O Rio Doce do Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied

Ninguém poderia imaginar que o ano do bicentenário das primeira gravura do Rio Doce em Minas Gerais seria marcado com a transformação do que era belo e romântico, em um rio de lama.

Há duzentos anos, o Brasil encantou o mundo com suas florestas, águas, ouro e povos nunca antes vistos. Um dos ícones das viagens dos artistas e cientistas naturalistas que revelaram o Brasil foi o príncipe alemão Maximiliano de Wied-Neuwied, que retratou todos os nossos rios da costa atlântica entre o Rio de Janeiro e Ilhéus, enquanto descobriu, estudou e nomeou plantas e animais.

Belíssimos rios degradados sangram no mar a irracionalidade do desmatamento em conjunto com insanidade ambiental, aliadas com a incompetência e subtração perdulária das riquezas do Brasil. Não conhecemos essa riqueza, quando viramos as costas para os rios, a mata, a biodiversidade, a diversidade cultural do Brasil. E o que dizer meditando no bicentenário da gravura do Rio Doce?

Não é possível voltar no tempo, mas devemos e aprender lições. Não dá para recuperar o que se perdeu, mas é possível sonhar com uma trilha diferente, como sonhado pelo príncipe Maximilian de Wied-Neuwied, Friedrich Sellow, Augusti Saint-Hilaire, Georg Heinrich Langsdorff e Alexander von Humboldt, dentre tantos e tantos que sofreram e sonharam pelo Brasil.

A lição do Rio Doce nos pede essa reflexão sobre o MODELO DE DESENVOLVIMENTO, ou um novo ENVOLVIMENTO da sociedade com as potencias e propósitos desta nação.  

Uma das gravuras da obra do Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied retratou a paisagem do rio Doce. 

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