Como temos afirmado, o projeto do complexo PORTO SUL está exigindo de todos os setores da sociedade sul baiana, uma profunda reflexão sobre o significado prático, e não, teórico, do termo desenvolvimento sustentável. Plotado em uma área vocacionada para a proteção ambiental e o turismo, o projeto tornou-se o centro de um debate, que confronta o interesse econômico e o interesse ambiental, e nesta discussão, declarar-se simplesmente favorável ou desfavorável, exige explicações.
.É o desafio do Pac da infra-estrutura, que tem encontrado resistência numa sociedade civil mais organizada e mobilizada, e um nível de conscientização ambiental que não se restringe mais às organizaçoes ambientalistas. Atualmente, obras impactantes, que ameaçam florestas, rios e zonas litorãneas, são questionadas também, por índios, religiosos e movimentos sociais diversos, colocando a necessidade do Brasil melhorar sua perspectiva ambiental através das políticas públicas.
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Complexo Porto Sul: O entrave da Localização !
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Complexo Porto Sul: O que se quer preservar?
________________Veja no Blog Catucadas!
Complexo Porto Sul: O grande temor é olhar para os demais Portos de Minério de Ferro e suas retroáreas !
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"Ilhéus pode crescer de outra forma, pode ter indústrias limpas, pode ter atenção por parte do Governo respeitando a sua vocação natural, que é o Turismo. Por que destruir a nossa riqueza maior? Temos que buscar solução e incentivo para o TURISMO, isto sim gerará mão-de-obra para a demanda que temos, a qual não é qualificada. O Porto Sul, será muito bom para Caetité e não para Ilhéus."
A parte que importa no parto do porto,pelo professor Ramayana Vargens.
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"O perigo é que existe no ar a promessa de uma fabulosa herança futura (
bilhões de dólares
advindos da exportação) para quem abrigar o tão
polêmico neném. E já começam a surgir oportunistas
inescrupulosos que tentam se habilitar como tutores e pais
adotivos do porto dos ovos de ouro. Precisamos ficar vigilantes. Não podemos deixar que aproveitadores de ocasião (empresários, políticos ou especuladores que só pensam em seus próprios interesses) assumam a condução de um processo que definirá os destinos de nossos filhos. É preciso mobilizar os diversos segmentos da comunidade para fazer valer nosso legítimo direito de decidir sobre nosso futuro. Que, pelo menos, respeitem nossa justa posição de determinar qual a maternidade onde a criança deve nascer. Não queremos que esse berço seja na Ilhéus –
Itacaré. "
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Atuando em políticas públicas nesta região desde 1995, vejo esta notícia como um grave equívoco, fruto de estudo incompleto sobre a dinâmica desta região. Em que pese o significado de
ferrovias e portos no Brasil, especialmente para ampliar a malha viária e promover o tão almejado desenvolvimento, o que nos preocupa é o impacto que o sistema ferrovia- porto pode causar sobre a economia de turismo e o desenvolvimento desta costa, incluindo um complexo sistema de unidades de conservação em pleno andamento neste trecho da costa baiana."
Novo Milagre nas Terras do Sem Fim
pelo ator Romualdo Lisboa.
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"Neste momento estamos vivendo outro choque de grandes perspectivas desenvolvimentistas com o novo complexo portuário anunciado. O discurso é o mesmo de quando vivíamos no período da ditadura militar, diante do propalado Milagre Brasileiro. É certo que estamos aprendendo ainda a viver em democracia, mas vivemos uma democracia. Desde 1973, muita coisa mudou. A participação da sociedade civil organizada é, de fato, um sério regulador, fiscalizador, das
ações dos governos. Todos nós,
ilheenses ou não, sabemos dos benefícios que o
Porto do Malhado trouxe para toda a
Bahia, mas também sabemos que mesmo empregando a “mais moderna técnica de engenharia portuária”, não foi possível conter o avanço das águas nos bairros São Miguel e São Domingos, tampouco o impacto na praia da avenida e o desaparecimento da praia do pontal. "
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pelo analista político Gerson Marques.
"Se estivéssemos em um dos governos com a
grife ACM não haveria o menor espaço de debate ou contestação, foi assim com o
projeto da
Estrada Ilhéus-Itacaré, construída sobre as florestas mais
biodiversa do planeta. Somente com a interferência de entidades ambientalistas via Banco Mundial é que foi possível minimizar o desastre que constituí a construção desta estrada, muitos que fazem barulho hoje com o
projeto do
intermodal ficaram calados a época da estrada desastrada."
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"É claro que não podemos simplesmente aceitar o investimento sem as salvaguardas ambientais. Exigiremos as contrapartidas. Hoje a legislação é rígida, e por certo as Audiências Publicas mostrarão as medidas que serão necessariamente tomadas para preservar o ambiente no entorno do porto. Devemos ter competência para preservar nosso ecossistema, integrando-o ao turismo,
setor vital para o desenvolvimento, mas não podemos perder essa oportunidade única. O povo precisa de empregos, e o novo porto, como investimento âncora, poderá ser o divisor de águas no desenvolvimento sustentado que tanto almejamos. Somos convocados a conhecer e acompanhar todas as etapas para implantação do
projeto, sem radicalismo e com o olhar voltado para o futuro da nossa gente."
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Comentários
Forte abraço,
Rui