Ilhéus, 479 Anos: Quem somos?
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Ilhéus é o marco geográfico e cultural de uma região dadivada em riquezas naturais, e depois de séculos de pioneirismo e resistência a crises, chegamos à primeira metade do século XX, tendo conseguido construir uma identidade. Éramos uma das cidades mais belas do mundo, apesar das diferenças sociais entre imigrantes donos de terra, negros e índios.
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Sem mais saber quem somos, apenas observamos; e não sei se nos incomodamos com o tanto que agredimos nossa cidade, mata, orla, baias e rios, e com o vazio que deixamos sobre o nosso patrimônio histórico, material e imaterial. Somos uma terra desfeita, uma cidade desiludida e em crise. A fúria do dinheiro rápido fala mais alto, e hoje nos deixamos ser governados pelo estado e pela união. Perdemos a vontade própria. São eles que decidem qual é o projeto da nossa terra, e nós abraçamos.
Viramos reféns da política, da pobreza e da economia internacional. Perdemos nossa voz, o seu tom, e o dom da palavra cidadã. Como se fosse uma sina, Ilhéus parece esquecida de si mesma. Não fala por si, e passa a ouvir o que os outros falam. A cidade não se comemora, pois não sabe mais quem é, e nem pra onde vai o seu futuro.
O patrimônio histórico e cultural de Ilhéus está despedaçado, empoeirado, relegado e esquecido. Quando passeamos por essa cidade, não sabemos onde encontrá-la. Por isso, o que devemos comemorar hoje em Ilhéus é essa reflexão para que tão logo seja liberta da opressão, da ignorância, do julgo do dinheiro e de todo poder que ameaça a paz, a vida e nossa memória.
Acreditamos que Ilhéus vai despertar, e voltar a olhar para si mesma, se amando com todo o coração dos verdadeiros cidadãos seus. Quando isto acontecer, não sentiremos mais a sua falta quando passearmos por seus encantos, pois ela estará renascida jovem e moderna, dizendo de seus valores e representando tudo o que ela é, tem e pode ser.
Acorda Meu Povo!
- Nossa Igreja Católica precisa reorganizar um museu, como já teve na Igreja São Jorge, e a prefeitura precisa ser sua parceira na conservação do patrimônio arquitetônico.
Viramos reféns da política, da pobreza e da economia internacional. Perdemos nossa voz, o seu tom, e o dom da palavra cidadã. Como se fosse uma sina, Ilhéus parece esquecida de si mesma. Não fala por si, e passa a ouvir o que os outros falam. A cidade não se comemora, pois não sabe mais quem é, e nem pra onde vai o seu futuro.
O patrimônio histórico e cultural de Ilhéus está despedaçado, empoeirado, relegado e esquecido. Quando passeamos por essa cidade, não sabemos onde encontrá-la. Por isso, o que devemos comemorar hoje em Ilhéus é essa reflexão para que tão logo seja liberta da opressão, da ignorância, do julgo do dinheiro e de todo poder que ameaça a paz, a vida e nossa memória.
Acreditamos que Ilhéus vai despertar, e voltar a olhar para si mesma, se amando com todo o coração dos verdadeiros cidadãos seus. Quando isto acontecer, não sentiremos mais a sua falta quando passearmos por seus encantos, pois ela estará renascida jovem e moderna, dizendo de seus valores e representando tudo o que ela é, tem e pode ser.
Acorda Meu Povo!
- Nossa Igreja Católica precisa reorganizar um museu, como já teve na Igreja São Jorge, e a prefeitura precisa ser sua parceira na conservação do patrimônio arquitetônico.
- Mais arqueologia e resgate histórico cultural dos quilombos e das culturas negras.
- Reconhecimento pleno e valorização dos terreiros de candomblé.
- Desenterro da história dos pescadores, e salvaguarda da história dos nossos naufrágios.
- Reconstituição e investimento em arqueologia e história indígena.
- Salvar a história do cacau e das gerações de cacauicultores (donos de fazenda e trabalhadores), bem como as sedes das fazendas históricas e cacau, que estão em ruínas.
- Promover nossa história da Mata Atlântica em museus, jardins botânicos e no Parque da Mata da Esperança.
- Proteger os prédios históricos e dar-lhes um uso cultural adequado.
- Reunir, e disponibilizar ao público o grande acerco visual (fotográfico) que a cidade possui sobre o seu passado urbano, famílias e transformações.
- Firmar um Projeto Orla que pare de uma vez com a invasão das praias e manguezais.
- Precisamos recuperar nossa história antiga, gravuras, textos, documentos, muitos dos quais na Europa.
- Cadê a historia de nossos imigrantes - base social de Ilhéus. O mundo todo faz isso, e Ilhéus precisa fazer também.
- Ilhéus precisa investir em arenas de esporte e criar espaços dedicados a valorização da memoria do Surf , Skate, Voley, etc.
- Precisamos constituir roteiros e sítios históricos-culturais envolvendo o Rio do Engenho, o Banco da Vitoria, a Lagoa Encantada, Olivença e o Morro de Pernambuco, etc.
- Queremos ter mirantes em todos as nossos pontos de apreciação da paisagem, e pensar ciclovias em todos os bairros.
- Precismos investir em integração da cidade com os morros. Hoje temos duas cidades que precisam se conhecer e se integrar em mobilidade, turismo e atividade cultural.
- Ilhéus precisa ser uma cidade acessível para deficiências sensoriais e de mobilidade.
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