, não têm acesso a educação, e são os que mais perdem a vida, e carregam a cruz da herança maldita da exclusão.


O sul da Bahia é negro, e essas florestas que lhes protegeram dos perigos no passado, também protegeu uma cultura tradicional que passa a ser valorizada. O movimento de conscientização dos direitos e da cultura negra se fortaleceu muito nos últimos anos, já tem uma organização ampla da sociedade, através de lideranças de povos de terreiros, remanescentes de quilombos, associações culturais, etc.


Um movimento pioneiro no sul da Bahia nasceu em Itacaré, onde as comunidades remanescentes de quilombo passaram a se organizar, e participar do processo político de defesa dos seus direitos nos níveis local, estadual e nacional.



Essa temática foi alvo de um projeto do Instituto Floresta Viva, voltado para o Fortalecimento Comunitário para o Desenvolvimento Sustentável de Comunidades, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, beneficiando diversas Comunidades Quilombolas de Itacaré (e (Fojo, Serra de Água, João Rodrigues e Santo Amaro) e as Associações Casa do Boneco de Itacaré, Grupo Cultural Raízes e Associação Cultural Tribo do Porto.


Um projeto do Instituto Floresta Viva, em parceria com as comunidades, e apoio de instituilções como a Ceplac e o Sebrae, possibilitou uma diversidade de atividades e vivências, incluindo projetos rurais sustentáveis , agroecologia, oficinas, cursos, participação em eventos em Salvador e Brasília, e e intercâmbio cultural com comunidades de Recife, São Paulo, Senhor do Bonfim (Tijuaçu) e Maraú na Bahia.


O resultado dessas ações ultrapassam as espectativas, ganham dimensão própria, e sustentpavel, através da organização do grupos locais. No mesmo período, foi criado do Conselho Quilombola de Itacaré. Um trabalho lindo, bem conduzido, de suporte a organização e fortalecimento de um movimento social, que precisa ser valorizado, e replicado.

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