Dengue e Chuvas

Combata o Mosquito da Dengue
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A DENGUE

Um dos verões mais secos dos últimos dez anos, ajudou os sul baianos a se livrarem temporariamente de uma epidemia da dengue. De qualquer forma, o que acontece no Rio de Janeiro serve de alerta para o que pode acontecer aqui, motivando o combate ao Aedes aegypti, enquanto temos tempo.
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Esse ano, mesmo dobrando o número de casos na Bahia e vitimando mais de 80.000 pessoas no Rio de Janeiro, a dengue não causou epidemias no sul da Bahia, onde existem focos e áreas de alto risco. Em grande parte, temos razões para acreditar que isto ocorreu, não em função de uma prevenção mais eficiente, e sim, pela alteração do regime das chuvas, e um dos verões mais secos dos últimos anos.

A epidemia da dengue no Rio de Janeiro é mais uma lição para quem mora nas áreas de risco, não esquivar-se de participar do combate ao Aedes aegypti, e de cobrar das autoridades públicas a atenção preventiva necessária.
Combata o Mosquito
O Aedes aegypti é o transmissor de um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, originado do sudeste asiático e presente no Brasil desde o século XVIII. Já havia sido praticamente extinto na década de vinte, em função da campanha de erradicação da febre amarela, mas ressurgiu em 1981 em Boa Vista, e em 2002, provocou, no Rio de Janeiro, a maior epidemia da dengue no Brasil, com mais de 400 mil pessoas infectadas e 91 mortos, sendo 61 na capital.
Combata o mosquito da dengue
A dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem no planeta, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano, e a febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes não tratados. Nos últimos 15 anos, vem se intensificando e se propagando pelos países tropicais do sul do Pacífico, África Oriental, ilhas do Caribe e na América Latina.
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Com a volta da doença, a primeira grande epidemia nas Américas ocorreu em Cuba, em 1981, onde foi relatado o primeiro de caso de dengue hemorrágica, fora do sudeste da Ásia e Pacífico, tendo sido notificados 344.203 casos, 34 mil de FHD e 10.312 das formas mais severas, com 158 óbitos, sendo 101 em crianças.

Agora, o número de casos fatais no Estado do Rio de Janeiro é muito alto e ainda aumenta: CONTADOR em 16/04/08 = 110.783 casos de dengue, 92 mortes, 42% de jovens com menos de 15 anos. Além destes, outras 96 mortes estão sob suspeita. Com essa tragédia silenciosa, percebemos que estamos vulneráveis e incertos quanto ao nosso sistema imunológico e a reação de nosso organismo aos quatro sorotipos (1,2,3 e 4) do vírus. Ao mesmo tempo, observamos a fragilidade do Sistema de Saúde Pública para enfrentar situações de emergência, diante de um quadro de carência de leitos, especialmente de Unidades de Terapia Intensiva, já insuficiente para os dias de normalidade no atendimento.
Combata o mosquito
Diante desta grave crise de sáude ambiental, a Imprensa denunciou, e o Ministério Público e a Justiça investigam se as ações preventivas foram subestimadas pelo Municipio, Estado e a União, e, ainda que tardiamente, as três esferas da adminitração pública se unem, como deveria fazer sempre, independentemente de legendas partidárias, para trabalhar em conjunto e de forma mais eficiente para resolver os problemas dos brasileiros.
Vamos se alertar com o drama do Rio de Janeiro, e não vamos esperar outras epidemias, previstas e anunciadas, venham a tornar-se realidade. Para a extinção dessa doença, só mesmo ações preventivas eficientes e regulares, mesmo quando não houver epidemias, por isso governo e sociedade precisam combater o Aedes aegypti. Ainda não temos outra solução mais eficaz, do que o grande mutirão da cidadania, pela vida e contra a dengue, para combater os focos do mosquito, que não voa a mais de 80 cientímetros de altura do solo, mas que só espera as condições ideais para proliferar, e a qualquer tempo, contaminar qualquer pessoa ao seu redor.
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Vigilância, Atitude e Medidas Preventivas:

1- Criação de lei municipal que penalize o cidadão que não atenderem a reinvidicação pública de tratar a água e vedar tanques d´água, piscinas, poços e outros criadouros naturais do mosquito, sobretudo em casos de reincidência.
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2- Criação de um serviço de atendimento denúncias, em cada município, para facilitar a comunicação, a informação e a participação do cidadão na identificação e elimação dos focos.
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3- Realização periódica de sobrevoo para identificação dos focos mais visíveis, como as caixas d´água, piscinas e poços, bem como, ações de campo, priorizando o mapa de áreas de risco, para combater os focos.

4- Aumento dos contingentes de pessoas nos mutirões preventivos de combate aos focos, com o foco nos Agentes de Saúde, colaboração da Policia Militar e Exército.

5- Participação ativa da sociedade, e maior integração de ong´s, escolas, empresários, etc., nos mutirões de combate preventivo ao mosquito.

6- Campanha educativa permanente com participação da imprensa, incluindo todas as emissoras de rádio e TV, incluindo a divulgação da Central de informações.

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