Óleo atingiu Costão Rochoso em Itacaré
Dando seqüência a investigação sobre as conseqüências do vazamento de óleo que atingiu o litoral baiano, e que, nos últimos dias, alcançou as áreas naturais protegidas do Baixo Sul e Litoral Sul, estivemos em Itacaré para avaliar os impactos ambientais em seu litoral.
A limpeza do óleo que atingiu as praias de Itacaré vem sendo realizada por cerca de 30 homens contratados pela ECOSORB, empresa especializada em atendimento de produtos perigosos, contratada da PETROBRAS para auxiliar na limpeza dos locais atingidos neste acidente, que ainda tem autoria desconhecida, e que, segundo apuramos, só será possível identificar os responsáveis após a análise da composição do óleo que está sendo realizada pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Durante vistoria, e seguindo informações apuradas pela Associação Pró-Vida Silvestre, em companhia do veterinário Pablo Junot, também integrante da ONG, encontramos aquele que pode ser considerado o maior impacto desse vazamento em Itacaré, quando o óleo atingiu os costões rochosos.
Acionamos então, as autoridades que também haviam chegado a Itacaré para acompanhar os trabalhos de limpeza, Herman Henz, responsável pelo Plantão de Emergência Ambiental do Baixo Sul e Litoral Sul do Instituto Ambiental da Bahia, e Leobino Ferreira, Chefe de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Centro de Defesa Ambiental-CDA da PETROBRAS.
Funcionários da ECOSORB, empresa especiallizada em atendimento a acidentes com produtos perigosos em ação nas praias de Itacaré.
Vistoriamos novamente o local na presença dessas autoridades, contando também com a presença de José Carlos dos Santos, Chefe de Operações de Emergência da ECOSORB, especialista com longa experiência em operações de limpeza de óleo em áreas litorâneas, que nos informou que sua equipe faria o possível para retirar todo o excesso de óleo do local, mas que, “não há muito a ser feito quando o óleo atinge costões rochosos”, e que a utilização de jatos e outras técnicas podem piorar ainda mais a situação.
Apesar de não sabermos ainda a origem do vazamento, Leobino Ferreira descarta qualquer relação com as plataformas da PETROBRAS. Ele nos explicou que as plataformas contam com o apoio da empresa Agência Marítima São Miguel, que monitora ininterruptamente as plataformas para controle imediato de possíveis acidentes com uma embarcação que conta com a mais alta tecnologia de monitoramento ambiental, dispondo do Radar “Oil Recovery”, capaz de identificar presença de hidrocarboneto até duas milhas náuticas. Cada milha náutica corresponde a 1.852 metros, esclarece.
Nossa intenção é que seja conhecida a origem do vazamento e responsabilização dos envolvidos, e que a sociedade possa ser mais bem informada sobre os riscos ambientais inerentes a atividades de exploração de petróleo e circulação de grandes navios nesse litoral de grande importância ecológica, e que tem a pesca e o turismo como atividades econômicas de grande importância social.
O Veterinário Pablo Junot, consultor da Associação Pró-Vida Silvestre ficou desolado ao examinar a concetração do óleo no Costão de Itacaré: "Isto não poderia ter acontecido".
Instituto Ambiental da Bahia e PETROBRAS avaliam os impactos ambientais e as medidas a serem tomadas.
Leobino Ferreira, responsável do Centro de Defesa Ambiental da PETROBRÁS e José Carlos dos Santos, coordenador da limpeza do óleo recolhem amostras no local impactado.
Paulo Sérgio Paiva
Jornalista e Diretor Técnico da Associação Pró-Vida Silvestre
A TARDE: Manchas de óleo sob controle no litoral baiano
Blog do Rick: Itacaré ainda convive com o problema
Comentários
Um grande abraço,
Rui
A consequencia esse suposto desenvolvimento será destruicao pior do que essa retarada, acabará com a flora e serão poucas pessoas que ganharão, poucos funcionários e empresários. A população irá socializar apenas a degradacao, perda do turismo e queba da ja baixa qualidade de vida.