Marina Silva, Guardiã do Meio Ambiente

Marina é uma Vitoriosa - Veja no Jacarandá da Bahia
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Maria Osmarina Marina Silva de Sousa Vaz de Lima nasceu num seringal chamado Bagaço, a 70 km de Rio Branco, onde cortava seringueiras com seus irmãos, cuidava de roçados, caçava e pescava, para sobreviver. Sua primeira grande luta foi ajudar o pai a quitar as dívidas com o dono do seringal.
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A escola esteve longe dela, e aos quatorze anos só conhecia as quatros operações básicas de matemática, só vindo aprender a ler quando foi a Rio Branco tratar uma hepatite, uma das várias doenças que enfrentou. Foi alfabetizada pelo Mobral, fez supletivo, e aos 26 anos formou-se em história pela Universidade Federal do Acre. Sonhava em ser freira, e iniciou sua militância nas Comunidades Eclesiais de Base, mas foi na universidade que optou definitivamente pela política, ingressando no Partido Revolucionário Comunista, que fazia resistência à ditadura militar.
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Foi militante dos movimentos em defesa da amazônia, ao lado de Chico Mendes, com quem também, fundou a CUT, no Acre. Teve uma carreira política de rápida ascensão. Nas eleições municipais de 1988, foi a vereadora mais votada de Rio Branco e assumiu a única cadeira da esquerda na Câmara Municipal. Em 1990, tornou-se a deputada estadual mais votada e em 1998, aos 36 anos, tornou-se a senadora mais jovem do Brasil, tendo sido reeleita em 2002 com o triplo de votos.
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Aos cinquenta anos de idade, Marina Silva é considerada um das maiores especialistas do mundo na área ambiental, e maior voz em defesa do desenvolvimento sustentável da amazônia pós-Chico Mendes. Agora, após cinco anos, quatro meses e quatorze dias à frente do Ministério do Meio Ambiente, ela pede demissão junto com o Presidente do Ibama, Bazileu Margarido, e o Secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
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RESISTÊNCIAS HISTÓRICAS
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Trazer os princípios do desenvolvimento sustentado, para a prática das ações, não é tarefa fácil, requer negociação e diálogo político em todos os setores do governo e sociedade. Sem que haja efetivamente, um planejamento estratégico, transversal, torna-se inviável a inserção da variante ambiental nas políticas, e ela se torna um terceiro, que sempre chega atrasado e parece impor questões externas, que antes deveriam terem sido previstas no planejamento das ações. E, se a variante ambiental não avançar nas políticas governamentais, a exploração insustentável dos recursos naturais continuará em alta.

Em seu mandato, a Ministra resistiu bravamente às políticas que, diretamente ou indiretamente, ajudam a promover o desmatamento. Em sua gestão obteve significativos avanços, como a criação de novas Unidades de Conservação, que é importante para tirar o título das terras da especulação dos grileiros, e a aprovação de resolução do conselho monetário para não beneficiar com financiamentos, empreendedores que desmatem ilegalmente. Também foi firme na resistência às pressões dos que querem alterar o Código Florestal para diminuir o espaço das florestas.

Existem resistências históricas e culturais para que a sociedade brasileira avance na sua Agenda Ambiental, especialmente no setor agrícola. Aqui, o agronegócio não quer ter regras, não quer respeitar limites ambientais, sequer as reservas legais e as áreas de preservação permanente são respeitadas. E o pior, é que, infelizmente, o ilícito ambiental é praticado, visando interesses pessoais, pelas próprias autoridades, como governadores, deputados e prefeitos, que deveriam defender o bem público e os interesses do povo.

No Brasil não falta terra para agricultura, e até mesmo para o biocombustível, o que falta é planejamento ambiental e o compromisso social dos políticos e da sociedade com a conservação ambiental, especialmente com a preservação da floresta, que só é possível com a participação de todos. Nem um exército de fiscais seria suficiente para que o Brasil evitasse o desmatamento e a degradação ambiental, se a população não participar efetivamente.
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"O Brasil é uma potência ambiental e tem que fazer jus à potência que é. A agenda ambiental se coloca nesse século como algo irreversível, da qual não podemos nos esquivar".
Marina Silva
Guardiã do Planeta
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O Brasil precisa deixa de ser um país criticado por permitir o desmatamento e o trabalho escravo para passar a ser um protagonista mundial da questão ambiental, e a encarar seus recursos naturais como uma vantagem comparativa em relação a outros países. Precisa tornar-se um criador de soluções, um parceiro real do desenvolvimento global.

A ecologia e o socialismo deveriam participar dos mesmos valores da revolução democrática, mas apesar do PT, ter uma extraordinária força no âmbito dos movimentos sociais e na defesa dos trabalhadores e mais fracos, tem misturado "o joio e o trigo", quando o assunto é o modelo de desenvolvimento .

Sua saída do governo, certamente, preserva o Ibama, e repercutirá favoravelmente no fortalecimento do movimento pela proteção da amazônia. Fora do governo, e como Senadora, estará mais a vontade para defender a Agenda Ambiental Brasileira e Global, e para dar eco a sua luta pelo desenvolvimento sustentado, que é um compromisso com a vida e o futuro, maior do que qualquer governo ou partido.

Marina Silva (Ministra do Meio Ambiente), João Paulo Capobiando (Secretário Executivo) e Bazileu (Presidente do Ibama), demissão conjunta protege os órgãos ambientais.

Guardiã dos Povos da florestaGuardiã do Desenvolvimento Sustentável
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O Desafio de Carlos Minc
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Marina Silva e seu sucessor, Carlos Minc são duas personalidades que concordam entre si, apesar de terem sido formadas em cenários sócio-ambientais completamente diferentes. Marina é exemplo de auto-superação, tem origem humilde, é filha dos povos da floresta, fundadora da CUT e defensora da amazônia; Carlos Minc é homem urbano de classe media, fundador do Partido Verde e defensor da mata atlântica.
Guardiã do Meio AmbienteGuardiã do Meio AmbienteGuardiã do Meio Ambiente

Num aparente desencontro, os dois caminhos se reencontram na mesma missão assumida com Chico Mendes e outros ecologistas cariocas, durante a passeata “Salve a Amazônia” na praia de Copacabana, no dia 20 de novembro de 1988. E é justamente do Rio de Janeiro, que o Carlos Minc migra para o planalto, no maior desafio de sua vida pública: representar o governo na defesa da amazônia e do meio ambiente.
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Marina Silva lutou pelo desenvolvimento sustentável ao lado de Chico Mendes, e sai do Ministério, para lhe ser fiel.
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O novo ministro terá enormes desafios para dar credibilidade às ações do governo, e certamente, enfrentará muitas polêmicas com o PAC, que acumula problemas na sua concepção, e sabemos, não tem como ele fazer o milagre da agilidade no licenciamento, diante de projetos que podem agredir significativamente o meio ambiente.
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Para o sul da Bahia, Minc deverá ser um aliado mais forte, contra o desmatamento, e , certamente, trará fôlego novo ao questionamento do PAC da Infra-estrutura nessa região, pela experiência e comprometimento que tem com a defesa da mata atlântica.

Comentários

Anônimo disse…
Oi Paulo Sérgio Paiva,

Governo Lula e o "selo verde": nada além de marketing?

Vi você em uma comunidade do Orkut e acho que nossa matéria exclusiva sobre a ex-ministra Marina Silva e o atual ministro Carlos Minc pode ser do seu interesse. Tudo indica que a ex-ministra cumpria um papel de marionete no governo Lula.

Diante dessa "dança das cadeiras" no ministério do Meio Ambiente, você acredita que o presidente Lula está realmente disposto a salvar a Amazônia da devastação?

Leia mais e comente no link:

http://www.opiniaoenoticia.com.br/interna.php?id=16409


Atenciosamente,

Ana Borges - Marketing

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