IX Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais - 14 a 18 de Outubro de 2013


Tinha que ser em Ilhéus, não apenas por ser uma boa opção para atrair público, mas porque o Sistema Agroflorestal de maior qualidade que se possa imaginar está aqui, e ele está ameaçado pela inviabilidade econômica da própria lavoura que o criou, e pela falta de normas justas no mercado. Um cacau, cujo sistema de produção produz tanta riqueza ambiental e autonomia ao ser humano, não pode suportar um mercado insensível a cadeia produtiva do cacau no sul da Bahia e na Amazônia.

Ilhéus representa a história do cacau, e a identidade da própria região cacaueira, onde o Cacau-cabruca configura-se como o mais importante patrimônio ambiental e social. Essa Cabruca parceira da Mata Atlântica, dos nossos solos, de nossa biodiversidade recorde e rede de nascentes e rios. Esse sistema de plantio artesanal dos séculos passados, que sobreviveu ao tempo, não viveremos bem sem ele, e não há cultura que se compare ecologicamente com a do Cacau-cabruca, onde se faz agricultura em um ambiente florestal rico em biodiversidade. 

Contra o Cacau-cabruca, quase tudo: Os modelos econômicos, a diversificação agrícola, o mercado como um castigador, e os produtores desconsolados com o preço pago por uma arroba do produto. Que esse congresso possa trazer esperança para o Cacau-cabruca, que ocupa uma imensidão de 500 mil hectares no Sul da Bahia. 

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