Nova ponte de Ilhéus: Mobilidade em Cheque


  Vocês já reparam no fluxo de carros na cidade, e onde estão os nós? Pois é, eu observo todo dia, e dá para entender o seguinte. Os motoristas que chegam a Ilhéus optam prioritariamente pela avenidas históricas que conduzem à zona norte, a Princesa Isabel, e assediam a Avenida Esperança para chegarem ao pé da ladeira da ponte Ilhéus-Pontal. O mesmo ocorre no retorno da praia.

   Sendo assim, a nova ponte não tem nada haver com esse fluxo de chegada e saída da cidade. Correto? Ora, então a nova ponte pretende dividir o fluxo de ida e retorno com o mesmo centro, o que vai desafogar o retorno pelo ladrão (contorno proibido para chegar à Princesa Isabel), mas o que o máximo que ela poderá fazer será mesmo dividir o fluxo, isto considerando ainda que motoristas que vem da praia vão optar pela nova ponte, ou seja, enfrentar oi centro da cidade para alcançar a BA 405.
  A primeira coisa que se nota é que para que a nova ponte tem efeito no descongestionamento é preciso abri o caminho pela Princesa Isabel, porque a ida pro centro está entupida até o ralo. Então temos um problema grande de acesso a ponte, e uma importante questão: Qual o trajeto para o fluxo de entrada e saída da nova ponte? Não existe milagre para fazer, é é preciso pegar o mapa e traçar a solução. Com certeza alguma coisa vai tem que mudar. Não temos pista adequada de entrada da BA 405,  e não teremos pista de saída para essa rodovia. O que poderemos ter é uma pista de saída pelo projeto Orla, resolvendo-se de alguma forma, o terrível nó do Porto do Malhado na Cidade Nova para se chegar ao São Miguel. Outra opção? Não existe.
  Talvez o projeto prioritário não seja esse. Talvez não tenhamos a coragem de pensar em uma ponte maior e muito mais cara, desde a entrada da cidade até o sul, planejada até a pista desse aeroporto que precisa ser desativado para o bem da cidade, ante o novo, tão prometido. Talvez não fosse popular gastar esse dinheiro com desapropriação e uma avenida aberta desde a Princesa Isabel, que poderia resolver o problema bem melhor, desde que construído um viaduto para acessar a ponte, que está em altura diferente da referida avenida.


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