Diálogos da Sustentabilidade (4) Precisamos de desenvolvimento de verdade, o porto da Bamin destói a vida !
Queremos desenvolvimento de verdade - O porto da Bamim destói a vida!
por Rui Rocha
“Queremos para a nossa região o verdadeiro desenvolvimento que respeita a vida humana e o meio ambiente; que tenha a participação efetiva das pessoas na discussão e decisão dos projetos e garanta benefícios para elas e não só para os empreendedores. Lamentamos que órgãos governamentais, entidades e pessoas que se dizem de acordo com esses parâmetros, os neguem na prática.”
D. Mauro Montagnoli, Bispo de Ilhéus
Na prática, o VERDADEIRO DESENVOLVIMENTO da região está no fl orescimento
de uma economia movida pelas pessoas para melhorar a nossa vida e não para ser motivo
exclusivo do enriquecimento de empresas,sejam brasileiras ou internacionais. Uma economia movida pelas vocações que já estão aqui, com o saber do povo da nossa terra. Possuímos mais de 500 mil hectares de cacau,além de todas as frutas tropicais, piaçava, seringa, pesca e toda a infraestrutura de conhecimentos e tecnologias associada ao turismo e indústrias limpas (além do cacau e chocolate, pescado, vestuários, biotecnologia associada a alimentos, cosméticos, fi toterápicos, fl orestropicais e mesmo software para informática) - vocações expressas na geografi a da região.
Estas atividades geram centenas de milhares de empregos e abrem negócios diversos - centenas e milhares de micro, pequenos e médios negócios, pois estão conectados com a riqueza natural, cultural e social do Sul da Bahia. Precisamos de desenvolvimento de verdade o Porto da BAMIN destrói a vida 08 - Abril de 2010 Perdoe-os, Pai; eles não sabem o que fazem!
D. Mauro Montagnoli, Bispo de Ilhéus
Na prática, o VERDADEIRO DESENVOLVIMENTO da região está no fl orescimento
de uma economia movida pelas pessoas para melhorar a nossa vida e não para ser motivo
exclusivo do enriquecimento de empresas,sejam brasileiras ou internacionais. Uma economia movida pelas vocações que já estão aqui, com o saber do povo da nossa terra. Possuímos mais de 500 mil hectares de cacau,além de todas as frutas tropicais, piaçava, seringa, pesca e toda a infraestrutura de conhecimentos e tecnologias associada ao turismo e indústrias limpas (além do cacau e chocolate, pescado, vestuários, biotecnologia associada a alimentos, cosméticos, fi toterápicos, fl orestropicais e mesmo software para informática) - vocações expressas na geografi a da região.
Estas atividades geram centenas de milhares de empregos e abrem negócios diversos - centenas e milhares de micro, pequenos e médios negócios, pois estão conectados com a riqueza natural, cultural e social do Sul da Bahia. Precisamos de desenvolvimento de verdade o Porto da BAMIN destrói a vida 08 - Abril de 2010 Perdoe-os, Pai; eles não sabem o que fazem!
TURISMO EM ILHÉUS
O turismo é extremamente importante na nossa economia – e pode ser muito maior do que temos hoje, se investirmos com efi ciência. A BAHIATURSA, em 2000, divulgou a geração de 22.500 empregos em Ilhéus (desses, 4.050 diretos e 18.450 indiretos), no ano de 1999. Os investimentos na indústria turística na época foram da ordem de 155 milhões de dólares (US$93 milhões do setor público e US$62 milhões do privado) e só cresceram até 2008, quando o Porto Sul foi anunciado pelo governo.
Desde então, os investimentos em turismo caíram acentuadamente, já que o uso da Ponta da Tulha como zona portuária compromete a qualidade ambiental, irreversivelmente, da Praia do Norte.
Natureza e biodiversidade – O Sul da Bahia é conhecido como uma das regiões mais ricas em biodiversidade do Planeta, mas os estudos da BAMIN dizem que os impactos negativos classifi caram-se, em sua maioria, como signifi cativos ou muito signifi cativos, podendo implicar, no mínimo, a perda do número de espécies na região.
Os impactos na região litorânea - Quando da implantação das estruturas marítimas, principalmente do Quebra-Mar, serão criadas “zonas de sombra”, ou seja, locais onde a ação das ondas será menor. Cada zona de sombra poderá, a longo prazo, criar um banco de areia no mar, entre as estruturas marítimas e a praia e engordar a praia ao sul e em frente ao futuro Terminal Portuário, mudando o padrão de circulação das correntes e contribuindo para o fechamento da barra do rio do Mangue, na Ponta da Tulha.
O relatório da BAMIN também diz que, na fase de operação, com o maior trânsito de embarcações, aumentará a possibilidade de atropelamento de tartarugas marinhas, baleias e golfi nhos.
Animais peçonhentos e comunidades locais – O estudo afi rma que, com o início das obras para a implantação do Terminal Portuário, em especial com a retirada da vegetação, poderá ocorrer o deslocamento de enxames de abelhas e vespas para as localidades próximas, o que poderá oferecer risco aos trabalhadores e à população local.
O mesmo poderá ocorrer com o afugentamento de serpentes que possuem veneno, como a surucucu-pico-de-jaca, a jararacuçu-tapete e a jararaca-de-rabobranco. Peixes e pescadores – os estudos da UFRJ, contratados pelo Governo da Bahia para a avaliação ambiental estratégica,
apontam os riscos sobre os peixes, incluindo, especialmente, os de alto valor comercial, que podem diminuir signifi cativamente na região – afetando a comunidade de pescadores, milhares de famílias que pescam no Litoral Norte de Ilhéus.
apontam os riscos sobre os peixes, incluindo, especialmente, os de alto valor comercial, que podem diminuir signifi cativamente na região – afetando a comunidade de pescadores, milhares de famílias que pescam no Litoral Norte de Ilhéus.
O ambiente litorâneo do Sul da Bahia, sem dúvida, será empobrecido com a vinda do Porto da Bamin.
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