Tupinambá de Olivença
A história desse país está se reescrevendo em lugares como o Sul da Bahia, onde através dos séculos, comunidades tradicionais resistiram a todo tipo de opressão e exclusão. Os índios são um bom exemplo disto, e de um Brasil que precisa ser descoberto e compreendido.
Os índios do sul da Bahia são um inacreditável acontecimento de martírio e abadono. Um genocídio em vários massacres sanguinários ocorridos à beira mar. Um deles, em 23 de setembro de 1559, comandado e narrado por Men de Sá, resultou numa fila de corpos extendidos de uma légua de índios, uns seis quilômetros e meio.
O último massacre, no Cururupe, em 1927, que tem como símbolo de resistência,o Caboclo Marcelino, foi um duro golpe contra a Velha Aldeia dos Índios Tupinambá de Olivença. E foi "ao Deus dará" que poucos deles sobreviveram, à sombra de uma velha igreja erguida na colina.
Nesse movimento estamos redescobrindo nossos compromissos com a bandeira e a pátria amada. E a salvação dos povos indígenas e consagração de sua cultura precisa fazer parte da agenda de compromissos de todos os brasileiros.
Eles são descendentes de índios guerreiros, que lutaram bravamente contra a invasão de suas terras, em grandes e memoráveis batalhas. Nessas "terras do sem fim" de verde e mar, restaram alguns "hérois sem terra", testemunhas de nossa história, precisando de tudo e de todos para recuperarem o lugar devido na sociedade.
A Igreja Nossa Senhora das Escadas, construída pelos jesuítas em 1700 é um dos patrimônios culturais mais importantes do Sul da Bahia e um referencial das terras e história do povo indígena Tupinambá de Olivença.
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Comentários
Parabéns por seus artigos, ricamente fundamentados, que trazem sempre um alerta para formar uma consciência cada vez maior sobre a preservação no meio ambiente e do nosso escasso patrimônio.
Você reparou nas suas fotografias o crime cometido contra um dos quatro prédios coloniais que ainda existem em Ilhéus, a Igreja de Nossa Senhora da Escada?
As portas e janelas são molduradas por pedra de cantaria, que inadivertidamente foram pintadas com tinta plástica prateada. Será qu pode ser recuperada?
Segundo o padre, foi a comunidade que fez o trabalho. É uma pena.
Oxalá possa ser reparado o dano.
Abraços e parabéns mais uma vez!
Continue escrevendo sobre eles!
Desde já obrigado pela sua colaboração literária e de consciencia participativa.
Abraço.
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