O Rio Doce do Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied
Ninguém poderia imaginar que o ano do bicentenário das primeira gravura do Rio Doce em Minas Gerais seria marcado com a transformação do que era belo e romântico, em um rio de lama. Há duzentos anos, o Brasil encantou o mundo com suas florestas, águas, ouro e povos nunca antes vistos. Um dos ícones das viagens dos artistas e cientistas naturalistas que revelaram o Brasil foi o príncipe alemão Maximiliano de Wied-Neuwied, que retratou todos os nossos rios da costa atlântica entre o Rio de Janeiro e Ilhéus, enquanto descobriu, estudou e nomeou plantas e animais. Belíssimos rios degradados sangram no mar a irracionalidade do desmatamento em conjunto com insanidade ambiental, aliadas com a incompetência e subtração perdulária das riquezas do Brasil. Não conhecemos essa riqueza, quando viramos as costas para os rios, a mata, a biodiversidade, a diversidade cultural do Brasil. E o que dizer meditando no bicentenário da gravura do Rio Doce? Não é possível voltar no tempo, mas devemos ...