quinta-feira, julho 11, 2013

Programa Mais Médicos: A Bahia é o Estado com menos médicos.

O sindicalista Wagner Bastos narrou seu próprio drama aos meios de comunicação, antes de vir a óbito no Hospital Regional de Ilhéus. Seu nome deveria ser lembrado como símbolo de esperança de dignidade no tratamento da saúde, e para não esquecermos disto o novo hospital prometido para região deveria chamar-se Wagner Bastos para que possamos olhar para ele com espírito cidadão.

Eu nasci e vivo no sul da Bahia.Uma região muito bonita no litoral da costa atlântica brasileira, e que secularmente produz cacau - a matéria prima do glamouroso chocolate. No entanto, apesar dos festivais gastronômicos, o meu paraíso tem sido constantemente referido, não como a terra do Cacau Show mas como um território de horrores sociais.
O nome do hospital regional de Ilhéus homenageia, como sempre acontece, especialmente na Bahia, um político, nesse caso, um político que serviu a ditadura. Não está na hora de passarmos a homenagear os nossos verdadeiros heróis?  
Temos visto ao longo dos últimos anos, Ilhéus e municípios vizinhos protagonizarem os piores índices de qualidade de vida: Os piores índices de dengue, de homicídios de jovens, exemplo nacional de descaso na gestão de resíduos, e agora o Ministério da Saúde  anuncia que a Bahia também é o estado onde faltam mais médicos. Somos figurinhas carimbadas do Brasil miserável, cansado e doído, sempre acompanhando o Maranhão e o Piauí.

Evidentemente, que não é necessário que ninguém de fora nos diga que a saúde pública no sul da Bahia vive um caos. Faltam médicos, macas, quartos, falta tudo. O que surpreende mesmo, é que imaginamos que esse estamos na média brasileira de sofrimento social. Estamos não.Pura ilusão, e ainda bem que existem pesquisas para comprovar que estamos muito mal, e que precisamos urgentemente mudar essa situação.

O drama do Hospital regional de Ilhéus é vivenciado por todos na região Sul da Bahia. Quando chegamos precisando de ajuda nos sentimos um lixo,  se não for algo muito grave, não há quem queria ficar quando encontramos uma portaria abarrotada de CRIANÇAS E IDOSOS sofrendo. No ano passado, um sindicalista hospitalizado denunciou as péssimas condições de atendimento do Hospital Regional de Ilhéus, antes de vir a óbito.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Wagner, sua luta não será em vão....