Jornalista protestam, enquanto o governo estuda projetos para aumentar segurança para os jornalistas.

Ser jornalista de verdade no Brasil é um risco de vida. A profissão aqui é considerada perigosa, e somos o sétimo no ranking mundial desse tipo de violência. Nesse início de fevereiro, duas tragédias atingiram em cheio a autoestima dos jornalistas brasileiros. No dia 2, perdemos Eduardo Coutinho, o mago e mestre do documentário brasileiro, junto com sua esposa, vitimas de um surto esquizofrênico de seu filho, e no dia 6, o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade foi imolado trabalhando, ao ser atingido covardemente por um rojão na cabeça (faleceu dia 10).
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Duas faces da violência tão diferentes, igualmente banais e cruéis atingiram as Câmeras. Parecem familiares porque é violência hedionda. Numa, a morte surge da traiçoeira paciência e cegueira tolerância de pais de pessoas portadoras de psicopatologias graves, e que se tornam acidentalmente vítimas deles. Noutra, a patologia é social, e indica o mais puro desequilíbrio juvenil, regido pela intolerância sem razões, ou falta freio (familiar?).
O resultado é uma semana triste de final de carreira estúpido para o grande veterano, e para um jovem guerreiro da cinegrafia em ação - sem medo de ser jornalista.
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