O Avanço da FIOL na Mata Atlântica
Em 2013, registrei as primeiras imagens do avanço da Ferrovia Oeste-Leste para seu traçado
final, entre o último cacto e o primeiro pé de cacau sob o bioma da Floresta
Atlântica no sul da Bahia. O registro foi feito no município de Gongungi, e
trás as primeiras impressões da linha do trem que está projetada para cortar e
dividir o sul da Bahia no meio.
Agora, com mais um decreto presidencial referendando a construção do Complexo Porto Sul, como uma obra de interesse nacional, as licenças
para a ligação final da ferrovia com Ilhéus começam a se tornar realidade física. Esta semana observei novas imagens nas redes sociais de obras da ferrovia, que denunciavam aterro de brejos.
Como jornalista, gostaria de registrar cada canto, cada lugar dessa hileia, cada metro quadrado, cada árvore suprimida, e verificar se está sendo feito direitinho, pois precisamos saber tudo o que aconteça com essa mata rara. Estamos diante algo muito sério, uma intervenção histórica que mudam as coisas, primeiramente, no meio ambiente. Esse patrimônio só nosso, a última floresta higrófila do leste oriental do Brasil, essa raríssima floresta de tabuleiro, refúgio repleto de espécies exclusivas e endêmicas.
Uma ferrovia penetrando essa ilha verde, a hileia sul baiana em sua potencia máxima, e o histórico e pouco conhecido ecossistema onde cultivamos o nosso cacau é uma questão altamente delicada para quem acompanhou os estudos do projeto. Se está acontecendo as obras, é preciso olhar de frente a realidade, o impacto no ecossistema ecológico e social é o que interessa.
Como jornalista, gostaria de registrar cada canto, cada lugar dessa hileia, cada metro quadrado, cada árvore suprimida, e verificar se está sendo feito direitinho, pois precisamos saber tudo o que aconteça com essa mata rara. Estamos diante algo muito sério, uma intervenção histórica que mudam as coisas, primeiramente, no meio ambiente. Esse patrimônio só nosso, a última floresta higrófila do leste oriental do Brasil, essa raríssima floresta de tabuleiro, refúgio repleto de espécies exclusivas e endêmicas.
Uma ferrovia penetrando essa ilha verde, a hileia sul baiana em sua potencia máxima, e o histórico e pouco conhecido ecossistema onde cultivamos o nosso cacau é uma questão altamente delicada para quem acompanhou os estudos do projeto. Se está acontecendo as obras, é preciso olhar de frente a realidade, o impacto no ecossistema ecológico e social é o que interessa.
É preciso acompanhar o cumprimento das condicionantes, e entender a obra é um direito de todos. Não vejo outro caminho para enfrentar os novos desafios, e honrar os acordos públicos do EIA-RIMA, sem a participação. São os nossos pertences, o bom e o ruim, o lucro e a perda, o investimento na obra, e a reparação de danos. A ferrovia é uma mudança histórica, e, apesar de ela ser considerada um importante vetor de desenvolvimento para o Brasil, ela é uma contundente barreira ecológica dentro da galápagos verde do sul da Bahia.
Imagem nova das obras da ferrovia que circulam nas redes sociais. Abaixo o registro de 2013. |
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