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No sul da Bahia, depois da seca histórica, agora chove sem parar.

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Imagem de Climatempo.com O clima no sul da Bahia tem vivido picos de seco e molhado. Primeiro fechamos um ano sem chuvas, surpreendendo até os mais experientes. Já vislumbrando faltar de beber na Terra das Águas, a EMBASA correu com obras para usar a água do Parque Municipal da Boa Esperança, uma decisão polêmica e que merece uma reflexão. Mas o assunto aqui é o nosso clima, que depois de nada de água, agora é um "chove chuva, chove sem parar". O espetáculo da chuva serena sob os raios de luz da Terra do Sol está espetacular, há vibração na mata, mas quando vai estiar? Por enquanto, mais uma semana de sol e chuva. DEPOIS DE MAIS DE 500 REPORTAGENS, ACORDA MEU POVO DEU UM DESCANSO, VOLTANDO AGORA PARA UM BALANÇO GERAL EM UMA SÉRIE DE REPORTAGENS PARA RECORDAR, RESGATAR E REFLETIR OS PRINCIPAIS PROBLEMAS E PRINCIPAIS VALORES DO SUL DA BAHIA. PRESTIGIE!

A Ponte Pirata

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DEMOROU DEMAIS! A OBRA JÁ VAI E NINGUÉM SABE PRA ONDE. QUE INJUSTIÇA MEXER EM ILHÉUS SEM PERGUNTAR AOS SEUS MUNÍCIPES COMO RETOCARÃO NOSSA SAGRADA IMAGEM. FINALMENTE SOUBE DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA CONVOCADA PELO MP ESTADUAL. SERÁ QUE FINALMENTE CONHECEREMOS O DNA DESSA PONTE, SEU PAI, SEUS MÉTODOS E SUA OBRA? É O QUE SE ESPERA ATRASADAMENTE QUANDO SE RECOMENDOU UMA AUDIÊNCIA PARA DIA 12 DE DEZEMBRO DE 2016.  DAREMOS RETORNO.    Onde foi parar a democracia, as ações conjuntas, o planejamento participativo, o planejamento estratégico, o plano diretor, as audiências e a transparência pública? No projeto de uma nova ponte e uma nova cara para a cidade histórica de Ilhéus esses conceitos são apenas palavras, nada mais que palavras enterradas em um projeto de rara qualidade autoritária e negligente.    Para muitos eu deveria estar elogiando, mas quando se trata de um projeto que impacta diretamente a paisagem, a cenografia da cidade, e é concebido e executado sem nenhuma licença

Nova ponte de Ilhéus: Mobilidade em Cheque

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  Vocês já reparam no fluxo de carros na cidade, e onde estão os nós? Pois é, eu observo todo dia, e dá para entender o seguinte. Os motoristas que chegam a Ilhéus optam prioritariamente pela avenidas históricas que conduzem à zona norte, a Princesa Isabel, e assediam a Avenida Esperança para chegarem ao pé da ladeira da ponte Ilhéus-Pontal. O mesmo ocorre no retorno da praia.    Sendo assim, a nova ponte não tem nada haver com esse fluxo de chegada e saída da cidade. Correto? Ora, então a nova ponte pretende dividir o fluxo de ida e retorno com o mesmo centro, o que vai desafogar o retorno pelo ladrão (contorno proibido para chegar à Princesa Isabel), mas o que o máximo que ela poderá fazer será mesmo dividir o fluxo, isto considerando ainda que motoristas que vem da praia vão optar pela nova ponte, ou seja, enfrentar oi centro da cidade para alcançar a BA 405.   A primeira coisa que se nota é que para que a nova ponte tem efeito no descongestionamento é preciso abri o caminho

Incendios no Litoral Norte de Ilhéus não param, e consolidam a destruição de uma floresta raríssima.

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Foto de Luciano Sanjuan    Minha floresta das preguiças, guiamuns, meu jardim dos cajueiros, mata alta de restinga na áreia de onde brota água, formando lagos - japaras. Não há outro lugar igual, seco e molhado, doce e salgado, a floresta ombrófila densa beija o mar. Ela é a floresta mais diversa, a mais rica da própria Floresta Atlântica, e de todo o planeta, e são os últimos testemunhos existentes da floresta no leste oriental do Brasil. Não é conversa mas ciência quando dissemos que milhares de espécies só são conhecidas dessa região, no meio desse caos, nesse cenário de devastação que mostra a falencia de uma estrada ecológica, aliada a projetos de conservação, e as promessas de desenvolvimento sustentável.     Mas um passeio de Ilhéus até Serra Grande no dia 19 de fevereiro de 2016, revelou de novo que os grandes incendios que tiveram seu auge em novembro último, pessistem e se agravam. Vi focos de incêndio florestal em praticamente todas as principais matas remanescent

Alerta Vermelho: Rejeitos da Samarco alcançam Abrolhos?

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A notícia do dia é que, 37 dias depois de uma barragem de rejeitos da Mineradora Samarco se romper, os impactos iniciais ainda estão em curso, e, ao contrário das previsões começou a alcançar o mais importante santuário ecológico da plataforma continental brasileira, o Parque Nacional de Abrolhos . O maior Banco de Corais da América do Sul é o próximo local a receber o impacto da tsunami de lama que destruiu vidas, histórias, escancarou os problemas da mineração e da capacidade de fiscalização do governo. O Arquipélago de Abrolhos se localiza no Oceano Atlântico, no litoral sul da Bahia, a 250 km da foz do Rio Doce, e segundo o IBAMA, não chegaria aí. Mas a natureza é a natureza, e toda previsão que se pode fazer é trabalhar duro para mudar o rumo de um país que paga sempre um preço alto pelo uso insustentável de seus recursos naturais.

As imagens mais chocantes de 2015 para a Flora Neotropical

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  Não sobrou praticamente nada, e do que sobrou dessa floresta litorânea costeira é um tesouro da biodiversidade global. E foi através de imagens do extraordinário democratizador da história da cidade, famílias, paisagens e problemas de Ilhéus, e do sul da Bahia, José Nazal, cujo trabalho tenho grande admiração, que mais me impressionei em 2015. Imagens para uma reflexão sobre o futuro da conservação da biodiversidade em Ilhéus, aclamada no mundo por esta riqueza única, e que só existe aqui. Pois essas imagens estampam as feridas do incêndio que atingiu, nesse mês de novembro e dezembro, grandes áreas do pouco que resta de florestas remanescentes em poucos dias.   Dada a proporção do que resta de Mata Atlântica que em todo o nordeste (leste oriental do Brasil), e menos de 2% de florestas íntegras no município de Ilhéus, trata-se de uma devastação em larga escala. Precisamos mudar isso urgentemente e recuperar um pensamento, um planejamento territorial para Ilhéus. Precisamos reaviva

Incêndio na Bacia do Almada são tão graves, quanto os do litoral.

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   O sul da Bahia vive seca histórica e uma onda de desmatamento causados pelo fogo. Faltando água em vários municípios, e o fogo queimando a única salvação dessa lavoura. A Área de Proteção Ambiental está em chamas há vários anos, e o problema do abastecimento vem se agravando ano a ano. No ´primeiro documentário que dirigi sobre a APA Lagoa Encantada, em 2002, num parceria com a bióloga Márcia Virginia, guardamos um depoimento extraordinário de Marco Luedy, um militante pela recuperação do rio Almada: "Nós temos dois problemas. O primeiro é de engenharia florestal, reflorestar as nascentes e recompor os nascedouros do rio, manter a água; e um segundo problema que é de engenharia, para armazenar e distribuir essa água.     Quem conhece a APA no seu interior sabe, que enquanto queima o litoral para a especulação imobiliária, queimam as florestas e cabrucas no interior para a expansão de pastagens. Se no litoral a fumaça é mais publicitária, certamente, no interior da APA é ai